Nossa elite não é elite. É uma “sub-gente”, inferior à
Casa Grande.
A “Casa Grande” é autoritária, escravocrata, assassina e
sem moral.
A “elite brasileira” é servil, conivente e
imitadora. A viúva Porcina da sociedade.
É aquela que foi sem nunca ter sido. E não é merda nenhuma.
Se autodenomina elite por comprar no carnê um carro novo,
ou ter uma casa “diferenciada”, em lugar fechado, com proteção contra eles
mesmos.
Essa palavra “diferenciada” é outra aberração dessa falsa
elite. Pois essa nossa elite sendo subproduto, em baixa escala, da Casa Grande,
quer se diferenciar nas palavras.
A casa grande é herdeira da inquisição, escravidão e da
tortura. É cristã. É alfabetizada e inculta. É ignorante. Sua cópia, a elite, é
manipulada e burra.
Foram induzidos pela propaganda a se acharem “diferenciados”.
Como se, num grande lixão, pudéssemos separar
o menos podre do mais podre.
É a elite dos honestos, segundo seus próprios conceitos
de honestidade. Param em fila dupla na frente da escola, na vaga do deficiente,
só por um minutinho, sonegam impostos, torcem o nariz para as minorias, não vivem sem uma empregada, “quase de
família”, que recebe pouco, mas acreditam que pagam muito, e tem como ápice do clímax
sexual, poder dizer que seus filhos foram à Disney. As vezes vão para a Europa, visitar pontos turísticos,
para postarem as fotos mostrando o quanto são chics.
Adoram falar em primeiro mundo, mas não concordam em
pagar impostos, nem sobre grande riquezas, que nunca possuíram e nem sobre herança.
Essa elite brasileira é a que criminaliza a Cracolândia, mas
ignoram que a droga veio da polícia, que entrou no país em helicópteros de
senadores e aviões de ministros.
É a elite que criminaliza o MST, mas se esquecem que suas
terras foram griladas por grandes latifundiários, por eles, da elite burra, admirados.
É a classe que se cala, quando o criminoso Aécio, o que
mata antes que delatem, é liberado pelo STF. Aécio é produto da mesma classe,
hipócrita e bandido como toda ela.
Não batem panelas para Michel Temer quando ouvem as
gravações da corrupção e o delatores, até então admirados por acusarem Lula,
viram bandidos, como virou Joesley, agora criminoso milionário, antes exemplo de
capacidade e trabalho no conceito capitalista.
Como os sonegadores da FIESP.
É a classe usada como desculpa para defenestrar Dilma, da
Alvorada. Usados como desculpa. Apenas isso, pois quando se necessita de
barulho como desculpas, usa-se a “elite” burra.
Dilma alocou verbas federais para programas sociais, usou
o cheque pré-datado para não deixar
pobres morrerem de fome. Um crime
segundo os coxinhas da elite burra, imperdoável, segundo um legislativo corrupto
e punível segundo os juristas.
Já a turma de Temer e seus tucanos adestrados, roubaram,
carregaram malas, venderam parte da Petrobras, entregaram xisto, nióbio e territórios,
traficou cocaína, e se necessário matariam antes que os delatassem. Crimes
inferiores a um pedalinho sem nota fiscal. Teori que diga!
As paneleiras, as religiosas, as siliconadas, as damas da
elite brasileira não foram bater uma panela por meia tonelada de cocaína. Não
foram pelas malas de dinheiro dado pelo Joesley, e ficaram aliviados com a
liberdade de Aécio.
Quem batia
panelas, quando Dilma estava na TV, não bate mais quando o mordomo bate
carteiras da CLT e da Previdência. Nem
quando compra deputados, com dinheiro dos impostos.
Quem estranhava a corrupção de antes, não estranha que as
Forças Armadas permitissem a prisão do Almirante, o único cientista capaz de
dotar o Brasil de mecanismos de defesa, nem que um Senador, que fala em alto e bom tom, “a
gente manda matar antes que abram a boca”.
Não estranham os roubos de merendas, as negociatas com
empresários de ônibus, o trensalão, as vendas de partes da Petrobras, nem que o
exército terrorista ianque use a Amazônia para exercícios.
A elite brasileira é a parte podre da Casa Grande. O primo
pobre e burro, que se julga da família, mas nunca é convidado para as grandes
festas. É a ralé da sociedade. A merda na calçada, onde quem não desvia se
suja.
É a mais comprável. Basta uma viagem para a Disneylândia.
Essa gente adora abraçar o Pateta, se sente da família.
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