As eleições de 2016 no Brasil são um marco histórico para o
futuro.
Em primeiro lugar está provado que a ignorância não é uma
condição socioeconômica. A ignorância não tem classe social, não tem raça, descendência, mas tem religiões.
A eleição de João Dória em São Paulo enterra definitivamente
o conceito, criado pelos próprios paulistas, que sabem votar.
Quando pobres e ricos
se unem em torno do nada está provado que a propaganda unida a falta de uma
educação decente e uma campanha global contra metas de justiça social é eficaz
e se torna cultural.
O que vimos foi um festival de guinadas, não só a direita,
como ao “conservacionismo” medíocre, ignorante e autodestruidor, apoiado por
conceitos de marketing mercadológico e retrocesso religioso. Estamos próximos
ao obscurantismo.
Anos de lutas foram derrotados por frases de efeitos, só possíveis
com apoio de uma população ignorante em todas as classe.
A tendência do voto foi do “rouba, mas faz”, ao cassado, mas
engraçado, passando por “deus quer”. O
Estado Islâmico tem muito a aprender. Não
foi preciso dar um único tiro para destruir a evolução. Temos uma justiça
omissa e conivente.
Os guetos futuros serão os efeitos de 2016. A transformação
do país em quintal americano, as privatarias a vista, o achatamento dos salários com perda
do poder aquisitivo, a quebra do conceito de Brasil laico, a entrega de
territórios e bens públicos, a piora na educação, a involução da saúde, o
aumento da injustiça social criando novos grupos de ações criminosas e novas
modalidades de ricos ladrões. Em breve teremos milícias oficiais varrendo os indesejáveis
culturais e promovendo o surrealismo político. Já foi assim, Greca, no segundo
turno em Curitiba vomita ao sentir cheiro de pobre.
Está mantida a escravidão moderna e o povo nem viu. Não
tiveram a capacidade de ver, foram manipulados pelo marketing e pelas confusões
promovidas pela esquerda festiva sustentada pela direita oportunista, como
bactérias que se aproveitam do ambiente doente, para oportunisticamente tomarem
conta do órgão afetado.
Caberia a esquerda mostrar o jogo que se apresentava e mostrou,
mas foi confundida com oportunistas, ou ignorantes travestidos de vermelho
desbotado e ai poucos sobraram para contar o fim do filme. Repeteco de 1930,
1964 e outros.
A possibilidade de futuro justo, previsto para 50, ou 60
anos deixa de existir. O jogo mudou.
Voltemos a prancheta.
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