Ontem não era contra a corrupção,
hoje não é contra a violência.
A corrupção
sempre foi uma geradora de rendas e o principal ideal da direita no Brasil. O
ideal dos privilégios para os ricos, apoiados por uma classe média, que se acha
rica.
E assim se fez
o golpe. Apoiada nos alicerces da moral, da boa conduta, foi para a rua a
classe média, defender o que ela própria
nunca teve: Moral.
A classe que
luta para ser igual aos ricos, e acredita que será se vestiu de CBF e foi bater
panelas para o deus Pato. Transformaram-se num bando de psicopatos.
É claro que um
golpe não se dá pela vontade da classe média, mas ela não sabe disso. O golpe
previamente preparado, com todos juntos, “congresso, STF, empresários, forças
armadas e mídia”, só precisava da classe média, como desculpa na construção de
uma opera bufa, no teatro de horrores da corrupção verdadeira.
A classe média
sequer se preocupou com os atores principais dessa ópera macabra: Meirelles, o
homem de Boston, Jucá, Sarney, Temer, Gilmar, evangélicos, banqueiros,
empreiteiras, todos os homens bons de boas famílias estavam unidos pelo bem, ou
pelos bens brasileiros.
Deu-se o golpe
e iniciou-se a operação desmanche. Desmanche de direitos, desmanche de
reservas, desmanche de riquezas naturais, desmanche da propriedade de uma
gigantesca biodiversidade, desmanche da soberania.
No dia seguinte
os golpistas cujo principal garoto propaganda era Moro, já estavam em comitiva
na terra do Tio Sam, para anotarem os pedidos, com um grande cardápio nas mãos.
No cardápio todas as riquezas nacionais e os direitos a serem servidos como
sobremesa.
Todos
temperados com o sabor da soberania tropical, preparados especialmente por
forças armadas, que nunca tiveram o mínimo de patriotismo em suas relações com
o povo.
Quando eu
estudei, no antigo ginasial, lá na época da ditadura militar, aprendi que as
Forças Armadas cuidavam da soberania... Não cuidaram em 54, 64, nem agora. Se
calam diante da entrega e ainda chamam exércitos inimigos para reconhecimento
de território amazônico.
Agora a
história é outra: A violência...
Desde quando os
políticos de direita, ou as forças armadas se preocuparam com a violência contra
o povo?
Uma das funções
das FAs é cuidar das fronteiras, justamente por onde passam helicópteros com
450 quilos de pó, aviões com 500 quilos de pó e até caminhões indo para fazenda
de senadores na região de São José do Rio Preto, ou estou enganado?
É pelas
fronteiras que entram armas contrabandeadas via Império dos Ianques, ou estou
mentindo? Será que as armas nascem na Rocinha? Ou será que os pobres criminosos de varejo, viajam normalmente para
fazerem compras de armamentos em Miami, depois se acertam com a Receita
Federal, ao custo de 2500 dólares por carrinho lotado?
Essa segunda fase
do GOLPE não precisa mais do Moro nem do Bolsonaro, essas figuras patéticas em
breve serão descartadas. Maquiavel já afirmou isso há séculos. Os meios, ou
quem te leva ao poder, deve, ser descartados. E assim será.
Golpe é golpe,
os roteiros são quase sempre os mesmos, mas depois de aberta a Caixa de
Pandora, ninguém sabe ao certo o que virá.
Foi assim com
Getúlio, chamado de corrupto e levado ao suicídio, foi assim com João Goulart
quando anunciou um projeto de soberania e um pacote de direitos, foi assim com
Dilma. Assim será com quem se colocar ao lado do povo e contra as corporações.
Por falar em
corporação, qual foi a sentença da Samarco até agora, lembrando que já se
passaram seis vezes mais tempo, que a ação do Lula?
Quem se
preocupava com o gasto do Bolsa Família são os mesmo que se calam com as Bolsas
Auxílios de juízes e políticos. Quem fala muito em deus e religião, são os
mesmos que querem os pobres mortos. São os mesmos que se deixam usar como
propaganda de uma golpe. São os idiotas, os manifestoches, os pasicopatos,
enfim, coxinhas e paneleiras.
Não era
realmente pelos 20 centavos, seus idiotas. É pelo petróleo, pelo nióbio, pela
biodiversidade, pela água, é contra a soberania e nossas Forças Armadas sempre
fizeram parte de todos os golpes. Ou vocês acham que se daria o golpe, com a
compra de tantos deputados e senadores, sem apoio das FAs?
Foi assim na guerra
do Paraguai, o exercito matando a mando dos bancos ingleses e dizendo que era
pela soberania. Ou vocês acham que Duque de Caxias, Cel. Osório e o Conde Genro
eram realmente heróis?
Foi assim com Getúlio, quando o general Dutra
assume para desfazer o que foi feito.
Foi assim em
64, com o exército a serviço dos interesses ianques impediu a reforma, que
faria o Brasil crescer.
Não é contra a violência,
porque a indústria da morte gera rendas.
Porque o
exercito, que não age nas fronteiras contra as drogas e armas, o que diminuiria
a violência.
Quer agir nas
favelas... Porque, se esteve por lá durante um ano e não fez nada de útil.
Ou não é contra a droga, ou contra o trafico, é só contra a possibilidade
do povo desce e se unir ao povo do asfalto para fazerem justiça?
Ou contra a
possibilidade de facções de varejo, pararem de matar pobres e finalmente se
unirem ao povo? Exatamente como fazem as facções colarinho branco, na união de políticos, empresários, juristas, polícias,
etc.?
Essa
intervenção é contra o povo que quer descer do morro para acabar com o golpe,
pois o exército, a justiça, os empresários e os políticos, nunca se preocuparam
com a morte de pobres.
PS- por onde anda o Sr. Othon, o homem que lutava pela soberania?