quarta-feira, 7 de junho de 2017

Sem rupturas, não há evolução.

Um país sem vanguarda social

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Os avanços sociais são causados pela ruptura.
Social, cultural, cientifica, climática, ou guilhotina.
Se considerarmos vanguarda como ruptura, chegaremos a um ponto onde encontraremos o modernismo e o tropicalismo. Duas possíveis ameaças de mudanças culturais. Talvez uma terceira tenha sido promovida pelo DIP, que também era relativa ao início de uma ruptura. Essas foram as únicas ameaças vanguardistas do Brasil.
 Não tivemos rupturas sociais. Nunca.
Fomos o último país a abolir a escravidão. Últimos a ter uma anistia que libertou de qualquer acusação os torturadores e assassinos do estado, promovidos por um exercito, cuja função de garantir soberania, desviou-se de suas funções, promovendo o entreguismo, censura e ditadura, torturando e matando, todos os que fossem contra, quando do outro lado, encontravam-se os que lutavam por liberdade.
Fomos os últimos a ter uma comissão da verdade. Somos um país do jeitinho. O jeitinho brasileiro. Somos os últimos a pensar em justiça social.
Saímos da escravidão tardiamente, sem luta social e por consequência sem indenizações e confiscos. Como resultado criamos a pobreza de raça, os guetos e os núcleos de agradecidos, por termos lhes dado, o que era deles.
Saímos da monarquia para democracia sem conflitos, num grande acordo, onde republicanos e monarquistas encheram seus cofres. Ainda hoje pagamos a conta.
Saímos da era de mudanças trabalhistas, nocivas aos interesses vis da classe dominante, com um única bala.
Saímos de um golpe militar, com outro acordo, sem revolução, punição ou mudanças, e o resultado colhemos hoje.
A falsa democracia a qual nos submetemos nos leva a um estado de eunucos dóceis. Sem vanguarda, sem rupturas, nos acostumamos a esperar dias melhores, que nesse estado cultural nunca virão.
Assim caminhamos na amarga ilusão do país pacífico, onde 200 pobres morrem por dia, onde latifundiários grilam terras de posseiros e com licença para matar, onde riquezas naturais são entregues por políticos corruptos e se transformam em cofres cheios na Suíça.
Somos o país com mais terras cultiváveis, onde o povo não tem onde plantar.

Somos a cultura da garrafa, na boca, ou descendo até sentar. E assim continuaremos, por séculos e séculos. Amém. 

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