sábado, 21 de março de 2015

JC Protestos sem fim

JC Protestos sem fim


Gilberto Sant´Anna


Os recentes  protestos e contraprotestos  na Avenida Paulista e em diversos  chãos  da pátria, constituem   movimentos  típicos da vida em sociedade. Mas,  as reações  diferem das heroicas    resistências.    Os  cristãos  resistiram  contra o regime escravista romano. O tirania do regime Feudal  provocou resistências  populares.  O confronto com o individualismo   da Revolução Francesa de 1789  alimentou    a luta   por  melhores condições   de  trabalho.  
Ao  tempo da  independência  política do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, vozes paulistas  discordantes  exigiam  o retorno do  Brasil  à condição de  simples  colônia de Portugal. Reagiram  à mudança.
O advento da produção industrial   buscou mão de obra não escrava  em  todas as partes do mundo.   No bojo, os politizados anarquistas, cujos protestos  sacudiram São Paulo  no início do século 20.  Resistiram às pretensões do capital. A repressão ocorreu sangrenta.   
A Revolução de 30, promovida pelos  tenentes contra a corrupção entranhada na   República Velha, levou Getúlio Vargas  ao poder. O novo governo modernizou a economia e  fez valer as leis obreiras, como prometido. São Paulo reagiu e   protestou contra as mudanças. A luta pelo retorno da política do “café com leite”  atingiu o ápice  com o levante  autodenominado Revolução de 1932.
A deposição do presidente João Goulart, o Jango, não foi diferente. São Paulo  liderou a reação contra as Reformas de Base e as elites participaram e financiaram  o golpe  civil-militar de  1964,  a pretexto de  combater a corrupção e a subversão.

A História não descansa, posto em eterno movimento e transformação.  Em   1970 desponta uma nova  crise  econômica mundial.    A primeira-ministra inglesa   Margareth Thatcher e o presidente  norte-americano Ronald  Reagan,   decretaram  o neoliberalismo e a globalização. Era o sinal verde para os grandes capitais se apropriarem  dos bens e riquezas do planeta: petróleo, gás,  água, minerais  e grandes áreas cultiváveis. De quebra a permissão para invadir militarmente os   países “rebeldes”.
 Uma  bolsa de bilhões de dólares salvou  as  empresas  e os Bancos das  bolhas  do mercado.  Cresceu   o Produto Interno Bruto e o  consumo.    A economia saiu do vermelho. Destruiu-se o planeta Terra.  A renda e riqueza concentraram-se  no bolso de poucos.
Os investimentos  estatais, sem nenhum pudor,   abandonaram  o ser humano.    O salário  e as aposentadorias minguaram. A austeridade tornou-se norma. Impôs-se a privatização  das instituições e   dos serviços públicos.   O povo danou-se.
Os povos dos países neoliberais protestaram nas ruas. A resistência  substituiu os  governos de direita  pelos de esquerda. Reverteram. Provocaram a ascensão  da   extrema-direita neofascista. Na França, por exemplo,  elegeram  Nicolas Sarkozy  de direita, depois François Hollande,  dito de esquerda,  e agora namoram com a ultraconservadora família Le Pen.   

Em raros  países  a resistência venceu a política neoliberal,  como no caso da  Grécia e Islândia.  Nessa esteira  a significativa renúncia do Papa  Bento XVI, substituído pelo humanista Papa Francisco. Nos Estados Unidos da América do Norte  o Barack Obama  contra tudo e todos,  reelege-se presidente   em nome das reformas sociais.
 A  América Latina   elegeu amplamente  presidentes  que enfrentam galhardamente os apetites do  neoliberalismo, privilegiam o  interesse nacional e redistribuem a riqueza.

O  Brasil  atual  procura  safar-se  do jugo do dólar e do euro, procurando outros caminhos mais interessantes e vantajosos. O que é o Mercosul, Unasul, e Brics senão a tão sonhada independência econômica ? Temos o  direito a ser dono do  próprio nariz ou será que devemos colocar a  nossa riqueza, produzida pelo trabalho,   à disposição dos  interesses do capital internacional? Não temos competência para gerir o próprio destino?
Aliás, as  grandes indústrias não conseguem produzir competitivamente  no mercado internacional por questões de cultura administrativa, dentre as quais  a ausência de investimentos maciços  na qualificação dos recursos humanos.  A economia  por si só não tem o condão de produzir lucros.    
Como era de se esperar,   a   reação  contrária  às prioridades do   governo  da Republica apoia-se numa onda da classe média paulista, nem sempre consciente  dos riscos  sociais.
Ressurgiu  a “guerra fria”, agora   entre os partidos PT e PSDB, ambos inspirados na social democracia.   Não comungam o socialismo, nem o comunismo. O PMDB e o PSDB caíram eleitoralmente em desgraça  por não fazer a lição de casa, isto é,  as reformas  de interesse do povo.  O PT  Sofre retaliações ao  pretender  realiza-las.   
Cabe  relembrar  que  a  democracia representativa  assenta-se nos votos da classe média quase sempre identificada com  os postulados  da burguesia. 
Nada mais natural pois    que  a  marcha pelo Impeachment  da presidente Dilma Rousseff reúna 82% de  manifestantes da classe média,  a  maior parte receba salário aproximado  R$ 8.000,00 mensais e   todos  eleitores do Aécio. O demais participantes  pertencem à classe rica protagonista do “panelaço”  da  semana passada.   
Anote-se que na contramarcha pela democracia e  defesa da Petrobrás, convocada pelas entidades sindicais  e estudantis, obviamente,   aconteceu o contrário. A grande maioria era assalariada  e de  baixo poder aquisitivo.
Essa  classe média prega  a derrubada do  governo central ,  com base nas denúncias  de corrupção estampadas na primeira página da  grande mídia.  Mas,  ignoram  quais pessoas e ideologias  vão ocupar o espaço vazio.  Provavelmente  uma centena de  corruptos do Lava Jato  e contas bancárias ilegais na Suíça, contrários  à  autodeterminação dos povos e a favor da subjugação ao capital  colonizador internacional.
Não se enganem,  quando a classe média  comparece  à marcha das elites, na verdade está agindo contra si própria,  exatamente como aconteceu em Portugal, Espanha e inúmeros outros países. A austeridade não perdoou nem pobres, nem remediados.
Enfim, o Brasil  em várias épocas históricas  tentou  realizar      mudanças  sociais, políticas e econômicas. Nunca conseguiu. Sempre surge  uma reação contrária, condenando o  brasileiro ao retrocesso perpétuo. Eis o perfil da eterna crise brasileira. 


quarta-feira, 18 de março de 2015

Cid Gomes chama Eduardo Cunha de achacador e sai do Ministério

Cid Gomes detona deputados federais, Chama presidente da Câmara de Achacador

"OPORTUNISTAS"

Cid ataca Eduardo Cunha e fala para aliados "largarem o osso"





UOL - O ministro da Educação, Cid Gomes, pediu demissão nesta quarta-feira (18) à presidente Dilma Rousseff. A informação foi confirmada oficialmente pela Casa Civil. A saída dele ocorreu após uma fala do ministro na Câmara ter gerado revolta entre parlamentares na base aliada.
Convocado pelo Legislativo para explicar uma declaração dada por ele no início do mês na Universidade Federal do Pará, Cid Gomes disse na tribuna do plenário da Câmara nesta quarta-feira que "partidos de oposição têm o dever de fazer oposição". "Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo", disse. 
Em seguida, o ministro atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Prefiro ser acusado por ele [Cunha] de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque", disse Cid, apontando para a Mesa Diretora, onde estava o presidente da Casa.
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O ministro da Educação, Cid Gomes, pediu desculpas por declaração contra a Câmara, mas atacou o presidente da Casa, Eduardo Cunha. Apontando ao presidente, Cid Gomes falou: “Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque, como diz a capa da Folha de S. Paulo”.

Cid também questionou a comissão de deputados que foi, na semana passada, verificar o seu estado de saúde. Em virturde do atestado médico, o ministro deixou de comparecer à Câmara naquela oportunidade. “Quem custeou o gasto desses deputados que foram lá? Ao que me consta, não houve aprovação regimental”, disse.

Cunha rebateu a crítica. “O requerimento da comissão foi feito sem ônus, às expensas dos parlamentares, porque esta Casa se dá ao respeito”, declarou o presidente da Câmara. Eduardo Cunha pediu para a Polícia Legislativa retirar manifestantes das galerias do Plenário que aplaudiram o ministro da Educação. “Plenário da Câmara dos Deputados não é lugar de claque”, criticou Cunha.

Cid, então, pediu desculpas aos deputados. “Me perdoem. Não tenho nenhum problema em pedir perdão para os que não agem desta forma. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente”, disse.

Ele foi chamado à Câmara para explicar a declaração dada na Universidade Federal do Pará de que haveria "uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior [o governo], melhor para eles.”

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A grande verdade é que as palavras de CID GOMES, são aquelas que muitos brasileiros gostariam de falar aos senhores deputados. Eles fazem parte do pior poder do Brasil. Desde o governo FHC, no episódio do mensalão mineiro, esperam-se as apurações para sabermos quem vendeu seu voto na questão da reeleição. Na época falou-se em 300.
Posteriormente, no mensalão petista, chegou-se a falar em 400 comprados, puniram-se os corruptores, mas nunca falaram dos corruptos. 



Cid Ferreira Gomes é um engenheiro civil e político brasileiro.Foi governados do Ceará. Foi filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Partido da Social Democracia Brasileira, Partido Popular Socialista e Partido Socialista Brasileiro.


Eduardo Cosentino da Cunha - Bancada religiosa (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1958) é um economista, radialista e político brasileiro.Evangélico, é fiel da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra e seguidor do bispo Robson Rodovalho. Atualmente, é deputado federal, pelo PMDB do Rio de Janeiro, e presidente da Câmara dos Deputados desde 1º de fevereiro de 2015.






Pérolas da manifestação Dias 15 e 12 - Avante Coxinhas

Dia 12


Putaria total
Paulista vira zona


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Coxinhas metidos a ricos

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Água em SP também é culpa da Dilma...
Coxinhas burros

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 Um ÇELFI  CUS OMI



Aócio Never... Sempre botando em você.



Seria esse um órgão excretor da tucanalha? 


São tão burros, que o congresso fode eles e ainda pensam que foi a DIlma

Esses ressuscitaram o Plínio Salgado - Túnel do tempo apresenta a volta do ANAUÊ

A direita precisa mostrar as bundas, pois o pensamento é uma MERDA

Os organizadores estimaram em 16 pessoas, mas a PM disse que eram 14. 
Eu só contei 9... Força Manaus...

Vale a pena assistir esse vídeo.
Um pouco da sabedoria coxinha.
Uma aula...

Esse cara é um gênio
No fim tomou um esporro do PM


São tão burros, que nem sabem quem vota as leis.


Paulinho da Força assina ficha pedindo impeachment da Dilma (Foto: Filipe Redondo/ Epoca)
Paulinha da Farça, o trabalhador que nunca fez nada e vota em tucanos, depois 
de apoiar a PL que fode o trabalhador, foi gritar contra Dilma




Resumo do dia 15
Fotos - Vídeos - Palavras

Brasil único país do mundo no qual o povo usa democracia para pedir ditadura, vesta camisa da CBF para lutar contra a corrupção, veste Nike contra trabalho escravo...

Salvador, a cidade com mais negros e sua elite.

Comerciantes da Paulista com medo da burguesia

Representante da "família real...

De peito aberto por mudança (?)

Em busca da ditadura

Vai encarar? 


Clique no link para ver as pérolas dos manifestantes.




paulo freire impeachment cartaz protesto

Em meio a uma coleção de faixas estapafúrdias que ilustraram uma parte dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (15), uma chamou a atenção: “Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”.
Para quem não sabe, o pernambucano Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro e que possui influência na educação não só no Brasil, mas em todo o mundo, tendo sido homenageado por instituições como Harvard, Cambridge e Oxford. Desde 2012, ele é considerado o Patrono da Educação Brasileira.
Conhecido pela sua ‘pedagogia da libertação’, a qual estava relacionada a uma visão marxista do Terceiro Mundo, Freire foi preso durante a ditadura militar e teve a publicação de algumas de suas obras barrada pelo regime que durou 21 anos (entre 1964 e 1985) no Brasil.
A ONU aproveitou a rejeição de parte dos manifestantes deste domingo às contribuições de Freire para publicar, em sua página do Facebook, uma frase conhecida do educador [imagem abaixo]. E ela elucida bem o que ele dizia com a educação ser “um ato político”.
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O povo precisa de direito de votar (???)
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José Agripino participa, contra a corrupção (Hã?)
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Boçalnaro, exemplo de político!


Povo vê a burguesia inteligente passar. 

Democraticamente queremos a ditadura. 

Wanessa na manifestação em SP (Foto:  Vanessa Carvalho / BPP / AGNEWS)
Discurso da intelectual Vanessa Camargo


Coluna VIP das manifestações (!)


Camarote VIP com espaço Gourmet




Veja nesse vídeo, só gente politizada


Chega de imoralidade, fora Dilma


Pobre, vê se não atrapalha, estou aqui mudando o Brasil

Naftalina e pijama mijado

Seu bosta, você não tem Iphone

Quem confunde mulher, pode confundir candidato


Quero minha Bolsa Channel

O que??? Alguém me explica? 

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Essa tá supimpa...Vale a pena assistir...


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Pela volta das aulas de gramatica já


Nos somos chics bem!

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MANIFESTANTES AGRIDEM FAMÍLIA DE PROFESSORES



A água é de todos. Um direito dos humanos.

Sobre água, um direito humano



Parte de uma conversa que tive com Teresa Isenburg - Diretora da Universidade de Milão e  vice-presidente da Organização Mundial da Água, em 2010 

Sobre COP-15 insucesso? 
Não tivemos acordos, certo?
-Todo mundo diz que foi um insucesso, eu não penso assim É difícil acreditar em resultados numéricos, é claro. Não
sobre Copenhagen. existe uma solução mecânica, pré- estabelecida.
Copenhagen é um sucesso simplesmente pelo fato de ter os dois grandes países, China e EUA, assumindo compromissos. 
Sobre o Contrato Mundial da Água?
Queremos transformar a água em direitos humanos.
Somos contra a privatização da água, temos que levar
água a todas localidades, ela não pode ser considerada um bem, uma mercadoria. A água é uma direito humano. 
Poderíamos ter uma " Bolsa água"?
-Sim o governo pode criar a bolsa água. como o o bolsa família, mais importante água é um direito humano. Uma torneira em cada casa, poço, uma cisterna, não sei, depende das condições de cada lugar. Bolsa água é fundamental. A existência humana se liga a necessidade de água. Vou apresentar essa proposta ao governo do Brasil.
O governo federal pode pensar nisso Bolsa água é item de sobrevivência e saúde pública. Na próxima semana estarei com Dilma, quero lembrar disso. 
Pode existir o corte de água por questões financeiras?
Não pode existir a figura do corte de água. Água é questão
de saúde pública. Os administradores têm um dever a
cumprir, com relação ao fornecimento da água.
Não é ação burocrática, é prioridade absoluta. 
Historicamente como é a relação de governos com fornecimento de água? 
Aquelas fontes famosas da Itália, hoje atrações turísticas, foram criadas para levar água a população.
Na Europa a água que sai da torneira é de boa qualidade. Já
a água mineral não é controlada. Nos confiamos na água
que sai da torneira.
A água mineral dá lucro para as grandes multinacionais, mas
sua analise química, muitas vezes foram feitas há décadas,
além de poluir o ambiente, pois as garrafas e copos ficam
por ai.



Aquífero Guarani


Uma grande fonte de água é o aquífero Guarani. Uma reserva subterrânea, que abrange 4 países da América Latina. 
Aquífero Guarani foi o nome que, em 1996, o geólogo uruguaio Danilo Anton propôs para denominar um imenso aquífero que abrange partes dos territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e, principalmente, Brasil, ocupando 1 200 000 km². Na ocasião, ele chegou a ser considerado o maior do mundo: hoje, é considerado o segundo maior, capaz de abastecer a população brasileira durante 2 500 anos. A maior reserva atualmente conhecida é o Aquífero Alter do Chão, com o dobro do volume do Aquífero Guarani.1

Estudos mais detalhados concluíram que o Aquífero Guarani é menor do que os pesquisadores calculavam e, sobretudo, com volume e qualidade da água inferiores aos estimados inicialmente. Além disso, é descontínuo (como na região de Ponta Grossa, no Paraná), de constituição complexa e heterogêneo. Um dos mais importantes estudos feitos sobre ele, "A redescoberta do Aquífero Guarani", foi desenvolvido em 2006 pelo geólogo José Luiz Flores Machado, do Serviço Geológico do Brasil. Flores Machado afirmou, em seu estudo, que, a rigor, não se trata de um único aquífero mas de um "sistema aquífero". Sendo assim, o correto seria chamá-lo de "Sistema Aquífero Guarani".2

A maior parte (70 por cento ou 840 000 km²) da área ocupada pelo aquífero — cerca de 1 200 000 km² — está nosubsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 000 km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes.

Ribeirão Preto

Cidade ao norte de São Paulo, o serviço de água não foi privatizada, ou seja, ainda é gerido pelo município.
Toda a água consumida pela população é retirada do Aquífero Guarani, porém não há fiscalização e cobranças de cerca de 500 empresas e pessoas físicas, que utilizam indiscriminadamente a fonte natural. 


Sabesp

A Sabesp é uma empresa mista com acionistas espalhados pelo mundo, principalmente nos EUA. A água vem sendo tratada em São Paulo, desde os anos de 1970, como um grande negócio, que gera lucros e dividendos. 
A luta dos futuros governos deveria ser no sentido de retomar os serviços de água e devolve-los ao povo, sendo municipalizado e fiscalizado pela própria população. 
Não existem controles específicos, diários sobre a água distribuída pela Sabesp. 
Em certas épocas nota-se o exagero na dosagem de Flúor, altamente prejudicial a saúde pública. Somente a própria empresa tem os dados e não há interesse do Ministério Público, até por falta de conhecimento, a não ser em eventuais crises, ou possibilidades de epidemias causada por algas, ou bactérias. 
A existência de empresas privadas num setor excencial é a negação de um direito humano fundamental. 


segunda-feira, 16 de março de 2015

Já rolou a festa, agora de volta ao trabalho...

Acabou a festa...


Muita gente estranhou minha postura intransigente contra as manifestações do dia 15 de março de 2015. Jamais me manifestaria contra qualquer manifestação popular se não fosse apenas fruto da mídia, cujos interesses vão muito além das necessidades, ou sentimentos populares.


Manifestante aberta para a ditadura


Aqueles que se manifestaram contra a corrupção – com toda propriedade – não o fizeram por livre e espontânea vontade, foram incentivados por 4, ou 5 grupos que usam as redes sociais por interesse próprio. Revoltados On Line, Vem Pra Rua, Carecas do ABC e outras siglas alienígenas não são exatamente o que se pode chamar de honestos. Entre os “donos” desse grupos estão condenados por estelionato, agressores de minorias, fascistas, homofônicos , racistas, separatistas, golpistas, etc.
Ocorre que pela internet tudo fica bonito e a luta simplista contra a corrupção se torna algo romântico e palatável.

A grande parte dos integrantes desses e outros grupos, nunca estiveram realmente preocupados com a corrupção, mas com a não participação nos atos de corrupção. As 4 famílias que controlam a mídia no brasil nunca estiveram interessadas na luta contra a corrupção. Fazem parte dela e são os principais nomes de listas de dinheiro sujo nos bancos suíços.
Outros grupos, principalmente ligados a tucanos, estão ao mesmo tempo a serviço dos interesses norte-americanos, entre eles, a necessidade de minar os BRICS. Tucanos deixaram claro que sairiam do bloco e voltariam a se aliar aos EUA. O que significa dependência e entreguismo.  Para americanos a hora de atacar os BRICS era essa, já que não podem atacar a Rússia e a China. Não é novidade para ninguém que tucanos entregariam tudo aos americanos, isso já foi provado pelos relatórios divulgados por Assange, sobre o acordo entre Serra e a Chevron.


Luta contra a corrupção.

Lutar contra a corrupção e exigir leis mais rígidas e justiça mais ligeira são uma necessidade do dia-a-dia, não começou agora. Deveriam ter lutado no governo militar, no governo Sarney e na privataria promovida por FHC.
Escrevi sobre a corrupção no meu Blog e vale a pena recordar.  (http://revistaverdadebrasil.blogspot.com.br/2015/03/a-historia-da-corrupcao-no-brasilcomeca.html )
Talvez essa matéria mostra apenas um pouco da trajetória da corrupção no Brasil.





O que diz o ex-líder do PT na Câmara:

Cândido Vaccarezza, ex-líder do governo (Lula-Dilma) fala sobre as manifestações:





Na dá para deixar de citar, que o PT saiu dos trilhos. O PT de ontem, não é o PT, que governa e nem precisamos ir longe para perceber.
Em nossa cidade Bragança Paulista, o PT apoiou um governos do PSDB e posteriormente trouxe para disputar as eleições, um candidato ex-funcionário de confiança de Serra, com sua equipe ex-DEM. O resultado é uma catastrófica administração, com perseguições, inclusive armada e ameaças de morte aos opositores. Um governo que atende aos interesses de empresários (ônibus, radar, festas, imóveis), mas se esquece do povo. Um típico governo de extrema direita.
O que tem feito aqui, de certa forma o PT também faz no Brasil, mas sem perseguições e ameaças. Faz apenas usando a influencia para comprar votos e políticos canalhas.

O PT foi peemedebelizado no caminho, para se manter no poder é obrigado a entrar no jogo.
Jogo que ele mesmo ajudou a construir.
Primeiro no apoio as bancadas religiosas, que nem deveriam existir. Não se fala em impostos para igrejas. Se ela podem ser representadas no congresso e ajudar no atraso do país, deveriam pelo menos pagar impostos.
Depois vem bancadas de ruralistas, que estão destruindo nossas florestas, bancada de multinacionais, bancadas da bola, enfim, só não existe a bancada do povo.
E ai vem a pergunta, porque o PT não usa a TV para denunciar todos e explicar que medidas necessárias ao desenvolvimento não são aprovadas porque o custo é caro.
Tem ainda a mídia, mas a grande mídia, Globo, Band, SBT, Record, são concessões.  Se elas buscam desinformar, porque não cassar as concessões?

A transformação do PT num grande PMDB



A cultura do golpe

A cultura do golpe é a falta da cultura nacional.



Artistas e intelectuais com história, que lutaram contra a ditadura, com trajetória de vida e passado digno mostram, que existem pessoas compromissadas com a transformação do Brasil.

É necessário observar que nenhum indivíduo honesto, digno e com o mínimo de cultura é favorável a um golpe.

O acesso às universidades é um dos fatores, que mais influenciam na tentativa de golpe. O acesso a faculdade é um indicador de mão de obra mais qualificada e cara no futuro. Nenhum empresário quer pagar mais. Nossa cultura capitalista ainda é escravagista.

Políticas sociais tiram da classe dominante o direito a dar esmolas, transferem ao estado a obrigação de cuidar do povo.

A falácia da ditadura é colocada na cabeça de ignorantes, com estrema facilidade. Parte do povo é covarde e prefere ser dominado. Acreditam nas falácias de segurança e honestidade, que esse mesmo povo não tem. São sonegadores, compram o guarda, enganam a alfandega, dão golpe no troco, param um minutinho na vaga, que não é deles e por ai vai. Foram covardes na ditadura e ainda dizem, "eu e meus pais nunca tivemos problemas", é claro, sempre foram covardes, treinados desde crianças a cuidar apenas dos próprios interesses.

A transformação do estado laico em estado fundamentalista, em grande parte por culpa do PT, que para manter a governança, fez acordos, deixou crescer, deu TVs e ministérios, é outro fator para as constantes manifestações fascistas. O estado de direito, aos poucos se transforma em estado de direita, com atraso cultural e cientifico e a criação de uma sociedade acéfala.

A manipulação da cultura, iniciada por FHC, o empobrecimento dos laços culturais, que formam uma nação e a falta de uma política nacional de cultura, substituída por PSDB e posteriormente PT, numa política de louvação ao lixo cultural, para manutenção de uma população idiota, faz parte da ascensão dos golpistas. Hoje qualquer idiota vira líder de um povo faminto intelectualmente. Ainda que não saiba.

O PT fez mudanças básicas necessárias e inesperadas na promoção do individuo, mas para manter o poder fez o jogo da direita, comprando o próprio poder, em vez de criar uma geração culta, que hoje estaria lutando pela manutenção das mudanças. Ainda tem gente lutando, é claro, mas pela troca de favores, não pela ideologia, ou cultura promovida e adquirida.

A fase negra pode passar, ainda podemos reagir e ter um governo social, mas não é fácil, o PT resolveu dormir com o inimigo e dentro das próprias trincheiras ele é mais forte. Não se misturam tribos nem torcidas. Ainda não. Não construímos essa cultura da mistura no mesmo espaço.

Para se manter no poder o PT se prostituiu. Deitou com gregos e troianos. Não construiu a ponte que levaria a isso. Não promoveu a inclusão cultural. Essa é a principal função do ministério da cultura. Fiz isso por um curto período na minha cidade, vi a raiva da classe dominante, mas o que interessava era meu cliente, o povo, que participava. E os "dominantes", nesse período, não puderam, por falta de coragem, se manifestar.

A classe, que hoje se reuni para promover gritos, que nem eles mesmos sabem o porque é altamente manipulável. É a classe esquecida pelos projetos culturais, que nunca existiram. Cultura no Brasil virou promoção de projetos duvidosos e de péssimo gosto. Para apaniguados do poder.

Aos manipuláveis golpistas restou a cultura do falso patriotismo. Comandados por líderes interesseiros, que lucram desde a venda de camisetas para tontos até nas grandes licitações, como o povo como massa de manobra. Eles são a massa idiotizada e órfãos culturais.
São os zumbis sociais repetindo palavras de ordem feitos papagaios de putas.  

Ainda há tempo de mudar. Temos e principalmente a cúpula do PT tem que entender, que só existem dois tipos de revolução, armada, ou cultural. A cultural é fácil. Mas começa pelos exemplos. Não dá para exigir mudanças culturais, num governo onde a direita fascista e interesseira senta junto. Ministério é péssimo, incluindo alguns petistas como Mercadante e Cardoso.

Não dá para ficar no poder, deitando com os opostos. Em minha cidade temos o exemplo: O PT para ganhar eleições foi buscar candidato, que era funcionário de confiança do governo tucano no estado. O SUS foi privatizado, que exemplo é esse, se o SUS é federal e propaganda do governo. O Km rodado de ônibus é o mais caro do Brasil. Como isso num país onde o partido que governa tem o nome de "trabalhadores"? Os opositores sofrem perseguição e ameaças de morte. Isso num país governado por um partido, que diz prezar a democracia. A maquina pública esta inchada, por incompetentes e derrotados petistas de outros municípios. Resultado disso, foi uma derrota de Dilma nas urnas, por uma placar que quase lembra os 7X1 da Alemanha.

Dá sim para reverter. Começando por mexer nos diretórios municipais, passando por ministérios, valorizando a cultura e governando com a verdade.


Corram, que ainda dá...

Mas para o povo, acabou a festa, todos voltam ao trabalho, exceto os manipuladores, que vão continuar ganhando dinheiro, seja vendendo camisetas de "fora Dilma", ou nas grandes negociatas. Caindo ou ficando, o povo vai continuar do mesmo jeito...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Corruptos e corruptores

Corruptos e corruptores
Claudius
por Silvio Caccia Bava



A cobertura da grande imprensa sobre os recentes casos de corrupção centra sempre seu foco nos administradores públicos, como se a questão fosse apenas ética, de pessoas sem caráter ou de mau caráter, que se aproveitam dos postos em que estão para roubar. Esquece-se que para haver corruptos é preciso que haja corruptores, tão ou mais criminosos que os primeiros.

Mas ficar no plano ético ou moral não resolve a questão, considerada endêmica no Brasil. Ela está presente em todos os níveis de governo; portanto, com seus funcionários públicos corruptos e com empresas corruptoras.

Se ela é tão generalizada e parte de empresas que operam em todos os níveis de governo, pode-se então dizer que a corrupção é uma forma de ação das empresas para auferir vantagens ilegais na relação com os poderes públicos. E isso envolve os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A Operação Lava Jato, pela primeira vez, atribui responsabilidades pelos processos de corrupção a empresas que prestam serviços ao Estado. Executivos e donos de grandes construtoras de obras públicas estão na cadeia desde novembro aguardando julgamento. São bilhões de reais subtraídos do orçamento público por meio de uma série de práticas muito conhecidas e que estão sendo desvendadas para os cidadãos como se fossem novidade. Essa é a corrupção das empresas sobre o Executivo.

As eleições de 2014, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, custaram R$ 5,1 bilhões, e 95% desses recursos vieram de um pequeno grupo de grandes empresas, que assim constituíram suas bancadas de interesses privados, é claro, no Congresso Nacional. Bancada das empreiteiras, bancada do agronegócio etc. Basta ver que a CPI da Petrobras, para apurar as denúncias da Operação Lava Jato, já conta em sua composição com dez dos 27 integrantes que receberam dessas empresas investigadas R$ 1,9 milhão para financiar suas campanhas eleitorais. A presidência da comissão deverá ir para o peemedebista Hugo Motta, que recebeu da Andrade Gutierrez e da Odebrecht R$ 455 mil dos R$ 742 mil gastos em sua eleição. Essa é a corrupção das empresas sobre o Legislativo. Não é ilegal receber as doações, porque as empresas passaram a poder doar, por lei, recursos para financiar candidatos a partir de 1997. Mas evidentemente é um poder que afronta o interesse público.

No Judiciário fica mais difícil identificar os caminhos da corrupção, mas são muitos os casos em que juízes pedem vistas de processos e só os devolvem para o trâmite judiciário depois que as penas prescreveram. Os casos do Banestado, do mensalão tucano e do trensalão ilustram essa prática de levar até mesmo à prescrição de delitos, como o de formação de cartel. Os expedientes são muitos: por exemplo, o da paralisação de investigações de responsabilidade do Ministério Público Federal em São Paulo no caso das denúncias de cartel nas obras do metrô. Essa é a corrupção das empresas no Judiciário.

Por meio de muitos expedientes, os grandes grupos econômicos controlam nosso sistema político e dele se apropriam para submetê-lo a seus interesses privados. O comportamento predatório desses grandes grupos econômicos, porém, não se limita à prática da corrupção para atingir seus objetivos de maximizar o lucro. Existem também mecanismos utilizados pelas grandes empresas multinacionais que atuam no Brasil que se valem de expedientes de sub e sobrefaturamento para promover a evasão fiscal, isto é, deixar de pagar impostos e transferir ilegalmente riqueza para fora do país. A Tax Justice Network identifica, com base em dados do Banco Mundial, que a evasão fiscal no Brasil, em 2011, foi de 13,4% do PIB, algo como US$ 280 bilhões.1 Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS e o Imposto de Renda.

Mas não para aí. As dívidas reconhecidas pela Receita Federal de impostos das multinacionais que operam no Brasil, em 2012, somam R$ 680 bilhões. A corrupção aqui é o Estado brasileiro não tomar medidas efetivas para evitar essa sangria. Inibir essa sonegação de impostos requer uma fiscalização efetiva e penas significativas para quem for pego. Quanto maior for a pena, menor será a sonegação.

Em meio ao escândalo do HSBC, o segundo maior banco do mundo, identificaram-se 8.667 brasileiros que sonegaram ou lavaram dinheiro fora do país por meio dessa instituição. São bilhões de dólares por ano. Eles são parte da elite econômica de nosso país, acostumada a tudo poder. O que vai acontecer com eles?

Essa impunidade também pode ser vista no reconhecimento público da existência de doleiros operando no Brasil. É a aceitação implícita da lavagem ou evasão de recursos, que são inclusive provenientes de fontes ilegais, como o narcotráfico.

Esse quadro não é o mesmo em outros países latino-americanos, como a Argentina e o México (vejam vocês!), onde a evasão fiscal é calculada em 6,5% e 2,4% do PIB, respectivamente. Nos Estados Unidos, a evasão fiscal é de 2,3% do PIB. Pode-se dizer que o que faz do Brasil este espaço predatório do grande capital é a impunidade.

Se avançássemos no controle democrático dos fluxos de capitais – das transações do sistema financeiro, por exemplo –, poderíamos ter um país muito melhor na dimensão da oferta dos serviços públicos à população. No Brasil, dinheiro é o que não falta.

Silvio Caccia Bava
Diretor e editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil