sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

No ar mais um campeão de audiência. Geração Anita. Ou novo ensino médio.

No ar mais um campeão de audiência...

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O governo Temer não aconteceu do nada. Na verdade chamar de governo Temer é uma grande piada. Temer é apenas um nome para dar uma imagem a uma administração preparada por uma “nova ordem nacional” comandada por multinacionais, governo americano (que por sinal também é inexistente, á que o comanda é Federal Reserve, ou Morgans e amigos).
É o resultado de um golpe, onde as principais instituições do país foram compradas e seus membros tiveram, por momentos, a falsa noção, de personalidades de importância internacional, quando eram apenas fantoches pobres, utilizados por uma engrenagem maior.
O que se prepara para o Brasil é muito pior, do que propaga a pobre esquerda ultrapassada e fixada em regras de cartilhas amareladas.
O processo iniciado na ditadura militar (leia textos abaixo, de 1950 e de 1968, sobre a analise das mudanças culturais iniciadas no governo Getúlio e encerradas na ditadura militar) tinha como intenção criar uma geração produtiva e não pensante, notado pela censura ativa e a substituição artística (cinema, música, teatro, história, filosofia, etc.) pelo populesco ufanista.
Essa substituição é gradativa criando gerações enfraquecidas intelectualmente até chegar nos dias de hoje.
Entre uma nova atração e outra, campeões de audiência chegando na rainha dos baixinhos, Xuxa, a grande mãe e mentora intelectual da maior parte das professoras de hoje (com a média de 40 anos), produzindo em série, a massa de manobra futura.
Essas professoras, a maior parte apoiaram o golpe, outras não acham que foi golpe e algumas sequer entendem o que é um golpe, ou para que serve, são as mães e avós da geração Anita.
E com apoio da mídia, das professoras geração Xuxa, seus netos geração Anita, quebram os barracos do pensamento filosófico para a implantação do “novo ensino médio”.
Já estamos na escola sem política, independente de leis, na escola sem discussão de gêneros, sem filosofia, sem arte e sem sociologia. Acima de tudo sem história, pois não se deve pensar no que passou, para que o futuro não seja influenciado.
É a geração vazia que promete em 10 anos a geração “filhos de Anita”. A geração perfeita. Que terá ensino técnico em vez de aprimorar o intelecto e saíra da escola direto para a linha de produção esperando a sexta-feira para a festa do peão, ou funk como diversão.
É a geração que vai trabalhar sem reclamar, com esperança de se aposentar aos 70 anos, depois de gerarem mais mão de obra para novas filiais.
 O brasileiro não irá mais para a escola para aprender a pensar, mas para aprender a trabalhar. Essa será a única função da escola. Acabaram com o intelectual eliminado a filosofia. Eliminando artes eliminam a criatividade, que gera pensamentos nocivos à maquina capitalista. Acabam com futuros “contras” acabando com a sociologia.
E a escola nunca mais pensará na crise, pois não mais pensará e o lema “não pense trabalhe” será o alicerce de “ordem e progresso”. Resta saber de quem?
E agora vamos às novas reformas: Fim dos direitos trabalhistas. Reforma previdenciária. Reforma tributária. Nada a Temer.
Em 2026 a geração dos filhos da geração Anita produzirá muito mais. Morte aos intelectuais. Esses atrapalham ao denunciar e levar as maquinas a pensarem.


Ao escrever sobre a vida de Olympio Guilherme, conhecido apenas como o Valentino nacional, acabei por encontrar citações interessantes sobre o papel da cultura artística, como modificador de gerações.
1950
“E o samba do malandro foi particularmente visado dentro dessa ação do DIP, o famoso samba-malandro, com sua persistente menção aos malefícios do trabalho, como no incentivo a bebida alcoólica e a malandragem, a submissão da mulher, ou sua qualidade de traidora, eram parte de uma cultura a ser modificada e jamais seria por vias democráticas, dentro de uma realidade onde a população só se entrega ao mais fácil, ao que conhece às tragédias de sua própria vida e roda em círculos por falta de informação, que nunca seria oferecida pela mídia privada tradicional.
Para Olympio a mudança de costumes passava pela evolução cultural e isso deveria ser feito a partir da música, levada aos lares pelas ondas do rádio, logo o primeiro degrau da formação popular, a primeira a ditar costumes."
1968
"O expediente ora adotado é o reverso do processo que colocamos em ação no Estado Novo, onde nos aproximamos da intelectualidade brasileira, para termos um grande processo e oxigenação cultural e transformar o Brasil a partir de duas, ou três gerações.
Os militares estão totalmente focados em destruir nosso trabalho. Os perseguidos, torturados e exilados de hoje, são aquelas gerações que preparamos para pensarem o futuro do país. Enquanto seguíamos a linha de um Brasil intelectualmente fortalecido e soberano censurando tudo o que era nocivo à nação, os militares destorem os laços culturais, aniquilando o que é nocivo a eles. 
As gerações que se formaram a partir de 1960 e se aprimorariam nos anos seguintes, estão sendo perseguidas, torturadas e exiladas.

O processo de depuração cultural com e a manutenção dos bons foi substituído pelo extermínio da intelectualidade e a criação do lixo cultural como forma de facilitar a manipulação e conservar as benesses do poder apenas para uma casta."

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Ex-líder de Lula vai apoiar Temer.


Provocado pelo amigo Wanderley Luiz Do Prado, sobre a matéria do novo partido de Cândido Vaccarezza, link acima, vamos as considerações.



1- Tenho um apreço pelo Cândido Vaccarezza, assim como pelo meu amigo Wanderley, embora o mesmo seja assessor do deputado Beto Mansur, de extrema direita, com processos que incluem a mão de obra escrava. O relacionamento equivocado do Wanderley não deve ser motivo para uma inimizade, embora eu não concorde. Conheço o Mansur há 21 um anos, tenho um relacionamento amigável, quando nos encontramos, mas nunca concordei com nada que ele fez na política. Incluindo o apoio ao golpe.
2- Vaccarezza tem o direito democrático de escolher seu caminho, só não deveria confundir com ideologia. Um partido criado para apoiar Temer é um partido conivente com o entreguismo e o fim da soberania nacional. Não se privatizam bens naturais e energéticos (petróleo, xisto, nióbio, água, etc.). Perguntem na Noruega. Apoiar Temer é apoiar a ignorância como trunfo para a manutenção do poder. É apoiar a educação técnica para a criação de escravos modernos. É apoiar o não direito a uma vida após 60 anos.
3- Cândido Vaccarezza foi o melhor líder do PT. Dilma fez uma incomensurável bobagem ao entrar na onda de Mercadante e Cardoso, quando tirou Vaca de sua liderança. Não teria caído se não tivesse mudado. Chinaglia foi uma piada.
4- A matéria diz que Vaccarezza não foi reeleito, mas por algum motivo, não confidenciado a mim, ele simplesmente parou sua campanha a 1 mês das eleições de 2014.
5- O PT nunca foi um partido de esquerda. Escrevi sobre isso em seu início, lá em 80. Pelo contrario, surgiu das negociações com multinacionais e as bençãos de Golbery. Assim como Quércia e FHC. Não esqueçam. Ainda assim fez o melhor governo para pobres, desde Getúlio. Vaccarezza não pode esquecer que é de Senhor do Bom Fim, por coincidência terra de minha mulher. É só ir naquela região e ver que os resultados de Lula foram positivos. Vaccarezza não precisa ser de esquerda, mas gostaria de tomar um café com ele, para saber como deixar de ser progressista, ou não pensar no social para ser neoliberal. Acredito que Vaccarezza, por sua formação política e educacional deve ter um formula secreta.
6- Vaccarezza embora tenha sido o melhor líder do PT, nunca foi respeitado dentro do partido, por Cardosistas, Marcadantistas, e Berzoinlistas. Quando em 2010 comecei a apoiá-lo só ouvi criticas desses grupos que negociaram o PT local, com um delegado de extrema direita e acabaram com o partido na cidade. Na ultima eleição perderam para o PSOL e não chegaram a 0,5% dos votos. Nesse caso acho que Vaccarezza levava grande vantagem sobre Berzoine, Cardoso e Mercadante. Vistos de fora eram seus principais críticos.
7- Acredito que Vaccareza está certo de procurar um novo partido, mas não na direita. Esse é o ponto. O Brasil precisa de um "refundação", como o italiano do amigo e ex-senador Del Roio. É necessário uma nova linguagem e abordagem na esquerda, que una e promova. "refundar". Essa seria a palavra.
8- A matéria cita conversas de Vaccarezza com vários parlamentares, entre eles Arnaldo Jardin. E ai lembrei do Nabi, quando me ligou na Secretaria do Interior do Estado de SP e me disse o seguinte: "Sonsin, vc está confiando muito no Arnaldo, não se esqueça, que antes de ser Jardin, ele é Calil. 2 meses depois eu seria obrigado a acreditar no Nabi.
9- Vaccarezza poderia estar montando o "refundazzione" nacional. Ou qq outro nome que ele escolhesse. Eu seria o primeiro a ajuda-lo. Estaria montando diretórios em pelo menos 30 cidades na região e outras no sul da Bahia onde pretendo estar morando a partir de março. O amigo Vaca tem capacidade. Só não pode acreditar que seu apoio levará Temer a um governo para o povo. O governo Temer é Chevron, é Morgan, é Meireles e Rotischield. É OI. É Globo. É Sarney e Renan. Só não é povo.


Sei que vc vai ler e talvez até pense nisso. Abraços Cândido Vaccarezza, boa sorte, que vc esteja certo, pois eu já cansei de acertar minhas previsões e em cada acerto meu vejo o povo mais afundado. Gostaria a partir de agora, só errar.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Quanto vale uma tragédia?

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Com relação a tragédia de Chapecó, a qual sinto e me comovo como se cada um fosse meu próprio filho há uma necessidade de algumas colocações, todas para os canalhas que usaram a tragédia, como é o caso de um congresso podre e um presidente golpista. Fiquem na suas casas, calem suas bocas, anulem as votações na calada da noite, parem de usar a boa fé do povo. Canalhas hipócritas. 

Temos no Brasil uma tragédia por dia. 160 pobres são mortos diariamente.
São tragédias individuais.
Tragédias individuais não causam comoção a não ser para as famílias atingidas. No  máximo ganham destaque no Datena e programas similares.
Não dão lucro. O lucro da tragédia individual não passa de um serviço a mais na funerária, algumas flores baratas, algumas roupas eventualmente um serviço hospitalar.
Já as tragédias coletivas viram programa de televisão. Economizam custos de produção, vendem jornais e revistas, aumentam a visão de sites e levam mais anunciantes.
Vendem roupas, símbolos e se transformam num show de televisão.
Não se trata de ignorar a comoção, pois ela existe e é verdadeira, mas dai a aceitar um canalha feito Galvão Bueno repetir 100 vezes, “nossos meninos voltaram para a casa”, como americanos terroristas reportando-se ao Vietnã, existe uma grande distancia.
No caso específico de tragédia de Chapecó, o lucro e a hipocrisia dos canalhas de colarinhos brancos, ultrapassam as fronteiras do bom senso.
Vai de um presidente golpista usando a tragédia para a promoção pessoal e um congresso de canalhas usando da distração causada pela comoção, para aprovarem leis que absolvam seus roubos e conter despesas com educação e saúde.
O povo coitado, na maior seriedade sente, como se todos fossem os próprios filhos. E é para sentir, pois as tragédias coletivas são doloridas.

Enquanto entes queridos são enterrados políticos canalhas votam por maiores tragédias e redes de televisão transformam tudo num grande teatro. De horrores. 
Eu sinto, me comovo por vidas perdidas e por seus familiares, mas abomino aqueles que transformam a dor num show, ou se aproveitam da dor coletiva para promover o perdão aos corruptos, ou a morte as futuras gerações. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Fidel, o Quixote que deu certo - Por Roberto Amaral

Fidel Castro, o Quixote que deu certo

Fidel, com seus erros e seus méritos, abraçou o império da realidade objetiva e entrou para a história
Em Santa Clara, cubanos fazem homenagem a Fidel nesta quinta-feira 1º
Em Santa Clara, cubanos fazem homenagem a Fidel nesta quinta-feira 1º
O ancião alquebrado que acaba de nos deixar venceu todos os adversários com os quais se defrontou, e sempre em condições extremamente desvantajosas, e nenhum deles era moinho de vento, pois todos inimigos ferocíssimos, riquíssimos, e o mais perigoso de todos, o império norte-americano, armado com modernos escudos, lanças e mesmo garras e dentes atômicos.
Fidel Castro, que o processo histórico transformaria no principal líder latino-americano do século XX, líder libertário da relevância de Ho Chi Minh e Nelson Mandela, foi, para os oprimidos de todos os continentes, para o grande universo dos subdesenvolvidos e particularmente para nós, latino-americanos, uma luz, uma esperança, animando vontades e ajudando a realizar sonhos de libertação nacional.
Aquele bastião de pé dizia que a luta continuava.
Com sua partida, encerra-se a saga dos heróis cervantinos da Revolução Cubana, Fidel, Camilo Cienfuegos – que não conheceu o poder – e Ernesto ‘Che’ Guevara, que desprezou o poder e o repouso do guerreiro: deixou saudade e saiu de cena admirado pelo que não conseguiu fazer; sua imagem é icone de amigos e adversários, multiplicada pelo sistema que não conseguiu abalar.
Fidel, com seus erros e seus méritos, foi o amálgama da tríade, pois era o sonho sem limites, era a mística revolucionária, mas era igualmente a práxis consciente de quem, sem renunciar ao sonho e mesmo à aventura, dá os braços ao império da realidade objetiva.
A partir de Cuba – ilha irrelevante do ponto de vista econômico, com seus 11 milhões de habitantes e 109.884 km2  de extensão (menor do que o Ceará) em face de gigantes como o Brasil e os EUA –, Fidel cumpriu, por décadas, com imensos sacrifícios para seu povo, o papel de esteio da luta anticolonialista e anti-imperialista, indispensável para a construção de um mundo socialmente menos injusto. Em quase toda a África os soldados cubanos estiveram lutando – Angola é o exemplo mais relevante – em defesa dos processos de libertação nacional.
Como poucos líderes revolucionários, Fidel sobreviveu à sua obra e morreu como vencedor, e, como todos os vitoriosos longevos pagaria alto preço no julgamento de seus contemporâneos. Ainda aguarda o crivo da história.
Venceu antes de tudo a ditadura luciferina de Fulgencio Batista, o criminoso desvairado, sem limites, encerrando décadas de assassinatos, torturas e toda sorte de barbárie. Venceu reiteradas vezes o poderosíssimo império americano, distante apenas 150 quilômetros de sua costa: venceu o general Dwight Eisenhower, o primeiro presidente a decretar embargo comercial contra Cuba (1960), venceu John F. Kennedy e a invasão da Baía dos Porcos (1961), venceu Richard Nixon e 634 tentativas de assassinato comandadas pela CIA (O Globo, 27/11/2016); venceu todos os presidentes americanos contemporâneos a ele – todos seus adversários e todos tentando a destruição do projeto cubano de regime socialista, bem como tentando sua eliminação física.
Cuba e Fidel, a partir de certo momento uma unidade, sobreviveram à queda do Muro de Berlim, à debacle da União Soviética e à transição da China para o capitalismo de Estado. Sobreviveram  à Guerra Fria e à chantagem do conflito atômico. Sobreviveram ao cerco das ditaduras latino-americanas instaladas em nosso continente pelos Estados Unidos nos anos 1960-1970.
Cuba, enfim, superou mais de 50 anos de cerco político-econômico (em 1962 os americanos decretam embargo econômico total à Ilha), diplomático e militar da maior potência do mundo, sobreviveu à crise do socialismo real e à globalização. Derrotou as oligarquias, os insurgentes, os sabotadores internos e externos.
Ao funeral de Fidel – liderança que os cubanos dividem com parcelas significativas das grandes massas de nossos países –, comparecerá um povo respeitado, soberano e solidário, orgulhoso de sua trajetória e consciente de seu papel na história. Este, seu legado.
Com a exceção da revolução de 1917, e ao lado certamente da Guerra do Vietnã, nenhum outro processo social terá influenciado tanto o mundo, e principalmente nosso continente, quanto a revolução cubana e nenhum líder exerceu tanto fascínio entre as multidões de jovens esperançosos quanto Fidel. 
Nenhum líder permaneceu no pódio por tanto tempo, e não conheço outra identificação tão profunda, tão íntima entre o líder e sua gente, entre a história do líder e a história de seu país. E muito raramente um líder terá sido tão sujeito da história, artesão dos fatos, cinzelando as circunstâncias.
A Cuba de hoje resolveu problemas que ainda se agravam em países relativamente ricos, como o nosso: erradicou a miséria e o analfabetismo, universalizou o acesso à saúde de qualidade (apontado ao mundo pela OMS como exemplo a ser seguido) e à educação. A Cuba que Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara libertaram no réveillon de 1958-1959, porém, era, naquele então, apenas o maior prostíbulo do Caribe, balneário de gângsters controlado pela máfia e pelo tráfico, país sem economia própria, sem indústria, limitado à monocultura do açúcar.
Ícone da luta anti-imperialista, ícone da revolução em nosso continente, e de uma revolução socialista, símbolo da preeminência da vontade política sobrelevando às teorizações, Fidel Castro, líder de uma revolução impossível que no entanto se fez real, foi o grande nome de minha geração que em 1960 ingressava na universidade.
Cuba era a nossa Dulcineia, a ínsula que o sonho do cavaleiro nos prometia. Cuba era uma esperança, sua resistência, sua sobrevivência valiam como o certificado de que eram possíveis e viáveis todos os nossos sonhos de jovens socialistas que logo seriam chamados para o enfrentamento da ditadura militar instalada em 1964.
Visitei Cuba por diversas vezes, em tempo de bonança e em tempos de “período especial” – assim chamado aquele que se sucedeu ao suicídio da União Soviética. Visitei Cuba como dirigente político, quando, com Jamil Haddad, estava incumbido da tarefa de reorganizar o Partido Socialista Brasileiro, que consignava em seu programa o compromisso com a defesa da Revolução Cubana.
Foram muitas as delegações trocadas entre o PSB – então um partido de esquerda – e o Partido Comunista Cubano. Conheci e convivi com seus principais líderes. Em algumas oportunidades pude viajar por suas províncias, conversar com sua gente, visitar suas escolas e universidades, seus centros cívicos, conviver com seus estudantes e intelectuais, dialogar, debater, discutir. Testemunhei suas dificuldades e pude acompanhar a dedicação majoritária em torno do grande projeto.
As circunstâncias me ensejaram vários encontros – longas conversas, sem hora para começar e sem hora para terminar – com o “Comandante”, em Brasília, em São Paulo e principalmente em Havana. No primeiro desses encontros, Fidel disputou com o senador Jamil Haddad, então presidente do PSB, quem mais conhecia o programa siderúrgico brasileiro.
Visitei a Ilha outras vezes para participar de congressos e seminários diversos. Na última vez que estivemos juntos, eu integrava uma delegação de escritores e políticos brasileiros que comparecia ao um congresso latino-americano. Nosso bate-papo começou por volta das 22h e só terminou em torno das 4-5 horas da manhã. Nesse encontro, Fidel teve a oportunidade de discorrer, para uma plateia espantada, sobre o quadro político de cada um de nossos países. E ele, só ele assim, grande parte do tempo falando de pé.
Sem maiores ilusões quanto à supremacia da práxis, nos chamava a atenção para os dias vindouros, difíceis, dizia ele para nossa surpresa coletiva, a reclamar de todos, militantes de esquerda, muita reflexão, muita produção teórica. Muita recuperação das lições da História. Aquele homem, por excelência homem de ação e chefe de Estado nos ditava a lição de Engels: “Não poderemos prever o futuro senão quando tivermos compreendido o passado”. 
Permito-me reproduzir aqui algumas palavras do prefácio que tive a honra e o prazer de escrever para o belo livro de Cláudia Furiati (Fidel Castro – Uma biografia consentida):
“Montado no Rocinante que as circunstâncias lhe permitiram, à frente de pequeno exército de desvairados, vestido apenas na armadura de uma paixão desenfreada por sua Dulcineia, Fidel é um Quixote moderno, o cavaleiro da triste figura, apólogo da alma ocidental que deu certo, derrotando não moinhos de vento, mas dragões verdadeiros, os quis, porém, vencidos, renascem para a luta, e o líder cubano, tanto quanto o herói cervantino, não conhece a paz, mas sua Dulcineia permanece preservada. Não economizou sonhos, dores e meios”.
Roberto Amara

sábado, 26 de novembro de 2016

Algumas perolas dos pensadores brasileiros sobre Fidel.

Folha de São Paulo.
Morre um ditador

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A opinião de brasileiros muito cultos, que habitam as redes sociais:


O Lula haia marcado uma visita à Fidel Castro em Dezembro...espero que cumpra a promessa...rs

Lula e Dilma irão para o enterro do Fidel e se forem esperto não voltam mais e os trouxas dos Brasileiros não vão por estes 2 fdp na cadeia

Esse foi tarde, conforme frase de Jonathas Nathaniel da Veja, " Esperto foi o capeta que esperou a black friday e levou essa desgraça com desconto "

Tomara que Trump anexe a ilha ao Estado americano .

Kkkkkk deve estar no inferno

90 anos de vida e não viu o comunismo dar certo.
Mas ficou BILIONARIO. E ainda tem BESTAS que defendem este canalha.

O Lula e a Dna. Dilma devem estar tristes. Alguém avisou Dirceu, Palocci e Mantega?

Fidel Castro, foi um ditador sanguinário, matou milhares de famílias, separou outras milhares e trouxe pobreza ao povo cubano, isso é fato!

O Mundo em festa menos um verme.

Como vemos, a questão é cultural...


sábado, 19 de novembro de 2016

Justiça diferente - Garotinho & Cabral X Serra & Cunha X Lula & Temer


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Difícil entender a justiça brasileira.
Cabral foi preso, exposto, tece seu cabelo cortado e foi obrigado a pousa para a imprensa com uniforme de Bangu. Ainda é indiciado. Sem julgamento, sem condenação.
Não se trata de entrar no mérito das prisões, pessoalmente acho que os dois merecem, mas...
É estranho.
Garotinho foi tirado do hospital e levado a força para Bangu. Também merece ser preso, mas e o show de mídia? Faz parte da justiça? Deveriam ser processado, julgado e presos, após a segundo instancia como está escrito na lei.
Por outro lado temos a prisão de Cunha, onde foi proibido filmagem. O cabelo não foi cortado e nem teve fotos na cela.  Cunha comprovadamente meteu a mão, já existem provas, e ainda sumiu com a grana das contas na Suíça, No mesmo estilo Serra ficou rico, sua filha é dona de um dos maiores sites de vendas do mundo e nem com delações é intimado sequer a dar um depoimento.
Caso pior é a comparação entre Lula e Temer. Temer tem um cheque nominal de 1 milhão em seu nome. Já comprovado, fotocopiado e carimbado.Não vem ao caso. 1 milhão é 200 mil a mais que o valor do sítio de Jacó Bitar em Atibaia, que insistem em ser do Lula. E ai?
Até quando a justiça pode ser aplicada de acordo com o fregues? 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Dica de livro


Cover Image

O menino esquisito
Um menino com problemas e “diferenças” que o torna alvo de seus colegas de escola. Um menino brilhante que apesar de seus colegas dizerem que ele era um menino estranho, sabia que o melhor dele era justamente ser diferente daqueles que se diziam dentro dos “padrões”.
Com sua turma de amigos, “diferentões” Creyrton vive aventuras, amores e decepções.
De uma forma divertida e bem humorada, o autor nos passa um pouco sobre um dos maiores problemas entre os jovens o bullying, uma brincadeira que fere e não tem graça nenhuma. 
E que o melhor da vida é ser diferente.




breve...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Da propaganda anti-comunista

Rio- 1954
Olympio Guilherme

"Poucos serão os países, como o Brasil, onde a propaganda anti-comunista, orientada por Washington, tenha penetrado mais fundo e tenha conseguido hipnotizar completamente a massa e grande parte das elites.

O resultado desse fenômeno de sugestão é que o Brasil, como, alias quase toda a América Latina são poucos os que possuem visão acertada da política internacional e dos acontecimentos econômicos que lhes são consequentes e complementares.”

domingo, 6 de novembro de 2016

O avanço do atraso e o desafio das esquerdas



O avanço do atraso e o desafio das esquerdas

Para enfrentar a direita, é preciso lucidez doutrinária, coragem política e eficiência organizativa. O ponto de partida é a Frente Ampla
As frentes Brasil Popular e a Povo sem Medo promoveram a resistência mais consequente ao golpe
As frentes Brasil Popular e a Povo sem Medo promoveram a resistência mais consequente ao golpe
As esquerdas e o pensamento progressista não podem ficar atônitos, fitando os céus à espera de sinais de alento no momento em que sofre aquela que pode ter sido sua mais profunda derrota em nossa curta e acidentada história republicana. Impõe-se, isto sim, aprender com os revezes, se formos capazes de interpretá-los.
Trata-se, o processo em curso, de verdadeira debacle não apenas do ponto de vista eleitoral-aritmético (por certo  aquele que mais dói, embora não encerre toda a questão), tão festejado pela grande mídia, mas principalmente pelos indicadores ideológicos, bactérias não isoladas e que permanecerão desgastando o desgastado tecido político.
Com poucas e não significativas exceções, o eleitorado brasileiro votou, nestas eleições, preponderantemente pela direita ou pela alienação reacionária do antipoliticismo, que vai dar no mesmo. As esquerdas perderam substância eleitoral graças a erros crassos e reiterados, cuja responsabilidade a ninguém pode transferir. Perdeu o apoio do centro político-eleitoral, que migrou para o conservadorismo e para a direita, como gritam para ouvidos assustados os números das eleições do dia 30 de outubro. Eles revelam uma derrota ao mesmo tempo previsível e surpreendente em sua contundência.
Do esvaziamento eleitoral do PT nenhum outro grupamento do mesmo campo logrou beneficiar-se. A maior decepção deve ter ficado com o PSOL, anunciado em prosa e verso como seu beneficiário ao lado de outros candidatos de menor torque. Espera-se que o partido compreenda o papel histórico que as circunstâncias lhe ofereceram nessas eleições, aderindo à política de Frente.
O eleitorado independente e grande parte daquele que sempre optou pela esquerda ou pelo pensamento progressista migraram para constituir o maior ‘partido’ dessas eleições, a dramática e preocupante, embora claramente compreensível, emergência do desânimo (abstenção), do desencanto (voto em branco) e do protesto (voto nulo). Perfazem quase a metade do eleitorado, e em grande número de casos alcançam votação superior àquela dos prefeitos eleitos. Esse discurso precisa ser ouvido e entendido: a derrota do PT foi acachapante, mas nenhum outro partido, exceto o ‘não-partido’, credenciou-se para sucedê-lo.
Como toda e qualquer derrota eleitoral, essa não é definitiva, como as vitórias tampouco o são (terá finalmente o lulismo descoberto essa verdade acaciana?). Pode, contudo, perdurar se as esquerdas, a começar pelo PT, que perde a hegemonia sem ter a quem passar o bastão. Os petistas não tiverem a coragem e a humildade de proceder uma profunda e transparente autocrítica, que deve ao País e ao nosso povo há muito tempo. Uma autocrítica que se espera de igual forma e com igual desprendimento do governo da presidente Dilma e do presidente Lula.
Não se trata de auto-flagelamento. A autocrítica é devida aos trabalhadores, aos setores populares e, mais do que que nunca, à juventude. É preciso passar a limpo o feito e o recusado, como as transformações estruturais na sociedade, como a reforma politica, a reforma do Judiciário, a reforma tributária, a reforma agrária e a democratização dos meios de comunicação de massas. É preciso passar a limpo os últimos 13 anos de política de centro-esquerda e o papel nela desempenhado pelos partidos e instituições sindicais e populares.
As esquerdas têm muito a cobrar do Partido dos Trabalhadores, mas nada ganham com a sua imolação. O PT precisa entender que está diante de algo mais importante do que seu umbigo, de suas avenças e desavenças internas, das tricas entre facções e tendências, da redução do mundo real a uma disputa interna de um poder fátuo, que, se não foram a causa (e não foram), foram porém um agente desestabilizador no governo e na vida partidária, na vida política e institucional do País.
Por tudo isso, o pensamento progressista aguarda e cobra a reorganização do PT. Espera que seu fundador e principal líder assuma o papel que lhe cabe nessa contingência. O desafio que aguarda o  partido, hoje, é maior do que o de sua criação em 1980.
Entre as muitas causas explicadoras da tragédia de hoje, para ser revisitada, destrinchada, entendida, há a crise de governança representada principalmente pelo segundo governo Dilma  – é preciso assumi-la com coragem. Existe uma crise política de governo, uma enciclopédia de erros cometidos em face das relações entre governo e sindicatos e movimentos sociais. Há erros clamorosos na construção das alianças partidárias e eleição de aliados. E o erro central da ilusão da conciliação de classe na qual o lulismo ingressou, sem a companhia da classe dominante.
Conhecer e identificar esses erros é a conditio sine qua non para nossa recuperação, pois ignorá-los é a certeza de sua repetição, aí então fatal. A esquerda precisa revisitar o significado e as consequências da opção eleitoral e do pragmatismo que não poderiam  ser confundidos nem com eleição a qualquer preço nem com governo de qualquer jeito.
O movimento social, quando não compreendido, gera surpresas, quase sempre desagradáveis para os condutores políticos. Os que não tiveram olhos para ver e instrumental teórico para compreender as jornadas de 2013 também não entenderam o claro discurso político representado pelas dificuldades das eleições de 2014. Adicione-se o fato de, eleitos contra a promessa do neoliberalismo conservador, havermos, no governo, tentado implantar a política econômica do adversário – e que tomou livre curso com a consumação golpe. O que se segue é história lamentável, conhecida e recente, que não carece de relembrança.
Diante dos fatos objetivos, porém, as forças populares, com os partidos e para além dos partidos, souberam reagir e em seu  melhor momento compreenderam que os desafios impunham, acima de nossos desencontros menores e quase sempre irrelevantes, a política de Frente.
Foram as frentes, como a Brasil Popular e a Povo sem Medo, agrupando movimentos como o MST e o MTST, sindicatos como a CUT a CTB, e partidos do campo das esquerdas que promoveram a resistência mais consequente ao impeachment. Havia clareza de que estávamos diante de desafio maior: um golpe de Estado que caminhava para além da deposição de Dilma Rousseff (meta ostensiva e imediata), porque, mais profundo que o golpe de 1964, o golpe parlamentar-mediático-judicial de 2016 prescindiu da violência militar e se julga, hoje, em condições de colher nas urnas o respaldo para a consolidação de seu projeto: um governo neoliberal-conservador, anti-nacional, anti-popular, anti-trabalhista, antidesenvolvimentista e profundamente anti-democrático.
As lições deixadas pela política de Frente não podem ser relegadas a plano secundário. A ameaça do golpe em curso é maior que a de 1964 e tem raízes protofascistas: não podemos dar as costas ao  pronunciamento eleitoral de 2016 e deixar de perscrutar o que pode ser, nesse sentido, 2018. São exemplares as votações de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na capital fluminense, de tradição rebelde, o voto popular migrou para o pentecostalismo de direita, levando a esquerda para um gueto de classe-média e alta nos bairros da Zona Sul.
Para a integralização do golpe, sem atos institucionais, sem tanques, tornou-se fundamental destruir as organizações políticas de esquerda, a começar pelo PT (processo em curso). Além disso, sem mandá-las para o exílio, é preciso destruir nossas lideranças, e a bola da vez é, consabidamente, o ex-presidente Lula, vítima de processo mediático-judicial-policial de desconstrução jamais visto entre nós.
O golpe, repitamos mais uma vez e não pela última vez, não se esgota no impeachment. É pura e simplesmente uma etapa necessária para a repressão e a desconstrução de um projeto de desenvolvimento nacional autônomo, fundado no aprofundamento das franquias democráticas, no avanço das conquistas sociais, na emergência das massas, na produção da riqueza nacional e na distribuição de renda.
O projeto do golpe, com Temer ou sem ele, mas impossível com Dilma ou Lula, é essa política de terra arrasada contra a democracia, a independência e a emergência das massas.
Para enfrentar o programa da direita, de exacerbação da dominação de classe, precisamos de lucidez doutrinária, coragem política e eficiência organizativa, o que passa pela unidade das forças de esquerda, ponto de partida de uma política de Frente a mais ampla possível.
Já.
Roberto Amaral
 

sábado, 29 de outubro de 2016

Ana Julia, esperança na esquerda.

ANA JULIA - liderança com simplicidade


Ela não citou Marx, não discutiu teorias, não dividiu o espaço vital entre teorias econômicas.
Foi cirúrgica ao ponto de criar esperança na esquerda e fazer explodir a ira da direita.
De quem é filha, não interessa. Ou melhor, interessa. Teve educação e cultura.
Não seria a filha de Cunha, pois ai estaria em Paris,numa loja de grife, gastando dinheiro do povo. Não seria filha de um coxinha, pois ai estaria no shopping caçando pokemon.
Agora que sirva como exemplo, existem jovens e jovens.
Eu estou orgulhoso por Ana Julia. Existe esperança

Na ONU

Jornal GGN – A secundarista que se tornou a voz dos estudantes que ocupam as escolas e universidades do país tem nova missão. Depois de falar para os deputados da Assembléia Legislativa do Paraná, Ana Júlia agora irá à ONU fazer denúncias contra as milícias fascistas de Beto Richa no Paraná.
Na segunda-feira, dia 31, ela falará na Comissão de Direitos Humanos do Senado e da Câmara, no MPF e em agências internacionais como UNICEF ligada à ONU. A adolescente será a porta-voz das ocupações que estão sendo ameaçadas por milícias fascistas do MBL com apoio do tucano Richa.

E assim nasce uma liderança. Não foi preciso forçar, talvez seja sinal de um tempo vazio, sem esperança, sem horizonte, mas é com muita alegria, que muitos assistem a esse parto. No futuro não sabemos se irá vingar, como diria minha avó, mas está ai, vamos apenas observar...



Veja no link abaixo a fala de Ana Júlia
https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/748279895330158/

http://jornalggn.com.br/noticia/na-onu-ana-julia-sera-porta-voz-das-escolas-ocupadas

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

PEC 241 para enterrar os pobres...

PEC 241
Reforma da Previdência
Rasgando a constituição, acabando com direitos e matando os pobres...

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Por outro lado- Aumento do judiciário, continuidade na liberação de emendas parlamentares, entrega de território, entrega de empresas nacionais, entrega de energia, entrega de minérios, nada de cobranças de impostos de igrejas, sem aumento de imposto de renda para ricos, sem impostos para grandes riquezas... O mais engraçado é ver pobre da classe média defendendo os golpistas... A classe média vai se pulverizar... Quero ver as paneleiras vendendo as panelas e fazendo ponto na Rua Augusta, para sustentar os coxinhas... Canalhas ignorantes manipulados por ricos...

Da necessidade de desqualificar o acusador

Levantei alguns casos de processos por falsos crimes sexuais para mostrar a ignorância popular e a hipocrisia a serviço da manutenção do sistema corrupto mundial. A conservação de instituições podres exigem a retirada de cena, com a desqualificação dos acusadores. 




Desde novembro de 2010, Assange tem sido objeto de extradição para a Suécia, onde é procurado para interrogatório sobre uma alegação de estupro. Assange nega a acusação e manifestou preocupação de que ele será extraditado da Suécia para os Estados Unidos devido ao seu papel  na publicação de documentos secretos americanos
Hassanger  mostrou as estruturas viciadas, que se agigantam mentem e se tornam mais fortes que governos, estruturas policiais de espionagem secretas que interferem na vida de todos e protegem os corruptos do sistema, mas o sistema não quer isso, por isso, na falta de acusações de corrupção, ou coisa melhor acusam Hassanger de estuprar duas loironas bem mais fortes que ele, é um absurdo, mas possível para esconder canalhices capitalistas.  
Se fosse com Berlusconi estava tudo bem, afinal ele é dono de meia Itália, e o capital precisa ser preservado, ai não vem ao caso, como diria Moro, pois o italiano é parte do sistema financeiro da Europa. 
O diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, 62, foi preso  em Nova York acusado de atacar sexualmente uma funcionária de um hotel na cidade. O dirigente foi retirado pelos policiais da primeira classe do voo da companhia aérea Air France que ia para Paris minutos antes da sua decolagem. Nesse caso a corrupção do francês não importava, mas o escândalo sexual de Dominique ajudaria a conservar as estruturas do FMI, que ele pretendia mudar. Descobriu-se depois que a mulher era expert no assunto e havia sido contratada para provocar o caso, mas ai já era tarde. 
Tudo depende do ponto de vista, quando não dá para chamar a vitima de corrupta, ou quando a acusação de corrupção não faz efeito, pois seus pares são iguais. O que importa é que num mundo religioso e ignorante o sexo pode se tornar crime, ainda que a acusação seja falsa. Ainda que julgado e absolvido, pois o que importa é o efeito momentâneo para a realização de uma jogada. 
Bill Clinton o mais famoso escândalo sexual da história recente quase derrubou um presidente dos Estados Unidos. Em 1995, a jovem Monica Lewinsky foi aceita como estagiária na Casa Branca e nos anos seguintes teve um caso com o então presidente Bill Clinton. A história ganhou peso com a gravação de um telefonema no qual ela dava detalhes do colóquio amoroso. Não importa se Bill era um péssimo presidente, ou não, se invadiu países e matou inocentes, para roubar petróleo, se destruiu o sistema financeiro do terceiro mundo. A acusação servia aos ímpetos da oposição em frear a popularidade local do americano. 
Eliot Spitzer ganhou o apelido de "Xerife de Wall Street" por investigar crimes financeiros com rigor e desmantelar redes de prostituição, durante o período que ocupou o cargo de procurador-geral de Nova York. Após ser eleito governador, foi flagrado combinando programas com prostitutas de luxo do "Emperors Club VIP", em uma investigação que teve participação de uma cafetina brasileira. O escândalo afastou Spitzer do cargo e rendeu um prêmio Pulitzer ao jornal "The New York Times". Esse escândalo serviu aos interesses dos investigados por Eliot. Todos voltaram a seus antigos e lucrativos negócios devido a uma onda moralista provocada pela imprensa em uma população ignorante e manipulada. O fato de Eliot sair com garotas de programas era pessoal, mas foi usado, sempre graças a ignorância e a manipulação da mídia para repor em seus lugares, os verdadeiros bandidos. 
A Rede Globo foi condenada a pagar R$ 1,35 milhão para reparar os danos morais sofridos pelos donos e pelo motorista da Escola Base de São Paulo. Icushiro Shimada, Maria Aparecida Shimada e Maurício Monteiro de Alvarenga receberam, cada um, o equivalente a 1,5 mil salários mínimos . Tudo por uma calunia sexual encomendada. Às vezes a justiça condena com valores suficientes para cobrir os prejuízos financeiros, mas nunca morais. 
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As acusações caluniosas ocorrem sempre que é necessário tirar de cena alguém, que pretenda mudar, ou impossibilite mudanças requeridas por um sistema.
Histórias sensacionais sobre estupro nos meios de comunicação dos EUA trouxeram luz sobre a questão das acusações caluniosas de estupro, possibilitou que muitos se perguntassem por que, exatamente, uma mulher mentiria sobre ter sido estuprada. Em suas memórias, Lena Dunham alega que ela foi estuprada por Barry, um brilhante, bem conhecido direitista conservador na Universidade, mas sua versão não se sustenta à averiguação. Jackie, a mulher no centro da matéria da revista Rolling Stone sobre a cultura das fraternidades “gregas” na Universidade de Virgínia, alega ter sido estuprada por um grupo de estudantes, mas discrepâncias em seu relato resultaram na revista voltar atrás em relação à história publicada e questionar a credibilidade de Jackie. Nós não sabemos se qualquer dessas mulheres fez ou não uma acusação caluniosa, mas acusações caluniosas de estupro podem ocorrer, e realmente acontecem. Quando envolvem políticos honestos, ou acusadores do sistema, se tornam casos públicos, ainda que corram em segredo de justiça. 
Conheço casos em que o oficial de justiça tirava copias para jornais. Não foram investigados por falta de provas e interesse da justiça. 

Um caso particular. 

Fui acusado de “atentado à lasciva”, uma lei antiga, onde o cidadão pode ser processado até por um beijo em público. Como os entendimento do teor desse processo não é fácil, alguns políticos denunciados por mim usaram, o que eles mesmos fabricaram, para falar em “estupro”. No caso um promotor público evangélico, que dizia, que a bíblia era mais importante e um juiz consciente, que solicitou a dispensa das testemunhas pois considerava o caso inexistente. Esse juiz é substituído por promoção no dia seguinte e o caso julgado por um “juiz de passagem”, que confunde artigos da lei. Absolvido por unanimidade no Tribunal de Justiça de São Paulo, ainda assim passei a sofre as consequências de uma acusação falsa. 
O motivo gerador de todos os fatos eram denuncias que eu fazia contra os “próprios companheiros de trabalho”, principalmente com relação a manipulação de licitações. 
Posteriormente o mesmo juiz, por coincidência, nega um pedido de gratuidade nas ações indenizatórias e por fim concede menos de 8% do requerido (incluindo custas), a título de indenização, com a vitima tendo que pagar a sucumbência do advogado do réu.  Algo que beira o absurdo. 
As falsas acusações continuaram sempre que necessárias para desqualificar uma acusação, que eu fazia com relação a negociatas, incompetência e, ou corrupção nas administrações públicas. 
Um dia, numa reunião política em São Vicente, o então ministro Aldo Rebelo, ao lado de Ciro Gomes, me chama para saber se era verdade  os fatos que o prefeito de Bragança, na época um corrupto mentiroso, tinha ligado para relatar. Caso explicado e tudo ficou resolvido, o prefeito havia aumentado os fatos e inventado novos crimes, mas a partir dai, sempre que necessário, novas e falsas acusações viriam. O motivo principal de tudo era minhas negativas em participar de um esquema lesivo à população e por não ficar calado com relação a elas. 

Assim, como no golpe atual, os fatos que importam, são aqueles que não importam e por isso o Brasil esta sendo vendido. Isso, a ignorância popular e a falta de treinamento e vontade do judiciário para implodir um sistema corrupto e hipócrita. 


Acusador condenado - Leia a matéria na Gazeta Bragantina 


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O TEATRO DA JUSTIÇA MORIANA

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Sem algemas, sem filmagens, nem o Japonês apareceu...
Essa é mais uma encenação do artista Moro, contratado especialmente para encenar a legalidade ao golpe. 

O golpe que encerra com a prisão de Lula alicerçada na teoria engana trouxa, de que a lei é igual para todos, só que não...

Delcídio atrapalhou as investigações, foi preso, perdeu o mandado e está sendo processado. Jucá agiu da mesma maneira. Livre e dando ordens. 

Zé Dirceu foi algemado e mesmo sem provas está condenado. A mulher do Cunha e sua filha estão em casa. 

Lula é acusado de ter um apartamento e um sítio na beira da Fernão Dias. 
FHC tem apartamentos em SP, Paris, Nova Iorque e Fazenda em MG. 

Aécio teve seu nome citado em mais de 30 delações. Todo o ministério de Temer foi citado em delações, incluindo Temer... Dilma não teve uma acusação nem na hora de ser cassado. 

A diferença entre o GOLPE militar e o GOLPE Judiciário é a falsa ideia de liberdade de ação do próprio judiciário e da imprensa vendida.... E a Globo já anuncia, a LEI é igual para todos... menos para alguns...

O roteiro foi escrito, o ator canastrão apenas encena. Agora é hora de pegar o sapo barbudo...

Depois vamos vender o resto da Petrobras, Correios, BB, Caixa, Nióbio, Xisto, aquífero Guarani e o que sobrar...
Depois vamos acabar com direitos trabalhistas, sociais e voltar ao país dos privilégios. 
Depois vamos acabar com a educação, pois povo ignorante não dá trabalho e isso está provado, está nas ruas...
Depois vamos acabar com a saúde e danem-se os pobres, pois se estão doentes são descartados, mão de obra boa é sadia e barata. 
Depois vamos acabar com a aposentadoria, pois velhos não servem para servir aos donos do poder. Morram, nada a TEMER...

A não ser é claro pelo sapo barbudo. LULA na cadeia é o fim da tragicomédia judicial pelo entreguismo e poder aos privilegiados da lei. 

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Está escrito. Ordens superiores... Aqui é a ilha da fantasia, só possivel pela quantidade de ignorantes. 


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Qual é a função do CNJ?



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O CNJ não tem resolvido nada a respeito de juízes "amigos". 

Enquanto não resolverem o problema com esses juízes , não existirá justiça. Principalmente quando substitutos "aparecem" para mostrar a subserviência ao que chamam de poder, com intuito claro de crescer mais rápido, ou fazer uma "boa" política com coronéis. 
Muitos já surgem dependentes, prestam concurso na casa do capeta e depois brotam como capim nos lugarejos de coronéis. 
Tá na hora do CNJ funcionar...

Tem juíz lê muito rápido e por isso erra o numero do artigo, daquele processo a ser julgado, tem juiz que determina um valor em numero e escreve outro, na mesma sentença, como se nem tivesse lido o processo, como se estivesse fazendo um favor, atendendo um pedido... 
E o povo continua sonhando com a justiça. 
Quando foi criado o CNJ a esperança de todos era ver no horizonte o fim das injustiças e a punição dos culpados. 
Até agora nada mudou




Para que serve o CNJ?

O CNJ foi criado em 2004 na chamada 'reforma do Judiciário'. Sua composição é bastante eclética. Integram-no 15 membros, sendo nove integrantes dos Tribunais Superiores e das Justiças Federal, Estadual e do Trabalho, dois integrantes do Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos com notável saber jurídico e reputação ilibada. Diferente da generalidade dos órgãos do Poder Judiciários em que seus integrantes têm atuação vitalícia, os membros do CNJ possuem mandato de dois anos, admitida apenas uma recondução.

Embora tenha sido criado como o órgão administrativo mais elevado do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça não possui competência jurisdicional, isto é, não resolve os conflitos de interesses trazidos pelas partes como os demais órgãos do Poder Judiciário. Não se trata de um novo tribunal ou de mais uma instância de julgamento como inicialmente poder-se-ia imaginar. Mas, então, qual é a sua função?

Segundo prevê a Constituição Federal, a principal função do CNJ é controlar a atuação administrativa e financeira do Judiciário, assegurando que os magistrados cumpram com seus deveres (julguem com imparcialidade, não 'esqueçam' de julgar os processos etc).

Caso tenha notícia de alguma irregularidade cometida por um magistrado, o CNJ pode instaurar um processo administrativo para apurar a denúncia, podendo, até mesmo decretar a aposentadoria compulsória do magistrado, como foi o caso da matéria acima. E qualquer pessoa pode informar o CNJ sobre a má conduta de um magistrado. Você, eu , qualquer pessoa. E não precisa de advogado: basta enviar uma cópia da carteira de identidade, do CPF e comprovante de residência e contar o que você tem a reclamar. O formulário para reclamar sobre a conduta de um magistrado está aqui, e para reclamar que um processo está demorando muito para ser julgado está aqui
.

Juízes que erram precisam ser punidos. Juízes que erram conscientes, precisam ser exonerados sem direito a altos salários e aposentadoria.