sábado, 30 de maio de 2020

Sobre o covid: fique em casa

“À medida que o planeta se aquece (...) os animais deslocam-se para os polos fugindo do calor. Animais estão entrando em contato com animais com os quais eles normalmente não interagiriam, e isso cria uma oportunidade para patógenos encontrar outros hospedeiros. Muitas das causas primárias das mudanças climáticas também aumentam o risco de pandemias. O desmatamento, causado em geral pela agropecuária é a causa maior da perda de habitat no mundo todo. E essa perda força os animais a migrarem e potencialmente a entrar em contato com outros animais ou pessoas e compartilhar seus germes. Grandes fazendas de gado também servem como uma fonte para a passagem de infecções de animais para pessoas”.

 covid-19 - Prefeitura Municipal de Caxambu
Matemática.

100 mil mortos no EUA
25 mil mortos no Brasil
Mortes confirmadas no mundo – 350 mil pessoas

Esses dados são matemáticos. Soma simples.  Não há discussão a respeito dele. Existe sim um aumento considerável de mortes, não atribuída ao Covid 19, por falta de testes e nesse caso, o número de mortos pode ser 700 mil, ou mais.
Como entender esse número de mortos e transportá-los para a nossa realidade regional?
Bragança Paulista é sede de uma região com 16 municípios, sendo que Bragança, Atibaia e Amparo devem ter 350 mil habitantes. As outras 13 cidades juntos somariam mais 350 mil habitantes.
Numa bela manhã de outono, você a corda e percebe que todos em sua casa estão mortos. Você não se conforma e vai para a rua, onde todos estão mortos. O carro da polícia militar tem quatro mortos. O dono do boteco da esquina está morto no balcão após servir o último trago para o bebum amigo, morto na mesa. Na escola as crianças mortas no jardim, no hospital todos estão mortos e cachorros vagam entre os corredores. Você enlouquece e sai para o campo, onde apenas urubus passeiam entre os girassóis.
É um cenário terrível?
Você considera essa uma história de péssimo gosto?
Mas são 700 mil mortos, eu apenas mudei sua localização.
Pense bem, enquanto os mortos são da outra casa, da outra cidade, do outro país eles não te interessavam, mas quando os colocamos dentro da sua realidade, tudo faz sentido, ou melhor, nada faz sentido e é horrível.
Vamos pensar linearmente:
Uma pessoa de mãos dadas com a outra, de braços abertos, formanda uma grande ciranda. O rico, de mãos dadas com o menino pobre, que segura as mãos de uma negra de mãos dadas com um oriental, segurando um mendigo, que tem a seu lado um padre apertando as mãos do ateu, com um gay, que segura o pastor, que segura o pai de santo, de mãos dadas a uma criança loira, de olhos azuis, com cara de pavor segurando um político, ao lado do operário, com nojo do empresário que, se segura no banqueiro apertando a mão de uma enfermeira. E assim vai. São 700 mil nessa ciranda. Serão 666 pessoas a cada quilometro. 6666 pessoas a cada 10 quilômetros. 66666 a cada 100 quilômetros. 666.666 pessoas mortas. Ainda faltam 34 mil pessoas nessa corrente, que começa em Bragança, passa por Pouso Alegre, Contagem, Belo Horizonte, João Monlevale, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Nanuque, Teixeira de Freitas, até Porto Seguro.
Uma corrente de mortos e se você passar ao lado deles, vai reconhecer amigos, filhos, mães, pais, maridos, avós, inimigos, de alguém.
O que eu disse até aqui é matemática desenhada. Simples e puta matemática em 3D.

Ciência, quarentena e flexibilização

A doença do coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada por um coronavírus recém-descoberto.
A maioria das pessoas que adoece em decorrência da COVID-19 apresentará sintomas leves a moderados e se recuperará sem tratamento especial.

COMO ELA SE ESPALHA

O vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala. Essas gotículas são muito pesadas para permanecerem no ar e são rapidamente depositadas em pisos ou superfícies.
Você pode ser infectado ao inalar o vírus se estiver próximo de alguém que tenha COVID-19 ou ao tocar em uma superfície contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, no nariz ou na boca.
Porém tudo está em estudos. Poder ser muito mais do que isso.
Qual é a receita?
-Ficar em casa.
Se eu ficar em casa não vou pegar?
-Vai ser infectado sim, mas pode ser assintomático, pode ser passageiro, você também pode precisar de UTI e é ai que a coisa pega.
Estamos num país dos planos de saúde, que cobram caro e não resolvem nada em crise, e é simples, todo investimento deve gerar lucros. A saúde é como igreja, sua função principal está escondida atrás de sua função real, o lucro.
Assim, o que tenta-se impedir é que todos precisem dos hospitais no mesmo tempo. Numa cidade como Bragança, a cada trinta que precisarem ser internados, 4 vão morrer.
Será que você entende? Precisa desenhar?
Ah, mas você precisa comer...
Claro e ai entra a função do estado. Seu país, seu estado, sua prefeitura devem prover o seu sustento. Se você votou errado, só resta deixar pago o seu caixão.
Antes da eleição a gente via muitos profissionais criticando o Bolsa Família, hoje os mesmos devem entender a necessidade de um estado, seja de econômica capitalista, ou socialista, cumprindo seu dever.
O papel das prefeituras é cuidar para que seu povo viva. Fiscalizar em fechar empresas onde o patrão coloca seu funcionário na linha de frente, sem necessidade.
Onde está escrito que acadêmica, salão de beleza e igreja são necessários a sobrevivência humana?
Existem sim profissionais que nessa fase são obrigados a trabalhar para garantir a possibilidade de vida a outros, como lixeiros, médicos, carteiros, enfermeiras, caixas de supermercado, estoquistas, frentistas, mas não vão muito além e mais, deveriam ser os prefeitos, os primeiros a reivindicarem aumentos a essa gente, principalmente se ganham menos de 6 mil reais, que deveria ser o mínimo, por questão de sobrevivência e dignidade.
Não se pode flexibilizar. PONTO
Nós não temos estrutura para suportar 200 infectados com gravidade, em nosso município. A cada 100 mil habitantes, se tivermos 200 infectados graves, teremos 150 mortes por dia.
Parem de hipocrisia e deixem a ignorância de lado.

Mercado e função do estado

Qual é a função do estado em crises em pandemias?
Por enquanto só estou falando do estado capitalista, não falei em Cuba, onde ninguém está passando fome.
Na crise de 29, o que fez o estado capitalista dos EUA?
Na crise de saúde o que vem fazendo em termos de ajuda a todos. Digo todos.
Quem está sendo ajudado no Brasil, todos, ou a minoria a beira do suicídio social?

Quando a ignorância se une a hipocrisia ela ultrapassa todos os limites. Quando um político burguês vomita suas tendências ao obscurantismo, sem qualquer pudor, como temos visto em nosso país, a vida do povo fica à deriva.
 Quando a ciência se vê subjugada aos apelos populescos de uma política medíocre e eleiçoeira e ai não importa a vida, pois vislumbra-se apenas o voto.
Quando vereadores, ou congêneres, totalmente ignorantes começam a vociferar em defesa de abertura, sem nenhum conceito técnico, sem estudos específicos e do alto de sua ignorância, o povo corre riscos.
Uma pandemia não é um assunto político e muito menos para políticos ignorantes,
que se utilizam de redes sociais para aparecer e determinar destinos, de acordo com as ordens de seus financiadores.
Quando um vereador, ou qualquer outro político, do baixo clero, não sabe a função do estado, não sabe que o estado, em todo o mundo tem linhas de ajuda, indiscriminadamente para sua população e, mil por cento acima da esmola bolsonareana, ele deve se calar, mesmo sendo de partidos de aluguel, que apoiam a loucura de um ministério da saúde com 19 militares em postos chaves.


Natureza & Ciência

Transcrevo aqui, partes de um artigo de Luiz Marques publicado pela Unicamp, cujos trechos escolhidos, acredito ser de grande importância
Desde que tenha oportunidade, o coronavírus está pronto para mudar de hospedeiro e nós criamos essa oportunidade através de nosso uso não natural de animais – a pecuária (livestock). Essa expõe os animais de criação à vida silvestre, mantém esses animais em grandes grupos que podem amplificar o vírus, e os humanos têm intenso contato com eles – por exemplo, através do consumo de carne –, de modo que tais animais certamente representam uma possível trajetória de emergência para o coronavírus. Camelos são animais de criação no Oriente Médio e são os hospedeiros do vírus MERS, assim como do coronavírus 229E – que é uma causa da gripe comum em humanos –, já o gado bovino foi o hospedeiro original do coronavírus OC43, outra causa de gripe”.
Sabemos que a maioria das pandemias emergentes são zoonoses, isto é, doenças infecciosas causadas por bactérias, vírus, parasitas ou príons, que saltaram de hospedeiros não humanos, usualmente vertebrados, para os humanos. Como afirma Ana Lúcia Tourinho, pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o desmatamento é uma causa central e uma bomba-relógio em termos de zoonoses: "quando um vírus que não fez parte da nossa história evolutiva sai do seu hospedeiro natural e entra no nosso corpo, é o caos” (Pontes 2020). Esse risco, repita-se, é crescente. Basta ter em mente que “mamíferos domesticados hospedam 50% dos vírus zoonóticos, mas representam apenas 12 espécies” (Johnson et al. 2020). Esse grupo inclui porcos, vacas e carneiros. Em resumo, o aquecimento global, o desmatamento, a destruição dos habitats selvagens, a domesticação e a criação de aves e mamíferos em escala industrial destroem o equilíbrio evolutivo entre as espécies, facilitando as condições para saltos desses vírus de uma espécie a outra, inclusive a nossa.
A cobertura vegetal dos trópicos tem sido destruída para sustentar essa dieta crescentemente carnívora, não apenas na China, mas em vários países do mundo e particularmente entre nós. No Brasil, a remoção de mais de 1,8 milhão de km2 da cobertura vegetal da Amazônia e do Cerrado nos últimos cinquenta anos, para converter suas magníficas paisagens naturais em zonas fornecedoras de carne e ração animal, em escala nacional e global, representa o mais fulminante ecocídio jamais perpetrado pela espécie humana. Nunca, de fato, em nenhuma latitude e em nenhum momento da história humana, destruiu-se tanta vida animal e vegetal em tão pouco tempo, para a degradação de tantos e para o benefício econômico de tão poucos. E nunca, mesmo para os pouquíssimos que enriqueceram com a devastação, esse enriquecimento terá sido tão efêmero, pois a destruição da cobertura vegetal já começa a gerar erosão dos solos e secas recorrentes, solapando as bases de qualquer agricultura nessa região (na realidade, no Brasil, como um todo).
O caos ecológico produzido pelo desmatamento por corte raso de cerca de 20% da área original da floresta, pela degradação do tecido florestal de pelo menos outros 20% e pela grande concentração de bovinos na região cria as condições para tornar o Brasil um “hotspot” das próximas zoonoses. Em primeiro lugar porque os morcegos são um grande reservatório de vírus e, entre os morcegos brasileiros, cujo habitat são sobretudo as florestas (ou o que resta delas), circulam pelo menos 3.204 tipos de coronavírus (Maxman 2017). Em segundo lugar porque, como mostraram Nardus Mollentze e Daniel Streicker (2020), o grupo taxonômico dos Artiodactyla (de casco fendido), ao qual pertencem os bois, hospedam, juntamente com os primatas, mais vírus, potencialmente zoonóticos, do que seria de se esperar entre os grupos de mamíferos, incluindo os morcegos. Na realidade, a Amazônia já é um “hotspot” de epidemias não virais, como a leishmaniose e a malária, doenças tropicais negligenciadas, mas com alto índice de letalidade. Como afirma a OMS, “a leishmaniose está associada a mudanças ambientais, tais como o desmatamento, o represamento de rios, a esquemas de irrigação e à urbanização”,vi todos eles fatores que concorrem para a destruição da Amazônia e para o aumento do risco de pandemias. A relação entre desmatamento amazônico e a malária foi bem estabelecida em 2015 por uma equipe do IPEA: para cada 1% de floresta derrubada por ano, os casos de malária aumentam 23% (Pontes 2020).

História

A gripe espanhola, também conhecida como gripe de 1918, foi uma vasta e mortal pandemia do vírus influenza. De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época. Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões e 50 milhões, e possivelmente até 100 milhões, tornando-a uma das epidemias mais mortais da história da humanidade. A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenzavirus H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009
Porque morreram entre 17 e 50 milhões de pessoas?
É logico que em 1918 a falta de conhecimento foi a principal causa. Depois temos ai o nascimento do capitalismo neoliberal, que não poderia parar para não quebrar.
Jamais seria permitido fechar escolas, ou fabricas no início daquela pandemia. O mercado era mais importante e se o patrão não ganha, o escravo não come. Esse erro estratégico levou a quebradeira geral e logo depois veio a quebra da Bolsa de Nova Iorque e o estado se torna Keynesiano, usando toda sua capacidade monetária para ressuscitar empresas. Não teria sido mais fácil pagar ao trabalhador para ficar em casa, como a Inglaterra está fazendo hoje e todos estariam salvos? Pelo menos 10 a 30 milhões não morreriam e nenhuma empresa quebraria.
Não teria sido melhor, se o Trump, desde o início da pandemia, já tivesse envido a ajuda de 6 mil reais para cada família? Talvez 50, ou 60 mil mortos a menos, até aqui?
Nem vamos falar do Brasil, onde o estado perdeu suas funções.




terça-feira, 26 de maio de 2020

Depois da crise- Brasil


O depois da crise

OIT saúda compromisso do G20 como primeiro passo global na ...

Não imaginem que algo vai mudar depois da crise Covid-19.
Tudo continuará a mesma coisa. O capitalismo se espreme, muda, transforma para continuar o mesmo e seus pobres seguidores, continuarão sob os grilhões e amarras da ignorância.
O ser apoiador e mantenedor do sistema é abjeto e capaz de morrer por algo, que não lhe pertence e nunca terá, mas acredita, assim como na loteria, que se um, em 1 milhão chegou lá, ele será o próximo e, assim chegará a misera aposentadoria, acreditando que foi útil.
Algo pode mudar, temporariamente, na Europa, que já viveu crises e guerras, mas passando-se poucos anos, retoma o rito natural.
O mundo hoje, usa suas reservas para manter vivo seus cidadãos. No capitalismo dos ianques, dos eternos imperialistas, ou na falsa liberdade, igualdade e fraternidade francesa, o estado cumpre sua função e paga o cidadão funcionário da rede privada. Tem sido assim, entre os chamados comunistas, pois os estado já é o patrão e quando ele ordena, um fique em casa, trata-se de ordem do patrão e o salário, não muda.
Mas quando tudo acabar, o pé vai afundar no acelerador e tudo será recuperado. Assim tudo volta ao normal. A poluição já está de volta na China, Veneza terá de volta suas águas turvas, e os ianques retomarão teste nucleares e perseguições democráticas atrás do petróleo, ou contra a propaganda de um sistema melhor.
Só  muda o Brasil. Mudaremos a devastação da floresta da qual se aproveita um presidente insano, para cumprir sua promessa de eliminar a Amazônia, não serão ressuscitados os índios vítimas de genocídio, e mudará o número de sobrevivente, não recuperaremos as áreas griladas, as vidas devastadas e nem a sociedade estrangulada. Mas mudaremos a miséria. Para cima. 
Em nosso governo Guedes aproveita para pensar novos crimes contra o patrimônio nacional, entregar o Banco do Brasil, retirar mais direitos sociais, a educação continuará destruindo projetos, o meio ambiente aproveitará para impor bacias de ilegalidades.
E depois do Covid só o Brasil vai mudar. Mudará por muito tempo. Sem dinheiro e sem emprego, o povo aceitará voltar para as minas de carvão, por 18 horas por dia, sem direitos e pelo feijão com arroz. O comercio vai quebrar, não porque ficou fechado, mas porque concordou com um presidente, que eliminou direitos e transformou o brasileiro em escravo faminto. A indústria vai mudar e quebrar, pois o comercio, que concordou e fez arminha, não tem  para quem vender.
A polícia vai mudar, pois em alguns lugares já perdeu a voz para a milícia, que manda abrir, ou fechar e talvez, para sobreviver, só associando-se com o PCC ou Comando Vermelho.
O Brasil vai sair com recorde de mortos e quebrados, mas o brasileiro servil continuará admirando seu mito, pois ele é sua imagem e semelhança, grosseiro, ignorante, invejoso, desonesto, o inútil e abjeto, o cidadão servil. Um exército de robôs marchando para a estupidez e cavando suas covas, de um país sem SUS, sem educação, sem cultura, sem direitos sociais, mas membros do exército de papagaios adestrados, berrando Micto.
Chamados de bostas, por seu presidente, eles irão concordar e dizer que salvar seu povo, não é função do estado. Estado, que teoricamente é apenas o povo e só em função dele, pode existir. Ou já estamos num império das corporações, cujas milícias enriquecem cuidando do curral, enquanto  os donos se divertem

sábado, 16 de maio de 2020

Livro: Cuba- O último reduto da liberdade




Compre já:

Passados sessenta anos de sua revolução, Cuba permanece um tema polêmico, mesmo com sua pouca relevância no cenário geopolítico atual, por ainda ser um estandarte ideológico ostentado por uns e combatido por outros.
A experiência cubana causa reações variadas. Por um lado, se a ideia de um sistema com educação e saúde inclusivas, gratuitas e de qualidade é sedutora, por outro, a carência material e a repressão às opiniões divergentes causam aversão. Mas tal confronto não oferece a maior dificuldade racional, embora não seja pequeno o dilema que propõe. Resta uma questão ainda mais sutil: o sistema cubano é defensável dentro das condições dadas? Em qual medida o embargo é responsável pelas penúrias materiais de seu povo e quanto serve de muleta para as ineficiências do regime em lidar com todo o leque de necessidades de seus cidadãos? Além disso, como lidar com novas gerações, para quem a luta contra a ditadura de Batista não é nada mais que matéria escolar, que ambicionam progresso econômico e realização de sonhos, fúteis ou não?
O que temos aqui é o relato de uma viagem, de alguém que sempre buscou uma saída digna para a humanidade.
Em seus livros de ficção cientifica (Akanis, Aztlán e Akahin) o autor deixa claro sua busca por um mundo justo, onde chega a propor o fim dos EUA.
Antonio Sonsin tem 25 livros publicados, em parte deles, a temática socialista é salientada. República Socialista do Paraguay, um romance baseado na Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai de Frância é colocado como o primeiro país socialista do mundo. Em Terra do Amanhã, a revolução ocorre no sertão da Bahia. Em 1918, relatos da primeira Guerra Mundial, ele passeia na filosofia de Rodolfo Mandolfo, através das cartas reais de Antonio e Cassilda, da cidade de Senigália.
Ele escreveu ainda, Hollywood, que destrói o sonho americano, usando a biografia de Olympio Guilherme, convocado para substituir Valentino.