sábado, 30 de março de 2019

Músicas na política brasileira

Músicas na política brasileira...
Em 1938, o grupo comandado por Capanema, no governo Getúlio, resolveu proibir o "samba de malandro". Não era possível em um país, onde o povo não lê e se formava pelo rádio, depois a televisão, que as letras falassem é beber o dia inteiro, bater na mulher e matar seus amantes. 30 anos depois tivemos um movimento tropicalista e uma MPB de protestos, que fez o povo pensar e lutar.
Nos anos 80, pós abertura e prontos para a redemocratização, entrou em cena o rock de protestos, políticos e pessoais, e até o fim dessa década tivemos qualidade musical. Os últimos a chegar nessa festa foi o Legião.
A partir de 90, com Collor, a vaca vai para o brejo. Era necessário levar ao povo um emburrecimento lento e gradual.
Começa ai o Sertanejo boçal, com os personagens das letras bebendo, batendo, matando, todos cornos revoltados e mexe profundamente com o setor musical.
Rádios e TVs passam a coloca-los massivamente em suas programações. Hoje dividem espaço com o funk e outra merdas. Por coincidência hoje temos o povo mais imbecil de todos os tempos.
Capanema sabia disso e tentou impedir lá em 1938. Estudei muito seu trabalho para escreve "Hollywood: Uma História do Brasil" e nesse momento, quando liguei minha TV, vi na tela o tal Daniel, um dos sertanajos mais hipócritas e de péssimo caráter, que já conheci. Esse é o Brasil de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário