domingo, 28 de junho de 2015

A serpente sem casca

A serpente sem casca

 


Eduardo Cunha comanda a onda conservadora
Eduardo Cunha comanda a onda conservadora
A característica do ovo da serpente é a quase transparência de sua membrana, o que permite a quem o observe, conhecendo o embrião, antever a peçonha que, adulta, poderá picá-lo. Trata-se de bela e precisa imagem, que nos lembra, no presente, o que o futuro nos pode ameaçar. Ao observador sempre caberá a decisão de interromper ou não a gestação. Mas, a partir do conhecimento da ameaça, não mais lhe será dado o direito de, amanhã, ferido o calcanhar, arguir surpresa. Como na vida social, ao não intervir, o sujeito histórico opta pela cumplicidade.
Ingrid Bergman, em filme notável, descreveu a vida do pós Primeira Guerra Mundial, o encontro da Alemanha com a República e a democracia representada pela Constituição de Weimar, mas, igualmente, a Alemanha dos ‘loucos anos’, de hiperinflação, fracasso industrial, desemprego, antissemitismo e xenofobia. Não por outro motivo o denominou de O ovo da serpente. Enxergava, naqueles tempos, o prenúncio que mais tarde conheceríamos como nazismo.
Lembro a onda absolutista-autoritária de desrespeito aos direitos humanos, à liberdade, que, intoxicada de violência e xenofobia, construiu a Segunda Guerra Mundial. Vimos naquela altura a construção do nazismo, do franquismo, do salazarismo, do stalinismo e da loucura em que se transformou o feroz império japonês. Sabemos que preço foi pago.
O movimento social, que se propaga em ondas, muitas vezes se processa em subterrâneos que não nos é dado pressentir. Nas vésperas do famoso maio de 1968, Daniel Conh-Bendit reclamava da pasmaceira da vida universitária francesa. Imprevistos foram a queda do Muro de Berlim, o suicídio da URSS e, respeitadas as distintas proporções, as jornadas brasileiras de junho de 2013, detonadas por aumento de alguns centavos nas passagens de ônibus em São Paulo. Tais fatos e movimentos, alguns de caráter revolucionário, não foram construídos. Explodiram. Hoje, antecipa o amanhã. Sem forma exata.
Nos tristes idos de 1954, a sociedade brasileira foi despertada para um ‘mar de lama’ que correria nos inexistentes porões do Palácio do Catete. A onda anti-varguista era promovida por uma oposição competente tanto quanto vituperina e inescrupulosa, que compreendia o Congresso, os partidos e, principalmente, a imprensa, atuando em concerto. Naquele então como agora. A deposição de Vargas passou a ser o alvo, o atentado, o grande pretexto. O desfecho faz parte da História.
Nos tristes idos dos anos sessenta, muitos liberais e democratas, que não haviam lido Brecht, engrossaram os arreganhos da direita que prometia cadeia para os comunistas e os corruptos, ‘encastelados no governo Jango’, cuja posse não haviam conseguido impedir em 1961. Nos primeiros momentos da ditadura, revelados seus propósitos, ainda assim nossos liberais não se sentiram ameaçados. Mas, insaciável, o dragão devorou todos.
O processo histórico não se move como uma equação algébrica ou uma lei da física. Não há leis determinando os fatos. Mas seu conhecimento ilumina ao caminhante as frentes por percorrer no presente.
Com a conhecida imagem do ovo da serpente procuro significar que estão dadas, para quem quiser ver, as condições para um perigoso processo de ruptura do pacto social que possibilitou a Constituinte quase progressista de 1988, agredida em seus aspectos mais socialmente avançados já a partir de sua promulgação, indicando de logo a resistência dos setores conservadores. Esse processo desconstitutivo atinge o paroxismo na atual legislatura parlamentar. Se o Congresso que aí está legitima os atos de seus líderes – evidência clara como a luz do sol – resta-nos a amarga indagação se esse caminhar representa também o pensamento majoritário de nossa sociedade. Se a conclusão plausível é pela coerência entre o pensamento social e a ação retrógrada do Congresso, perguntar-se-á, como desafio: como explicar as transformações que revelam o Brasil na contramão do avanço social medido a partir da redemocratização e da da Constituição de 1988?
O País vinha, conquista após conquista, avançando numa trilha iluminada por valores democráticos e progressistas. Um novo Brasil parecia nascer com as vitórias eleitorais da oposição; tinha-se a sociedade majoritariamente identificada em torno das campanhas contra a Tortura, pela Anistia, pelas Diretas-já, unificada na eleição indireta de Tancredo, no impeachment contra Collor e finalmente, nas eleições e reeleições de Lula e Dilma Rousseff. E no apoio popular a seus governos. Como explicar a crise de hoje, cujo ponto de partida é a desconexão entre o voto que escolhe o presidente e aquele que, na mesma eleição, preenche as cadeiras da Câmara dos Deputados? Como explicar que o mesmo eleitorado, na mesma eleição, consagre um candidato a presidente e eleja um Congresso que lhe será hostil?
O que pretendo pôr de manifesto é o subterrâneo da crise política, a saber, a falência do modelo de política e do modelo de Estado. Trata-se do fracasso do processo político eleitoral proporcional, fundado na farsa, na manipulação do poder econômico – que a direita quer aprofundar facilitando a contribuição financeira de empresas nas campanhas eleitorais e no financiamento de partidos e candidatos –, na manipulação do poder político, que distorce a vontade eleitoral. Trata-se da exaustão do ‘presidencialismo de coalizão’. Trata-se da necessidade de reforma de um Estado concebido para não funcionar, senão como conservador dos interesses da classe dominante.
A contrapartida do Estado infuncional é a incapacidade governativa, derivada do pacto imposto pelo ‘presidencialismo de coalização’, mas é igualmente a consequência de uma estrutura montada para impedir o fazer. Vivemos formal e objetivamente a grande crise constituinte, que nasce com o Estado brasileiro e a Carta outorgada de 1824.
Mas ainda não é tudo.
Fruto ou causa dessa ascensão conservadora, vivemos o encontro do esvaziamento da sociedade organizada – dominada por um certo niilismo – com a crise das instituições da República. O povo se ressente do Estado que não lhe assegura os serviços de que carece; não se identifica com o Poder Legislativo, que só legisla segundo os interesses dos parlamentares, e ao fim e ao cabo se sente frágil, à míngua de direitos diante de um Judiciário incompetente, de um ‘sistema’ que só pune os pobres. Dessa sociedade não se pode esperar a defesa da política, que jamais foi a forma de realização de seus interesses. Mas do progresso não pode cuidar a classe dominante, beneficiária e sócia de todos os desarranjos que contaminam a política e a coisa pública, privatizada, pois, na medida em que fracassam os meios republicamos, crescem as negociações de cúpula, no vértice do poder presidencial, onde se encontram líderes políticos e os representantes do grande capital.
A crise da política é a crise da representação que ilustra a crise constituinte, peças da grande crise do Estado, desaparelhado para gerir a sociedade emergente em meio à crise econômica alimentada por fatores internos e exógenos, condicionada pelos humores políticos e financeiros da globalização, um bem-sucedido projeto de poder das potências.
O plano interno parece repetir os ventos que sopram das metrópoles, com o avanço do pensamento e da prática de direita, que hoje domina a Europa, com a falência dos partidos socialistas e comunistas e a rendição de socialdemocracia. Aqui, com a renúncia da socialdemocracia que se transforma no baluarte do pensamento e da ação de direita, a falência dos partidos do campo da esquerda, o recuo do movimento social como um todo, notadamente do sindical, contido em reivindicações econômicas. Desapareceram as lideranças liberais e os quadros de esquerda minguam, como minguam as instituições e as lideranças da sociedade. É nesse vácuo – e não obstante o fracasso do neoliberalismo que detonou a crise econômica – que, lá e cá, crescem as forças da reação, do conservadorismo e da xenofobia. Mas não só o conservadorismo político-congressual-partidário, mas o pior de todos, o conservadorismo na sociedade.
Vínhamos de 12 anos de relativo sucesso de uma sequência de governos de centro-esquerda, que possibilitou a entrada de mais de 40 milhões de brasileiros na economia e no consumo, promovendo a mais notável ascensão social da história republicana. Hoje, esse governo sofre um cerco sem similar na história recente, hostilizado pelos meios de comunicação, hostilizado pelo mais poderoso partido político da República (que participa do governo e comanda sua política…), hostilizado pelo Congresso (presidido pelo mesmo partido), finalmente, e por tudo isso, hostilizado na ruas.
Esse quadro ensejou a realização de um ‘especioso golpe branco’, volta a repeti-lo, de que resultou a instalação, em pleno presidencialismo, de um ‘parlamentarismo de fato’, mostrengo híbrido que, avançando sobre os poderes da presidência da República, agrava a ineficiência do Estado e aprofunda a crise política. Pois, presidido por um premier comprometido com o atraso fundamentalista de origem evangélico-pentecostal, governando contra o Executivo, o Parlamento cria dificuldades às nossas negociações com o governo chinês – de quem muito dependemos para sair da crise, via investimentos em nossa infraestrutura –, cria dificuldades à nossa participação no banco de investimentos que reúne a China e países europeus da área do euro, dificulta a vida dos BRICS, intenta desconstituir o Mercosul e torpedeia nossa política externa.
É o nosso tea party. No plano social, impõe a pauta do atraso, que compreende a diminuição da menoridade penal, a diminuição da menoridade para o ingresso no trabalho, a precarização do trabalho, a terceirização, o armamentismo, a intolerância à livre manifestação de crenças e credos e os diferentes tipos de discriminação.
Estamos diante do ovo da serpente, que nos antecipa, no presente, o que o futuro no reserva. Resta-nos enxergar as saídas que nos distanciem da premonição do que está sendo gestado. Esse o nosso desafio.
Roberto Amaral

Lançamento do Movimento Pró Frente nacional popular e democrática

Lançamento do Movimento Pró Frente nacional popular e democrática 

dia 29 de junho às 28hs
Clube de Engenharia
Avenida Rio Branco, 124
Rio de Janeiro, RJ
O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos,IBEP, o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, CEBELA, entidades sindicais e associações de classe, intelectuais e acadêmicos, empresários, políticos  com e sem mandato, parlamentares como os senadores Randolfe e Lindberg Faria, os deputados Jandira Fegalli, Molon e Glauber Braga,  os ex-mistros José Temporão,  Samuel Pinheiro Guimarães e Roberto Amaral, cientistas como  Wanderlei de Souza, Manuel Domingos e Luís Fernandes, juristas como Marcelo Lavenere, ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, jornalistas, estudantes, reunir-se-ão no próximo dia 29, segunda-feira, na sede do Clube de Engenharia, na Avenida Rio Branco, 124, RJ,  para o lançamento do Movimento pró Frente Nacional Popular e Democrática.  A Frente é movimento político mas não partidário, amplo, portanto aberto a todos os democratas. Seu objetivo é, nesse momento de grave crise política, reunir todos aqueles que lutam pela segurança institucional e aprofundamento da democracia, pela governança, pela recuperação da economia nacional, pela defesa de nossa soberania e de nossas riquezas, como o pré-sal,  pela defesa dos interesses dos trabalhadores e assalariados em geral e pelo desenvolvimento com distribuição de renda.Visa, por igual, barrar, ou pelo menos enfrentar o avanço do pensamento e da ação conservadora que ameaça revogar os avanços sociais, políticos e econômicos alcançados pela sociedade brasileira nas últimas décadas. 

Dia 29 de junho às 18hs
Clube de Engenharia
Avenida Rio Branco, 124
Rio de Janeiro, RJ

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Brasil sem esperanças.

Brasil sem esperança:

Mensalão, trensalão, petrolão e outros "ãos" hoje na moda, não passam de cortina de fumaça para encher os olhos do povo.
Os verdadeiros criminosos não são esses que estão levando milhões, seja para uso próprio, ou para comprar autoridades.
O Brasil tem hoje 5570 municípios, cada um com centenas de contratos, licitações, favorecimentos, enriquecimentos ilícitos, caixas dois, três, cuecas, etc., etc., etc.
O orçamento dos municípios brasileiro supera o PIB da Argentina.
Se considerarmos em 100 milhões a média anual por município (temos SP, RJ, BH, Salvador, Campinas, Bragança, Santos, Valadares e outras dezenas, que ultrapassam muito esse valor), teremos um montante de R$ 557.000.000.000.000,00.
Estudiosos consideram a taxa de corrupção, erros, desatenção, improbidade em geral, em torno de 20%, o que dá R$  111.400.000.000,00, que divididos igualitariamente por cada um, dos administradores R$ 20.000.000,00.
Isso tudo em tese, pois acreditamos, que a maior parte é honesta, não está ligada a nenhum tipo de doleiro, agiota, estelionatário, achacador, etc.
Mas só por mero exercício vamos considerar esses 20 milhões, e alguém diria, mas existe fiscalização.
Sim, pelo Tribunal de Contas, que é eleito politicamente, ou também pelo Ministério Público, que teoricamente pode analisar e tem meios para isso, toda denuncia, que chega ao seu conhecimento.
Existe também a receita federal que poderia analisar a vida de cada administrador, sua equipe, seus parentes, a compatibilidade com seus ganhos e a evolução de seus negócios a cada 10 anos. Suas compras de propriedades, cheques emitidos etc.
Existe ainda a possibilidade de investigação da polícia federal.
Logo teríamos, pelo menos teoricamente, todas as leis e instrumentos para coibir a sangria dos cofres públicos.
É nesses R$ 111.400.000.000,00 que se encontram as deficiências da escola pública, da falta de remédios, da mortalidade infantil, da falta de investimentos em cultura, dos menores abandonados, dos menores infratores, da falta de horizontes, etc., enquanto os bons homens da sociedade,  religiosos, exemplares chefes de família, a bordo de seus carros novos e casas bem guardadas discutem a maioridade penal e a sistemática campanha da imprensa contra esses exemplos de políticos.
Para eles o denunciante denigre a imagem das instituições, para mim, eles são como saúvas acabando com o Brasil.
Esses homens não respondem nada sobre os contratos, licitações dirigidas, terceirizações e outros tipos de desvios, mas se dizem prejudicados quando pegos no crime.
Transformam-se rapidamente de perseguidores de seus delatores em perseguidos por jornalistas "irresponsáveis" .
Querem que se discuta a maioridade e o mensalão, cujo dinheiro foi usado para comprar seus pares.
É claro, mais uma vez repito, não são todos. Existem políticos honestos, eu mesmo já conheci uns 15. Talvez porque não conheço muitos.
Mas vamos discutir agora o sexo dos anjos, as amenidades e deixar que o rombo cresça. Afinal a culpa é de alguns menores bandidos.

Outros pontos...

Quando falamos em corrupção não podemos nos ater aos orçamentos municipais. Existem outras formas de se ganhar dinheiro fácil. Eu trabalhei em todas esferas de poder, fui chefe de divisão e secretário em uma prefeitura, assessor em outra, coordenado regional de um governo estadual e assessor parlamentar na câmara dos deputados.
Pode-se ganhar na contratação de um show, pois não é necessário um processo licitatório para isso. Basta contratar um artista mediano pelo dobro do valor, que ele efetivamente cobra e receber a diferença depois. Pode-se compra 10 toneladas de massa asfáltica, receber 5 e ficar com a diferença.
Essa diferença não tem recibo, ela não vem por depósito bancário e por isso é bom sempre ter do lado um doleiro, ou agiota. O dólar se guarda onde desejar e não perde o valor. Não é declarado. Um agiota pode reinvestir o dinheiro, que depois volta em propriedade legalmente adquiridas. Simples comprar um terreno que vale 500 mil reais, por apenas 50 mil de dinheiro licito, 3, ou 4 anos depois acerta-se na declaração de imposto de renda, com a valorização do imóvel que não depende de fatores científicos.
Ganha-se muito em loteamentos não regulares, ou com pequenos problemas, que são sanados com uma simples assinatura, assim um loteamento de 200 lotes pode gerar 15 a 20 unidades, algumas compradas mais baratas por parentes, outras que virão depois da venda, em dólares, ou Euros.
Coberturas de edifícios em locais nobres tem a preferencia.
Para que tudo isso dê certo usa-se a lei, criando dificuldades e vendendo facilidades.
Hoje a terceirização é uma das formas para um bom investimento, terceiriza-se um produto, pelo dobro do preço que realmente custa e recebe-se um bom montante.
As compras são outra face da moeda, comprar produtos muito conhecidos do mercado não dão lucros, mas investir em livros, remédios e outros itens pequenos é um bom negócio. Na minha cidade um secretário denunciou que a prefeitura comprava remédios de farinha. Isso já fazem anos, foi em maio de 2007. Talvez o único processado venha ser o denunciante...
Privatização é outra fonte de rendas. Já vimos esse filme no Brasil. Os concorrentes se alinham entre si, o negócio é fechado por baixo e todos ganham, menos o país.
Nas licitações para obras, coloca-se um preço acima, com exigências além das necessárias e eliminam-se os indesejáveis, pois a vitória do menor preço será acertada nos aditamentos.
É bom que os políticos tenham amigos influentes em vários setores. Que façam pequenos favores, do tamanho de uma virgula, que pode mudar o destino de uma ação e punam os denunciantes, pois esses não são bons ao sistema. Basta transformar um "Assange" no criminoso. Ou dar maior importância a uma denuncia pequena, do que um atentado de morte.
É preciso eliminar os denunciantes e quem tem padrinho não morre pagão. Se é que me entendem...











domingo, 7 de junho de 2015

Hipocrisia religiosa fascista.

Hipocrisia religiosa fascista.

O Brasil discute a maioridade penal como forma de resolver a criminalidade no país.
É uma hipocrisia social de um país religioso. Apenas 0,5% de crimes são atribuídos a menores.
O álcool e o transito matam 15 vezes mais. Mas o Brasil não discute punição severa no transito nem leis relativas ao consumo excessivo de álcool. Somos um país capitalista e hipócrita, ninguém quer discutir algo que dá lucro para a industria automobilística e usineiros.
Afirma-se que menores são contratados pelo crime organizado, mas o crime organizado vão continuar. Não se discute o crime organizado porque é lucrativo, ele mantem estruturas políticas, sociais e religiosas.
Discute-se punir menores, mas não se pode falar em descriminalizar o aborto, é pecado. Não é pecado manter a pobreza e a ignorância.
O estado ao manter a ignorância, mantém a pobreza. Um grande negócio para religiosos, grandes investidores em moradias populares, esquemas de merenda em escolas públicas, industrias da morte em geral.
Não se discute também, a descriminalização da maconha, ela vai continuar existindo e sendo fonte de lucro para grandes grupos, sem impostos, como as religiões, que são contra a liberação e coincidentemente de acordo com o crime organizado.
A hipocrisia religiosa leva o povo a ignorância lucrativa. A industria da pobreza é boa para todos, ela se mantem da ignorância, que possibilita grupos religiosos, políticos, industrias e crime organizado, a se manterem no topo da economia.
Não há discussão para o aborto, para acabar com o crime organizado, para liberação de drogas leves, para a eutanásia, etc., pois essas não dão lucro.
Estava pensando sobre esses assuntos desde ontem, quando minha avó finalmente faleceu. Alguns hipócritas vão estranhar o finalmente. Mas eu explico: Com 100 anos, acima do peso ideal, uma mulher que cai e ainda quebra o fêmur se vê obrigada a esperar a morte, ainda que tenha vontade de morrer. E todos sabemos que nessas condições apenas se prolongam os sofrimentos. Em nome do que se prolongar o sofrimento de uma pessoa?
Mas vamos continuar discutindo sexo dos anjos e nunca as razões desse absurdos. As razões conhecemos, mas a hipocrisia anda de mãos dadas com a ignorância.