sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Eleições em Bragança Paulista - Passado X Futuro

SARTORI X CHEDID X LEME X OLIVEIRA 
Futuro X Passado

A analise a seguir é política e baseada na história local, não significa necessariamente uma concordância com as situações apresentadas, mas a tentativa de um relato, que seja o mais próximo de nossa realidade, tentando deixar de lado os ódios e paixões, ideológicas, ou considerações pessoais.
Jesus e Amauri são candidatos pelo DEM (antiga ARENA, que participou da ditadura nos anos de chumbo) aguardam dia 9 desse mês, o julgamento de um processo em Brasília.
Gustavo Sartori e Renato Frangini, candidatos da coligação PSB-PPS e outras legendas representam aqui a luta contra grupos, que a anos fazem política em Bragança, mas que pouco fizeram. Gustavo tem nas mangas a juventude e a experiencia de um grupo de apoio.
As candidaturas de Leme do PT e Oliveira do PSOL podem fazer a diferença no resultado final. Historicamente o grupo Chedid tem em torno de 30% dos votos. Eleitor Chedista é considerado fiel, logo a divisão de votos pode levá-los de volta ao poder, de onde foram afastados por determinação judicial em outubro de 2005.

Gustavo, Frangini, Zé de Lima e Marcio França, vice governador do estado

Jesus, Amauri, Edmir na convenção do DEM

Oliveira e candidatos do PSOL

Convenção do PT 
Quem é quem? Personagens Principais.

                                         
Gustavo Sartori – Em agosto de 2003 se filou ao PSB. Eleito em 2004, com 2010 votos foi vereador por 4 anos, líder de bancada e com participação ativa no desenvolvimento e na área cultural e turística da cidade. Candidato em 2008 e 2012 foi bombardeado por adversários, que não queriam mudanças na política local. Após as eleições de 2012 só evoluiu. Com graduação em direito e gestão pública foi trabalhar na prefeitura de Jundiaí e posteriormente na assessoria do vice governador. Tornou-se coordenador regional do PSB, aprendeu mais sobre administração e fez amigos importantes no governo estadual e federal, o que sem duvidas será uma grande vantagem para Bragança. Conversou com todos os grupos interessados em mudança real na política local e conseguiu convencer aos mais importantes políticos da cidade que a mudança passa por seu nome. Tem um projeto claro de administração. Se eleito mudará o cenário bragantino para sempre.
                                   
Ao João Solis sempre faltou competência, determinação, cultura e compromisso com a verdade. Traiu as urnas e aqueles que os levaram ao poder. Sentiu-se um rei quando prefeito, loteou sua administração com muitas pessoas de pouca qualidade profissional.  Ganhou de presente a cadeira de prefeito e se dedicou a trair aqueles que lhes deram. Perdeu o partido por incompetência, perdeu amigos, perdeu credibilidade, perdeu a chance de mudar a cidade, mudando definitivamente de mãos o poder que há 50 anos pertenciam aos mesmos grupos, mais do que isso, tentou devolve-lo a seus antigos donos. Um nome a ser definitivamente esquecido.  Teve 7 anos e 3 meses de poder, onde a tônica foi a traição, o rompimento de compromissos e as mudanças de opinião e sem palavra. 
Solis foi derrotado dentro do PSDB por João Calos Carvalho, um ex-vereador com dividas aos cofres públicos. João Solis representa a ala Alckimista do PSDB, enquanto João Carlos, o vencedor da disputa, com auxilio da família Macris,  joga hoje com a ala Serrista. Serra que em 1986, no final do governo Montoro se tornou aliado do grupo da antiga Arena, montando com Nabi Chedid um comitê gigantesco na atual loja Marabras.

Jesus é pessoalmente bonachão, bom papo, curioso e esperto. Como político tem duas imagens, para o povo o bonachão, grande pai com um abraço pronto e a solução de todos os pecados do mundo, em forma de uma maquiagem facilmente lavada. Considerado em seu grupo como um grande chefão. Sua outra face política é autoritária e ultrapassada, destoante do que se apresenta na vida social. Dentro de seu grupo tem divergências com o próprio filho, que busca voo mais alto ancorado no eleitorado de Campinas, onde tem seu domicílio eleitoral. 12 anos e 9 meses de poder (divididos entre ele e o pai Hafiz). A política do grupo é desatualizada. Jesus está fora da política local desde 5 de outubro de 2005, quando teve sua cassação confirmada em segunda instancia, pelo tribunal paulista. Jesus em sua convenção se tornou candidato junto com Amauri Sodré, mas é importante salientar, que Jesus aguarda um julgamento de seu processo, que deve acontecer no dia 9 em Brasília. Caso seja condenado os nomes da chapa do DEM podem mudar. Aguarda-se Antonio Ricardo em seu lugar. 

José de Lima é sem duvida o maior vencedor de eleições. 14 anos de poder, 2 sucessores eleitos diretamente por ele e mais 3 eleições vencidas por candidatos que tiveram seu apoio. 33 anos e 3 meses são o total de administrações ligadas a ele. Em 2008 lhe foi proposto que apoiasse um sucessor para mudar a linha política local. Não deu naquele ano, está fazendo isso hoje. Mais do que uma ato simbólico pode se tornar uma mudança de paradigmas. Uma eventual eleição de Sartori muda, não apenas o cenário local, mas o cenário regional. O desenvolvimento sócio cultural será outro, com visão atualizada e positiva para os dias de hoje. E Zé encerraria uma carreira pessoalmente vitoriosa com  163.155 dias com participação no poder. Podendo ser ampliada em mais 4 anos, após 2020. Inédito talvez até na história mundial. Aqui o poder ficou nas mãos de ruralistas até 1968. Nas mãos de comerciantes, empresários, talvez até o fim de 2016 e a partir de 2017 iniciaria o novo ciclo, de técnicos. 

                                          
Frangini – Já foi vereador, foi candidato a vice prefeito com Lima e candidato a prefeito no grupo do DEM. Perdeu as eleições de 2012 por 21 votos. Desprestigiado pelo grupo Chedid, que historicamente só apoia a família,  preferiu partir para uma mudança. Essa mudança é significativa, pois pode mudar definitivamente o poder na cidade. É algo maior do que parece. Caso sua chapa chegue a vitória os rumos da política local vão mudar. É a mudança que se apresentou em outubro de 2005, porém foi dissolvida pela incompetência de João Solis. Agora, 11 anos depois aquilo pode se consolidar uma mudança se o PSB eleger o prefeito e seu filho, se eleito, for bom vereador, em 2020 será nome para a sucessão. Mudam-se as cartas, o tabuleiro também. 


Edmir Chedid- Deputado de vários mandatos, representa o pensamento da extrema direita. Tentou montar um grupo forte conseguindo levar para o lado da Morada das Pedras um precioso tempo de televisão com a adesão do PMDB (que um dia foi oposição) e PSDB, hoje significativo apenas e justamente por seu tempo na televisão, posto que não possui mais nomes do passado, que um dia lutaram contra a ditadura da antiga Arena. Edmir é eleitor no município de Campinas, onde pretende lançar a candidatura de seu filho. Seu objetivo maior, conforme deixou transparecer muitas vezes é o cargo de vice-governador, que pode ficar mais distantes com as rusgas deixadas nesse momento político, com relação ao virtual candidato de Alckmin. Tem uma votação tranquila na região e a disputa local não deve influenciar sua rotina de deputado.


Personagens secundários.


Bruno Leme, petista histórico, de família petista de fundadores do partido local. Tem que ir para o sacrifício numa tentativa de fazer renascer  o PT  que nunca conseguiu nada na cidade. A eleição do Delegado, que vinha de um cargo de confiança do tucano Serra, jamais poderá ser considerada uma vitória petista. Cabe ao Bruno tentar fazer um vereador, o que me parece difícil nas atuais circunstancia. O PT ganhou sem levar as eleições de 2012. Para os integrantes da chapa vitoriosa ficaram os bônus, para a sigla os ônus.  Para a historia restará a duvida, de quem fez o pior governo na cidade, o PT, ou o PSDB. A disputa é ferrenha.

Renan Oliveira – É um dos vários “políticos” que lancei no cenário local. O filiei no PSOL em 2009 e em 2010 lhe entreguei a sigla do partido. Ele se dizia socialista e parecia ser ideológico. Não parecia dominado pelo ego vaidoso e nem demonstrava pretensões de poder, ou manipulação. Se comprometeu a não entrar nas aventuras da esquerda de boutique, ou esquerda temporária. Deveria ter sido já em 2012 candidato a vereador para adquirir conhecimento da realidade do jogo político local e ir ganhando experiência para chegar ao poder e executar uma planejamento de administração com justiça social. Rompeu o compromisso por um projeto que só ajuda a extrema direita. Tem boa visão para seus objetivos pessoais, mas falta visão coletiva, porém tem o poder de persuasão dentro de um determinado estrato social.
 
Jóca – Foi vice prefeito entre outubro de 2003 e dezembro de 2008. Foi um dos que mais trabalhou para a organização de um grupo político para que Bragança finalmente entrasse nos eixos do desenvolvimento.

Rita Valle- Vereadora do PV tinha pretensões de ser candidata a prefeito. Abriu mão para compor com Gustavo Sartori uma chapa visando o desenvolvimento da cidade. Seu PV está com o PSB. 

Rodrigo Pires Pimentel. Advogado, também tinha seu nome entre possíveis candidatos. Abriu mão pela coligação com o PSB.
Miguél Lopes- Considerado um político de pensamento ágil, montou um grupo forte dentro de seu partido e foi apoiar a coligação do PSB na reta final.












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