Em 1964 o Gal. Mourão deu a ordem para sua tropa marchar para o Rio de Janeiro. João Goulat tinha como conter os revoltosos e evitar o golpe de direita. Goulart não
queria exercito lutando contra exercito, brasileiros, contra brasileiros. Não
queria sujar suas mão de sangue e se resignou ao golpe.
Veio primeiro de
abril e a nação entrou no mais profundo abismo, com mortes, sangue,
entreguismo, tortura, assassinatos, censura, e tudo o que Goulart poderia ter
evitado, se não fosse tão honesto, tão humano, tão democrata.
O cenário que se vê 51 anos depois é o mesmo.
Um povo ainda mais ignorante marchando como baratas tontas,
facções religiosas delapidando mentes e a economia dos incautos, recentemente
aprovaram isenção de IPTU para imóveis alugados por igrejas, a FIESP, que antes patrocinava a tortura, hoje
patrocinando o golpe, em virtude de uma possível
CPMF, que mostraria o caminho do dinheiro.
Um congresso dominado por corruptos, onde o presidente da câmara recebeu
cerca de meio bilhão para comprar seus pares. Os 10 milhões de dólares na Suíça
são apenas o lucro de toda essa movimentação. Tudo comprovado, mas a justiça não se move.
Aécio teve seu nome citado várias vezes na operação Lava
Jato, e o juiz Moro só se interessa por Lula. Mas para Moro, que no
processo do Banestado, não condenou um
único tucano, “isso não vem ao caso”, hoje que o sangue de Lula.
Não vem ao caso também o fato de Norbert Muller abrir contas bancárias no LGT
Bank, sediado no principado de Liechtenstein, para o tucano Aécio Neves. Nada
disso, nem a grande movimentação de Cunha vem ao caso. Como o dinheiro enviado
por FHC, via BRASIF para sua amante em Paris, a compra de uma apartamento para
a família de lá, ou um grande apartamento dele em Paris, no lugar mais
nobre, ou o outro em Nova Iorque, outro em Higienópolis, ou uma fazenda em Minas
Gerais.
Em tudo o que vemos é a conivência da mídia comprada e a falência
do judiciário. É claro, ainda temos alguns juízes sérios em muitas cidades,
alguns desembargadores comprometidos com as leis e longe dos holofotes, alguns juízes
treinados para resolver conflitos, não para cria-los, mas lá em cima, as leis
estão sendo rasgadas, e como disse Lula em um dos grampos, “estão acovardados”,
ou seria pressionados? E por quem?
Entre os golpistas está o Vice Presidente Michel Temer, o
coveiro da Republica. Pronto para enterrar
a democracia, assumir e promover uma grande liquidação no Brasil. Temer,
figura apagada dentro do PMDB, ganhou força com a morte de Quércia, mas
continuaria na obscuridade se não fosse vice na chapa do PT.
E a justiça foi para as mãos de Gilmar Mendes, cujos
veredictos costuma dar antes da defesa nos processos. Conhecido por sua fobia a
Lula e proximidade com a direita, “Gilmar Mendes é o ministro que ganhou fama
pelos dois HCs ultrassônicos para o banqueiro Daniel Dantas e um extra para
outro taradão, o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de cadeia por
ter estuprado 37 mulheres.” Conforme denunciado pela revista Carta Capital.
Não quero me prolongar e lembrar a vida de Renan Calheiros
na política, nem da privataria de FHC, ou do Trensalão e o roubo nas merendas
do Alckmin, por sinal também ligado a uma facção religiosa, a Opus Dei. E nem das bancadas evangélicas.
Hoje o que vemos são os “gritos contra a corrupção”, mas não a
corrupção de todos, de todos os poderes e da imprensa. O grito é contra a corrupção do PT. Antes que
me chamem de petralha, não sou petista, nunca fui e deixaria de ser, não pelo
governo federal, mas pelo que fizeram em minha cidade, Bragança Paulista, onde
até a saúde foi privatizada.
A classe média está nas ruas e seus berros não são por
honestidade geral e irrestrita, a classe média não luta por direitos, mas por
privilégios. Querem de volta alguns “espelhinhos” perdidos no caminho. É uma
classe hipócrita, desonesta em sua grande maioria, religiosa e normalmente
ignorante. A classe média quer o fim da
corrupção do PT. Mas só do PT.
A classe média não luta por direitos, mas por privilégios, nunca estará ao mesmo lado do povo.
Essa é a classe dominante, que faz barulho, assina a Veja e
vê a Globo. Em qualquer parte do mundo, em qualquer revolução é a classe a ser
vencida. Se reúnem em associações religiosas, entidades secretas, comandam o
atraso cientifico, social e intelectual.
Com todos esses fatores, o governo Dilma está fadado ao
GOLPE.
Mas golpe tem dois lados, o Brasil de hoje não é o Brasil de
1964.
O golpe tento pode ser de direita, como de direitos. Os "coxinhas" não pensaram nisso.
O de direita já é conhecido, todos viram, ou ouviram falar e estudaram os
resultados de 1964.
O de direita é o da preservação do estado, não parece democrático,
mas quando o congresso não funciona, quando a maior parte dos congressistas são
citados, quando todos os partidos (raras exceções estão limpos, mas sem
representatividade), quando a cúpula da justiça está comprometida com o
retrocesso, quando a polícia federal (que não limpa nem a sujeira da casa, que
libera contrabandos, que não consegue saber quem é o dono de 450kg de cocaína,
etc.), se torna partidária, quando a Receita Federal promove o descumprimento
das leis, quando o povo, mantido na ignorância (ai a culpa é de Lula, Dilma e
FHC), pois os governos não usaram suas estruturas para gerar cultura e
construir uma nação, mas para entreter o povo, e conservá-los ignorantes e dóceis, tudo leva a um vislumbrar de
golpe por direitos.
É o fechar o congresso para reforma política e prisão de
membros denunciados e já conhecidos. É exonerar grande parte da Receita e da
PF. É tirar do Supremo as atribuições que não conseguem dar conta. A suprema corte constitucional é falível. É cumprir a constituição e fazer do Brasil um
estado laico, cobrar impostos das igrejas e afasta-los do convívio político.
Pode parecer que golpes são iguais, mas não são. O golpe de
direitos vem para o cumprimento das leis. Não cria a censura, mas normatiza a
mídia. E até hoje, a promessa do PT não foi cumprida.
Mas para que isso aconteça, DILMA tem que falar a verdade.
Tem que convocar uma rede de TVs, Internet, Rádios e falar
quem são os ladrões. Um por um quem
exigiu vantagens para votar em cada lei. Quem exigiu cargos para cumprir suas
obrigações. Quem levou quanto. Qual governador faz o que? O que tem pro trás da
PF que ainda não pode ser mexida.
Dilma tem que ter mais do que vontade. A coragem de mostrar tudo, inclusive que o sítio de
Atibaia, foi comprado por Jacó Bittar, por 800 mil reais, que Lula não tinha
dinheiro para comprar, que os amigos compraram para ele usar e ir pagando
conforme consiga, que os amigos chamaram sim, um monte de gente conhecida, para
fazer reformas, porque sabiam que seriam mais baratas, que Lula queria terminar
seus dias ali, que os pedalinhos foram dados por tal pessoa, é claro, se isso for verdade...
Mas acima de tudo, se um Gal. aparecer, não deixe que ele passe com o
cavalo... Do outro jeito, o futuro será pior. Não teremos mais roubo na
Petrobras, pois tudo será roubado numa única canetada. Não teremos mais incompetência
nos Correios. Tudo será federal e expresso. Não teremos filas no SUS, tudo será privatizado e as mortes se darão antes das filas.
E afinal, qual golpe teremos?
Em tempo:
Um dos erros de Lula foi pensar que tinha sido aceito pela Casa Grande após sair da senzala. "
"Nada é pior do que a oligarquia brasileira, principalmente a paulista. É incrível, a oligarquia paulista não quer o progresso social de jeito nenhum"
Cláudio Lembo
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O general mineiro Olympio Mourão Filho (1900-1972), membro da Ação Integralista Brasileira, participou ativamente de dois importantes episódios da história do Brasil. Primeiro, foi o autor do Plano Cohen, estudo atribuído aos comunistas sobre como se daria, hipoteticamente, a dominação comunista no país em 1937. Tratado como autêntico pelo governo, a falcatrua serviu como justificativa para um golpe de Estado, por meio do qual Getulio Vargas promulgou uma nova Constituição e criou o Estado Novo. Anos depois, em 31 de março de 1964, foi Mourão quem deu início à insurreição militar que depôs o presidente João Goulart, ao ordenar que suas tropas, em Juiz de Fora (MG), marchassem em direção ao Rio de Janeiro.
Em tempo:
Um dos erros de Lula foi pensar que tinha sido aceito pela Casa Grande após sair da senzala. "
"Nada é pior do que a oligarquia brasileira, principalmente a paulista. É incrível, a oligarquia paulista não quer o progresso social de jeito nenhum"
Cláudio Lembo
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O general mineiro Olympio Mourão Filho (1900-1972), membro da Ação Integralista Brasileira, participou ativamente de dois importantes episódios da história do Brasil. Primeiro, foi o autor do Plano Cohen, estudo atribuído aos comunistas sobre como se daria, hipoteticamente, a dominação comunista no país em 1937. Tratado como autêntico pelo governo, a falcatrua serviu como justificativa para um golpe de Estado, por meio do qual Getulio Vargas promulgou uma nova Constituição e criou o Estado Novo. Anos depois, em 31 de março de 1964, foi Mourão quem deu início à insurreição militar que depôs o presidente João Goulart, ao ordenar que suas tropas, em Juiz de Fora (MG), marchassem em direção ao Rio de Janeiro.
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