Reforma política –
Dois deputados
federais se empenharam com a reforma política. Um deles é Candido Vaccarezza do
PT e outro Ivan Valente do PSOL.
Algumas
questões no projeto discutido e encaminhado por são fundamentais para a
consolidação das reformas, entre elas o
voto facultativo.
Vaccarezza
lembra que todos os países democráticos e desenvolvidos têm o voto facultativo.
Para ele, o cidadão precisa ter o direito de não votar.
Voto distrital:
Sobre as novidades do texto elaborado pelo Grupo de Trabalho, o deputado
explicou que foi prevista a criação da circunscrição eleitoral, ou seja, a
divisão de estados em distritos. A ideia é manter o mesmo sistema atual de
votações, mas o deputado faria campanha em sua circunscrição; diminuindo os
gastos dos candidatos.
No estado de
São Paulo, por exemplo, existiriam 10 distritos, onde seriam eleitos 7
deputados por distritos. Não seria bom
para mim, informou Vaccarezza, mas é bom para o Brasil.
O candidato de
um partido pequeno, que era bem votado, porém o partido não atingia o
coeficiente, poderia, pelo novo sistema,
ser eleito, com o coeficiente das
sobras.
Para
Vaccarezza, a redução de despesas com campanha chegaria a 70%. No sistema atual, deputados com pouquíssimos
votos, às vezes, conseguem se puxados por algum partido que teve muitos votos,
casos que já aconteceram com Eneias, Tiririca e podem se repetir, com nomes
como o de Russomano.
Pela proposta
atual, as sobras da proporcionalidade partidária não seriam mais para os
partidos, e sim para os concorrentes mais votados. Pela proposta, cada
candidato vai precisar de quantidade razoável de votos (10% do coeficiente
eleitoral de cada estado) para conseguir se candidatar.
Com relação a
reforma, a presidenta Dilma propõe um
curioso “plebiscito popular e um “processo
constituinte específico”, dando margens a interpretações diversas, uma delas o
Congresso teria poderes para alterar certos itens da Constituição.
Vale aqui
ressaltar, que tanto Dilma, quanto Lula, foram contrários as propostas de
Vaccarezza, ex-líder de Dilma e Lula na Câmara dos Deputados.
Pessoalmente
não acho que a constituição deva ser “mexida” a não ser por um congresso
constituinte especifica, mas na atual situação do país, existiria muita
possibilidade de um retrocesso democrático e social.
Já o deputado
Ivan Valente, vem destacando amis a questão do Financiamento público. Enquanto
Vaccarezza propõe um sistema misto, Valente quer garantir a aprovação do
financiamento público e exclusivo de campanha na Reforma Política que começa a
ser debatida.
“Em 2006,
votamos a reforma eleitoral, que proibiu até usar bottons, mas não proibiu
contratar milhares de cabos eleitorais e não estabeleceu um teto de campanha”. Explicou Valente.
Na época, foi
acordado entre todos os líderes dos partidos que, logo após, seria votado a lei
do teto eleitoral” Até hoje nada mais foi discutido e os gastos se tornaram
astronômicos.
Para Vaccarezza
o debate tem que ser feito dentro do Congresso, e está certo o parlamentar é
eleito pelo povo para representa-lo no Congresso.
Reeleição,
existe uma proposta de acabar com reeleição
e manter 4 anos de mandato, nos cargos executivos e legislativos.
Coligações,
também são temas de discussões, mas para que exista uma diminuição da
influencia dos partidos de aluguel, o que ajudaria na governabilidade, seria
importante que a coligações não acrescentassem tempo no rádio e televisão, que
é outro tema a ser discutido.
Fidelidade
Partidária: Uma proposta bem radical, que deve ir para discussão no próximo
ano, já com novo Congresso, é a cassação do político que mude de partido e seu
afastamento por uma eleição seguinte.
Essa questão fortaleceria os partido e não os candidatos.
Por fim a “Clausula
de Barreira”, que já chegou a existir, mas foi derrubada pela justiça. Essa é
talvez a mudança mais séria, evitaria a criação de partidos de aluguel. Levaria
pequenos partidos, com tendências similares, a se unir em torno de uma única
legenda e fortaleceria ideologias.
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