O prefeito de
São Paulo João Agripino da Costa Doria Junior, mais conhecido como João Doria,
é filho do publicitário e ex-deputado federal baiano João Doria e da empresária
paulista Maria Sylvia Vieira de Moraes Dias Doria. De origem abastada, descende
dos Costa Doria, uma família brasileira do período colonial, escravagista, cujos
membros foram senhores de engenhos, militares e políticos da Bahia e Sergipe.
João Dória, que
até sua eleição, nunca se importou com o povo, informou na campanha política
que era contra invasões de áreas, candidato mais rico da eleição em São Paulo
em 2016, o empresário João Agripino (PSDB) sofreu uma derrota nos tribunais
sobre a polêmica invasão de uma área pública por ele no município de Campos do
Jordão, destino turístico na região serrana paulista. A Justiça determinou a
reintegração de posse imediata de um terreno de 365 metros quadrados que o
empresário anexou a uma propriedade de lazer dele, de onde concluímos que ele é
contra pobres invadindo áreas.
O prefeito de
São Paulo, João Doria, gosta de se definir como um gestor, não um político. Mas
a leitura do relatório do processo a que ele respondeu no Tribunal de Contas da
União (TCU) permite várias conclusões, menos a de que fez boa gestão como
presidente na Embratur, entre 1987 e 1988, indicado pelo “presidente honesto e
igualmente bom gestor” José Sarney.
Os inspetores
do TCU encontraram nas contas de Doria “impropriedades de várias ordens”, como
a contratação de empresa sem o julgamento das propostas dos concorrentes e a
“não contabilização de verbas obtidas em convênio no exterior” (em bom
português, desvio).
E é esse bom
gestor, que o bom paulistano, que sabe votar (Maluf, Pita, Janio, Kassab,
Marta, Serra) resolveu eleger como “gestor” do negócio chamado cidade de São
Paulo.
Como aprendiz
de Jânio Quadros, sem caspas, Agripino Dória começou seu governo, ou melhor,
gestão, correndo atrás de grafiteiros e pegando em cabos de vassouras. Espalhou
a cracolândia por 9 bairros e prometeu entregar parques para a iniciativa
privada, possivelmente de amigos igualmente empresários, com interesses apenas
em lucros.
Mas o Agripino
se supera, não se contenta só com as imagens bonitas e as entrevistas açucaradas
da Rede bandeirantes e a propaganda de seus atos hilários nos sites e redes
sociais.
Domingo dia 16
de julho presenciei a agonia de velhinhas “criminosas” frente ao implacável,
honesto e sério gestor.
Muito pior que
as contratações da Embratur, ou invasões de terrenos, ou apoio aos golpistas de
plantão, alguns “velhos” desonestos, sem dinheiro, estavam no Bexiga, em São
Paulo praticando um crime de lesa pátria. Estavam dando golpes nos cofres públicos.
Estavam desmoralizando o estado brasileiros, com suas atividades ilícitas e
altamente suspeitas.
Tenho a
convicção, como diria aquele bom juiz Moro, que esses velhos são responsáveis por
todos os problemas do Brasil. João Agripino está certo, pau neles.
Uma idosa,
imoral é claro, que deve ser integrante de alguma facção criminosa, estava na
calçada vendendo pratos e talheres antigos para fazer uma graninha extra. Ao
seu lado, um idoso vendia 3 cabos de computador, 2 toalhas, um alicate, uma
antena de TV analógica e um banquinho feito por ele. Como se vê, gente de alta
periculosidade.
Mais adiante um
outro idoso tirou da sacola cerca de 20 livros, algumas fotos antigas, a câmera
Zenit, Russa de 1976, e alguns anzóis usados. Mas não parou ai, tinha outro com
mais de 100 moedas e alguns selos, e uma outra terrorista que vendia brinquedos
e vestidos, que provavelmente usou em alguma festa de sua juventude, nos anos
de 1940.
Como esses
criminosos não poderiam ficar impunes, o bom gestor Agripino Dória mandou a
cavalaria, mais 3 viaturas da Guarda Civil Metropolitana, mais 3 viaturas da
PM, do Estado de São Paulo, paga também por esses “velhos terroristas”, e
fiscais, 2 carregadores, 1 caminhão com a propaganda cidade limpa, e mais 3
varredores de rua, claro, cidade limpa, percebem?
A primeira a
perder tudo foi a “velhinha terrorista” dos pratos.
-Perdeu
criminosa!
Mas a “velhinha
tremeu”, tentou recolher os pratos e no tumulto foi tudo pro chão.
Essa agora
aprenda, vai sair da “vida loka” da criminalidade.
Vai trabalhar
vagabunda! Diria o Bolsonaro. Ou até, “bandido bom é bandido morto”. As a frase
não vale para crimes pequenos, como invasões de áreas, ou desvios na Embratur”.
É só para criminosos de alta periculosidade, como a “velhinha do prato”, ou o “velho
terrorista” dos livros.
Um casal de
franceses se aproximou e tentando se comunicar meio em espanhol, meio em português,
queriam saber do que se tratava, expliquei quem era o prefeito, os motivo que seria alegado (sonegação de
impostos municipais, ou falta de alvará), mas eles não conseguiram entender.
Entre policiais e fiscais eram mais de 30 uniformizados e esse aparato chamou
atenção. A francesa estava visivelmente comovida, o que piorou quando se
aproximou de nós aquela “velhinha criminosa”.
Perguntei-lhe
se aquelas cenas estavam se tornando corriqueiras, e com lagrimas nos olhos me
respondeu que sim, outras pessoas se aproximaram.
Pergunto-lhes
se era assim na administração passada, ao que me respondem que não. Não contive
a curiosidade e perguntei em quem votaram. Todos responderam João Dória, mas se
diziam arrependidos, acreditaram que ia melhorar alguma coisa.
Insisti e questionei,
mas antes estava ruim?
Todos abaixaram
a cabeça...
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