quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Os politicamente incorretos. A histeria e a hipocrisia andam juntas.



O chamado “politicamente correto” são um conjunto de teses de esquerda, usadas pela direita, para compor uma cartilha, cuja intenção era evitar sintomas, mas nunca sanar as causas.
A igualdade feminina, um exemplo típico.
A mulher é barrada nas principais instituições de extrema direita, que assinam como forma de propaganda, a igualdade. Vejamos onde entra a mulher em duas organizações tradicionais da direita como a Igreja Católica e Maçonaria?
-Talvez na propaganda e no fato de terem gerados filhos conservadores.
A única intenção do “politicamente correto, nesse caso é usar o apoio a tese, como forma de propaganda. Mas, “nos aceitamos seus direitos em tese, só não temos como enquadra-las em nosso meio”.
A partir do momento em que se luta pela propaganda do politicamente correto, sanam-se os efeitos da discriminação, mas não sessam as causas dos problemas. Ou seja: As mulheres vão continuar apanhando, mortes, sendo usadas, “até porque temos uma indústria para isso e essa nossa indústria depende disso. Temos que manter essa separação que é lucrativa. Isso tudo é o capitalismo”.

Nosso  sistema capitalista é calcado na supremacia masculina, branca e se possível sionista. “Só admitimos mulheres, como forma de divulgar nossa posição democrática, desde que subservientes”.
“Se você luta como um proletário idiota, por direitos iguais, será aniquilado de nosso convívio. Lute para sanar efeitos. Nunca as causas, pois lutar contra as causas seria o nosso fim.” Precisamos de mulheres no sistema, como Carmens, subservientes e obedientes. Odiamos guerrilheiras, ainda que confusas, que não nos obedeçam.

Nosso sistema jurídico lhe dará apoio para tirar de circulação o idiota que postou uma bunda de mulher, de homem é permitido, nossas organizações estão cheias disso. Mas a bunda de mulher, nua no carnaval, ou na propaganda do sabonete, será castigada quando causar comoções e for útil aos nossos interesses, por isso ampliamos nossa rede de destruição cultural para gerar seres idiotizados.

O politicamente correto nos faz mudar algumas estruturas, ele é genial, desde que o povo não pare para pensar. Então vamos garantir isso através da educação.
História, filosofia e sociologia são matéria nocivas. Uma a cada vinte que estudam, começam a pensar e podem ser no futuro a laranja podre do cesto. Vamos substitui por uma escola técnica, assim teremos mais lucros em nossas empresas e com ensino religioso, para que os súditos aprendam a convicção. Convicção é fé e não se discute a função das Marias e nem se exigem provas.
Está escrito e que assim seja.

A sexualização da sociedade é tão útil como a religião. Todos podem ir a zona, mas não devemos trata-la com normalidade. Algumas coisas se fazem escondido. Fotos de mulheres nuas deverão ser consideradas nocivas apenas quando nos interessar. É fácil criar uma histeria contra o abuso da figura feminina, desde que não seja no carnaval, pois ele está para nos como o futebol e a religião.  Façamos de conta, que nos importamos com o uso da nudez, quando nos for viável, assim mostramos nossa moral ilibada. Isso tudo pode ser provido pela nova educação, que é um aprimoramento da antiga.
Se a propaganda do banco sionista, mostrar a mulher gostosa, sensual e burra, como modelo, vamos aceitar, precisamos de mais imitadoras, mas se alguém comentar que essa mulher é mesmo gostosa, mostremos nossa indignação.

Esses dias me surpreendi com uma matéria do G1 de Santos, onde sugeria-se que um professor "imoral" usava a figura feminina com machismo, quando na verdade, o cara que assistia a um show no Rock In Rio, deitado na grama, teve sua frente tapada por uma garota, e ai postou a foto, “Vendo Rock In Rio sob um novo ângulo”. Até ai tudo bem, não teria problema se a mulher da frente estivesse vestida de madre, ou se fosse velha, ou se fosse a mãe dele. Mas era uma garota com metade da bunda para fora, o que levou as feministas locais a deduzirem, que o cara era tarado, ou incentivava estupros em ônibus, ou feminicidios?
Oras, isso é uma sociedade hipócrita e doente, onde juízes liberam maridos assassinos, por bom comportamento, onde ejaculadores de ônibus não são presos, mas ai percebi, pela cabeça das doentes, que a culpa era toda do professor.

Entre mais de 200 comentários, um deles dizia que o professor não deveria fotografar a moça de costas, sem a permissão dela. Opa!!! Tirem todas as câmaras de monitoramento do mundo, eu não dou ordem para ser filmado sem minha autorização.

Mulher invisível pode ser fotografa e ser vista sob novo angulo? 
Opa, mulher na praia não deve ser fotografada... Mas e se  é minha filha e pediu?
É imoral fotografar um morador de rua, ou imoral seria deixá-lo nessa condição?
Uma senhora toda coberta pode ser fotografada?
 Se for uma mulher de traseiro avantajado não posso fotografar?
Se pobres invisíveis estiverem a minha frente, eu posso falar que vejo tudo sob um novo angulo?

Vamos queimar todo o trabalho de Herny Cartier Bresson, ele numa pediu autorização para fotografar na rua... Mais  a rua não é mais publica? 
Não vamos confundir as coisas. A moça tem direito de sair de shots curtos, ou sem ele, moça, moço, ou seja o que for. Não deve ser importunada, tocada, agredida com palavras, gestos, ou fisicamente. Esse é o principio da coisa. Esse é o respeito pelo outro, não importa gênero, ou raça. Simples assim.
A luta feminista é muito maior que isso. Não pode se render a hipocrisia religiosa capitalista e servil.

Mas não se tira o direito da fotografar as ruas e eventos públicos, não se tira o direito a pensar e se manifestar se é bonito, ou feio. Claro, de acordo com o padrão de cada um. E quando eu fotografo alguém que se posta a minha frente como estatua, e ainda comento que trata-se da nova visão do evento que estou assistindo, não estou de forma alguma ofendendo ninguém.
E as ruas estão cheias de coisas interessantes, cheias de gente invisíveis, que só são reparadas quando fotografadas e mostradas. Não vai ai nenhum preconceito, pelo contrario, a mostra da diversidade e dos esquecidos é o que os fazem lembrados.

Chega de politicamente correto, quando se trata de efeitos. Vamos ao politicamente correto nas causas e elas atendem por fascismo, ignorância, fundamentalismo religioso, histeria de massa, hipocrisia, capitalismo explorador, que na verdade pode ser substituído por uma única palavra: IGNORANCIA.

Não. Esse artigo não é contra o politicamente correto. É contra a histeria sem fundamento, a hipocrisia e a sociedade religiosa. Mas se eu precisar provar aqui, que todo o machismo é cultural e vem da religiosidade, vamos então esquecer a inquisição e o Oriente Médio. E que siga o enterro...

Ah...Alguém quer falar sobre a industria da violência? Seus motivos e as vantagens de sua manutenção? 

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