A verdade é raquítica, subnutrida e feia
A mentira é bonita, envolvente e alegre.
Novamente as eleições de Bragança serão decididas por José
De lima. Isso acontece desde 1968.
(Veja matéria – Uma pequena história das
eleições em Bragança - http://revistaverdadebrasil.blogspot.com.br/2015/02/uma-pequena-historia-das-eleicoes-em.html
)
De um lado teremos o grupo Chedid, como acontece desde 1968.
“Renovado” e reforçado pelos novos antigos nomes, de outro a possibilidade de
uma candidatura, ou duas. Uma do próprio grupo que se alinha em torno de Lima,
sem chance de triunfo, pois disputaria o eleitorado com Sartori. A outro
acoplada ao nome de Sartori, que teria o PV e talvez Rita Valle como vice, ou
Marcus Valle, ou até Marcio Villaça, num
grupo que seria independente de Limas e Chedids, porém sem grandes chances de
vitória, não que ela não exista.
A análise de uma eleição no interior deve ser fria, não é ideológica
é metodológica. Não é eleição de partidos, mas de grupos. No interior o fator
vizinho, solidariedade, parente, valem mais que qualquer ideologia. Uma lombada é mais importante,que uma lei.
Sou obrigado a insistir, que essa não é uma análise ideológica.
Não é uma análise de preferencias pessoais, não é qualitativa, mas quantitativa e no sentido histórico da preferencia popular. Ou seja, uma leitura do que vejo
pelas ruas e do conhecimento histórico das eleições de 1968 para cá. Nas
eleições do interior a verdade é raquítica, subnutrida, pobre e feia. A mentira
é alegre, bonita, festiva e envolvente. Logo não me cobrem coerência ideológica
numa leitura “atual” (tem 50 anos) das eleições locais. Essa incoerência não é
minha, pois aqui PT e PSDB estiveram juntos em várias oportunidades. Em 1992 o
PCB esteve com o PFL. Como o PDT já esteve com o DEM e Brizola revirou em seu
túmulo.
O cenário que se apresenta é Jesus fortalecido pela
propaganda diária do “ruim com ele, pior sem ele”. Um grupo com novos velhos
conhecidos, um apelo popular grande e a figura do “grande pai” na proteção de
seus filhos desamparados. Um grupo, que
segundo pesquisas parte de 25 mil votos e com mais 8 mil ganharia e caso de
divisão. Tem próximo Frangini, que teve mais de 30 mil votos, numa campanha
feita por Jesus em 2012, mas que só, não passaria de 4 mil votos. Teoricamente
Frangini deixou o grupo, porém é sabido que está em legenda atrelada ao grupo,
o PPS, nas mãos de um deputado da região, com muita ligação com Edmir. Logo
pode ser uma candidatura para dividir a oposição aos Chedids, se necessário
for, como somar de ultima hora. Vai depender da leitura das pesquisas. O
importante é que o pai do grupo tem carisma, comanda com mãos de ferro dentro
da morada, mas é a personificação da simpatia quando está nas ruas. No grupo
ele e o filho Edmir são as únicas cabeças pensantes e a voz a se ouvir.
De outro lado, temos um grupo sendo capitaneado por José de
Lima (foto). Um grupo que tem se reunido e tem seus candidatos. Candidatos que
não chegam longe e podem dividir e dar a eleição a Jesus. Por isso, o título da
matéria é “quem decide é Zé de Lima”.
Os candidatos naturais do grupo não tem lastro: Fabiana e João
Solis são os mais citados. Tenho minhas dúvidas se João Solis se elege para
vereador. Já Fabiana deve continuar sendo eleita com grande numero de votos. Na
foto vemos um grupo de pré candidatos a
vereador e sem grandes apelos, além de Gustavo Sartori, convidado de ultima
hora. Gustavo tem apoio, tem 4 partidos ao seu lado, vem de duas eleições com
mais de 15 mil votos, deve ter o apoio do PV, pois é o mais próximo ao grupo,
tanto por simpatia, como por qualidade de trabalho. Teria como sair candidato,
independente de outros partidos, pois como dizem nas eleições, possui bala na
agulha, tem apoio de um vice-governador e um grupo razoável. Se no embate direto tem chances contra o DEM,
na divisão de votos (Frangini + Candidato de Zé de Lima) joga as eleições no
colo de Jesus. Mais uma vez o titulo da matéria.
A experiência mostra que as tentativas de união das
oposições nunca deram certo. A divisão é o segredo da vitória dos velhos
políticos. Em 2003 eu montei um grupo independente, com 8 partidos, que não
teriam apoio de Jesus e nem de Jose´. Na
ultima reunião o PSDB fechou a questão em cima do nome de João Solis. O grupo acabou,
pois sete partidos acabaram apoiando Lima e o PSDB saiu sozinho com o João Solis,
pois entre os 8 partidos, só o PSDB de Aguirre, acreditava no tal João. Com as
decisões jurídicas o mesmo acabou sendo eleito, era imponderável , mas
devolvendo de certa forma, o poder nas mãos dos de sempre. João Solis destruiu
40 anos de luta para mudar de mãos o poder local. Jogou tudo no lixo.
Se Lima entretanto resolve recolher seu grupo, lançar um
grupo de vereadores e apoiar Sartori, o jogo se define contra os Chedids. É a matemática da história; Chedids em
eleições municipais chegam a 35% dos votos, ou seja, 65% estarão contra. Não
havendo divisão a fatura está decidida.
Sartori é a bola da vez, pode ser o candidato contra os Chedids e com apoio do grupo de Lima vencer as eleições. Sartori pode simplesmente não ser candidato independente de qualquer coisa, Jesus venceria as eleições sem qualquer esforço. Sartori poderia compor (teoricamente falando – Isso é só uma teoria) com Edmir e as eleições locais acabariam. Estariam definidas.
Sartori é a bola da vez, pode ser o candidato contra os Chedids e com apoio do grupo de Lima vencer as eleições. Sartori pode simplesmente não ser candidato independente de qualquer coisa, Jesus venceria as eleições sem qualquer esforço. Sartori poderia compor (teoricamente falando – Isso é só uma teoria) com Edmir e as eleições locais acabariam. Estariam definidas.
Não me venham com papo de adivinhações, ilusões etc. Essa
matemática se repete desde 1968. É eleição municipal e não tem milagre.
O que esta em jogo não é o melhor para a cidade, mas o
interesse de grupos.Esses interesses se dividem em dois grupos pré-determinados. Em breve citarei um por um, e seus interesses. Ainda não é
hora. Mas já convivi com cada um, já presenciei de tudo e para desqualificar-me
como “delator”, agora vão ter que inventar muito mais.
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