Política feijão com arroz, da terra da linguiça
Política em Bragança.
2020, se nada mudar teremos eleições.
Mais uma vez o que se apresenta é o mesmo do mesmo. De um
lado Jesus, do outro José.
Jesus, atual comandante do exército Chedid sai na frente.
Não pela qualidade de sua administração, mas pela capacidade de aglutinação dos
servos. São obedientes e não discutem com o chefe. Aliados a isso temos uma
máquina administrativa oficial e um poder de comunicação, que tem a FM como
principal cabo eleitoral.
Os chedids venceram em 1968, 1992, 2000, 2004 (cassado) e
2016.
Do outro lado temos José de Lima, cansou de ser prefeito e
passou a nomear seus representantes. José de Lima se elegeu em 1972, 1982,
1996, elegeu seu sucessor em 1976, em 1988 e em 2012.
Vejam que não há vácuos nessa história. É a história de
Bragança e seus eleitores que acreditaram numa polarização onde o povo era
levado a acreditar, que os grupos eram inimigos. Nunca foram e eu explico mais
abaixo.
Se hoje José de Lima, no alto de seus anos, hoje contados em
décadas, não tem coragem para ir a disputa, afinal grande parte de seus
eleitores estão mortos -ele até poderia entrar no livro dos recordes de participação
de velórios – é necessário que tenha alguém barato, maleável, ou amigo, na
prefeitura. Sua indústria e negócios imobiliários, principalmente, necessitam
de apoio amigável.
Em 2004 iniciou-se o processo de cassação. Eu como
presidente do PSB era o coordenador da coligação e único responsável pelo
processo. Só eu poderia retirar essa ação. Passada a eleição, com uma derrota
inesperada, diferente da derrota de 2000, quando a eleição parecia ter sido “entregada”,
Lima foi o principal guerreiro para que a ação fosse retirada e se deixasse
Jesus no poder. Lima ligava, marcava reuniões e chegou a reunir 8 partidos em
um sábado de outubro de 2004, para tentar me convencer, ou agradar, ou achar
uma solução jurídica para que eu retirasse a ação. José queria Jesus. De
qualquer forma. E eu fui o único a segurar a bomba, que culminou no afastamento
de Jesus em 7 de outubro de 2005. Nessa fase o prefeito elemento que iria assumir, prometeu transparência e dignidade. Prometeu cumprir os acordos com membros da coligação e nem ao próprio presidente de seu partido, na época Aguirre, ele respeitou.
Numa das entrevistas que dei para a Tv Altiora, a jornalista
Lucy, me perguntou se eu achava que fora nomeado Secretário de Cultura por competência
e, se surpreendeu com minha resposta. Eu disse-lhe que se fosse por competência
teria sido secretário em todos os governos, pois eu era o único que entendia a
função da secretaria, mas nesse caso teria sido por medo do prefeito, em que eu
retirasse a ação e que assim que a mesma fosse julgada, eu e todos os que
queriam mudanças, teríamos que sair, pois o prefeito João Solis, no dia
seguinte entregaria a administração para os mesmos de sempre. Acertei. Na mesma
semana que saí, saíram todos os que representavam uma política de mudança. E a
escolha foi nossa, minha e dos outros que saíram, todos pediram a exoneração
como pode ser provado no RH da prefeitura. Todos que poderiam ganhar o salário
de secretários e se quisessem ficavam em casa.
Isso reflete um pouco da ligação e interdependência entre
Jesus, José e Maria. Querem mais? -Quando escrevi o livro sobre o José de Lima,
na revisão ele mandou tirar qualquer referência ofensiva, ainda que verdadeira aos
Chedids. Eu só vi isso quando o livro estava pronto. Nessa época fiz muitas
gravações, algumas curiosas, que não chegaram a serem usadas, por eu considerar
particulares demais. Uma deles feita com a ex-primeira dama.
Mas continuemos...
O que tivemos desde 1968 de oposição aos dois grupos. Nardy,
Villaça, Paulo Miguel e Sartori. Com exceção de Paulo Miguel, que faleceu
precocemente, os três restantes foram caluniados, rechaçados, ridicularizados
pelos dois grupos, que sempre dividiram informações. Poderia ter entrado nesse
grupo, o vereador Marcus Valle, que preferiu uma opção cômoda se se tornou
vereador ad-eternun. Ele era o nosso candidato em 1982, foi em outros momentos
e seria ainda hoje, só dependeria de seu desapego.
O membros do grupo Chedid, eram os mesmo do grupo Lima,
Galileu, Amaury, como destaque atual. Ou os membros do grupo João Solis, que
passou a ser comandado por Lima, como Sergio Pereira (radares, sinalização), e
outros dos dois grupos que estiveram com Nicola, ou Fernão Dias e hoje são
Lima, ou Chedid.
Até aqui não há dúvidas, são dados visíveis, os quais,
qualquer mentalidade mediana pode conferir.
E a oposição.
Excetuando-se o grupo hoje ligado ao PSOL, cuja retórica
séria, porem intelectual, afasta-os do povo, a grande parte é negociação.
Vamos tirar desse bloco, por enquanto, o PV e o PSB. Voltarei
aos dois.
Partidos dito esquerda, que ainda lutam, o fazem por motivos
pessoais. Nunca por motivos da coletividade. Ou será que o Miguel Lopes, levado
por pangarés da política, a conversar com o presidente do partido do Brizola,
virou esquerda? -Alguém acredita? Ou o PDT local, se unindo com o PTB do Zé de
Lima e Campos Machado, para apoiar João Solis, o mentiroso, que era rechaçado
pelo próprio Lima, que não queria que ele assumisse, que pretendia deixar o
Jesus na cadeira, seriam uma solução séria? E isso ainda com apoio do Almeida,
o ex-prefeito de Guarulhos, que foi candidato a deputado federal, com uma
votação vergonhosa em sua terra, pela péssima administração que fez.
Eu trabalhei na prefeitura, os últimos recursos que consegui, foram de 2,8 milhões para a revitalização do entorno do Tanque do Moinho, que daria mais dignidade aos moradores da região, valorizando suas residencias e trazendo segurança. Não vi o uso dessa verba, muito divulgada pelo Bragança Jornal e Gazeta Bragantina, na época.
O PCdoB é outro que não devemos sequer citar. Na última
eleição se uniu ao DEM. Isso é como a união de Lima com Chedid, ou do PDT do
Brizola, com o PTB do Campos Machado. PDT, que veio para as mãos da atual
executiva, porque Lupi não queria que seu partido continuasse como legenda de
aluguel e acreditou na ideia de um partido independente a ser criado aqui.
Ideia, que diga-se de passagem, eu assinei e me comprometi a cumprir, embora
não conhecesse a índole dos “companheiros”.
E o que resta? Partidos compostos por ex-partidários de
Jesus, ou de Lima. Confiram a sobra.
Vamos ao PV e PSB, o PV tem como principal objetivo a
reeleição de seus dois vereadores. Ainda que na oposição e sem fazer diferença
no quórum final, devem trilhar o caminho mais simples. O PSB, tem um candidato
a prefeito, Sartori, que por sinal foi o único bragantino escolhido nos últimos anos, para ser secretário de estado e, uma chapa de vereadores regular, que sente o peso da luta contra
os velhos costumes e não consegue acordos. Poderiam se unir e tentar conquistar
apoios extras, o que não é fácil, tem custos e requer muitas negociações.
Como vemos, caros eleitores, a política local não é para
amadores, está nas mãos de profissionais e o povo mais uma vez tende a votar nos
mesmos. Muitos irão concordar com esse relato, mas a concordância ou não, de
cada um, não muda nada, como nossa cidade não vai mudar. Seria necessário que
cada um saísse agora e fosse a luta, por uma política melhor, mais séria,
humana e desenvolvimentista. Ou então ficaremos como estamos.
Ao fazer essa análise simples, me afasto de todos os grupos,
mas isso também faz parte da normalidade, nunca votei nos vencedores e nem em
quem eles mandaram. E na cidade de Bragança, só votei em dois vereadores que
foram eleitos alguma vez, o Valle em 1988 e 92 e o Sartori em 2004. Ou seja, em
42 anos, nunca elegi um prefeito, e foram apenas dois vereadores, que acertei.
Mas nunca errei os resultados das eleições locais e me sinto com a missão
cumprida por ter votado sempre no melhor, nunca no vencedor. Os resultados
estão ai. Analisem o que a cidade perdeu nesses anos. Os empreendimentos
imobiliários de poucos e para poucos. O comercio cada vez mais pobre e as
industrias de poucos funcionários e poucos impostos.
.
Sugiro a todos que analisem as fotos
Nem sempre as disputas são entre candidatos sérios.
Sempre tem um que destoa.. O Brasil é cheio de Tiriricas.
De mentirosos e covardes, por isso não devemos errar. 1 erro pode gerar muitos
problemas para a população. Eleição não é brincadeira.
É terrível ver o PDT, partido de Brizola, hoje dirigido por Lupi, grande pessoa, com diretórios ligados
ao Campos Machado. Com nomes que deveriam trabalhar para a sigla,
na lista oficial de pagamentos do PT. O que pode ser provado com uma simples verificação e o que
é pior, membros da maquina pública, inclusos nas listas.
Eleições de 2004
Chedids, Limas e partidos do abraço, sempre se unem
O prefeito que iria chutar os radares, de repente contrata alguém
para encher a cidade de radares. Hoje no PTB, Solis terá o apoio de
partidos "ditos" esquerda. Uma desmoralização para as siglas.
Todos prontos para suja a cidade
Eles se unem, ou se dividem de acordo com as necessidades.
A meta é falar em mudança, para deixar tudo como está.
Infelizmente uma ação judicial, não retirada, como queriam 7, dos 8 partidos da
coligação, colocou na prefeitura esse indivíduo, que hoje quer voltar.
Foram vários contratos e distratos estranhos.
Em breve uma lista...
Um imagem vale mil palavras.
Lima elegeu com seu grupo, quatro prefeitos,
assumiu por 3 vezes e deixou a prefeitura com os Chedids
em outras 4 oportunidades.
Uma gravação telefônica feita na sede do PCdoB, ainda em 2007
mostra quem é quem na política local. Quem mente, quem se acovarda...
Uma expressão é importante.Esse individuo fala que andou ajudando muita gente,
mas esquece de falar que foi colocado lá, por força de uma ação, que se retirada
ele não teria nunca chegado lá. Ele ajudou, ou foi ajudado? Ganhou uma prefeitura de
presente, de quem? Quem segurou a ação?
Quem foi o mentor intelectual dessa administração trágica?
Durante a fase de processos, ainda em 2004, Solis prometia uma administração honesta e
transparente. Prometia cumprir seu mandato com dignidade e sem traição.
Seria mais útil para o cidadão, que a ação fosse retirada, como exigia José de Lima.
Vai você e eu? Essa seria uma boa legenda, afinal tratam-se
de dois políticos conhecidos e amigos.
Afinal, o Kassab é de quem? O de todos?
Senador por Milão, Itália e Gustavo Sartori.
Lima com Rodrigues, Nossa Senhora de Fátima, que aportou em Bragança após negociação
com o empresário Belarmino
Lima criticando Hafiz Chedid, pelas tubulações de papelão, como ele dizia
e abaixo abraçando Hafiz, pelo apoio em 1982