Brasil sem esperança:
Mensalão, trensalão, petrolão e outros "ãos" hoje na moda, não passam de cortina de fumaça para encher os olhos do povo.
Os verdadeiros criminosos não são esses que estão levando milhões, seja para uso próprio, ou para comprar autoridades.
O Brasil tem hoje 5570 municípios, cada um com centenas de contratos, licitações, favorecimentos, enriquecimentos ilícitos, caixas dois, três, cuecas, etc., etc., etc.
O orçamento dos municípios brasileiro supera o PIB da Argentina.
Se considerarmos em 100 milhões a média anual por município (temos SP, RJ, BH, Salvador, Campinas, Bragança, Santos, Valadares e outras dezenas, que ultrapassam muito esse valor), teremos um montante de R$ 557.000.000.000.000,00.
Estudiosos consideram a taxa de corrupção, erros, desatenção, improbidade em geral, em torno de 20%, o que dá R$ 111.400.000.000,00, que divididos igualitariamente por cada um, dos administradores R$ 20.000.000,00.
Isso tudo em tese, pois acreditamos, que a maior parte é honesta, não está ligada a nenhum tipo de doleiro, agiota, estelionatário, achacador, etc.
Mas só por mero exercício vamos considerar esses 20 milhões, e alguém diria, mas existe fiscalização.
Sim, pelo Tribunal de Contas, que é eleito politicamente, ou também pelo Ministério Público, que teoricamente pode analisar e tem meios para isso, toda denuncia, que chega ao seu conhecimento.
Existe também a receita federal que poderia analisar a vida de cada administrador, sua equipe, seus parentes, a compatibilidade com seus ganhos e a evolução de seus negócios a cada 10 anos. Suas compras de propriedades, cheques emitidos etc.
Existe ainda a possibilidade de investigação da polícia federal.
Logo teríamos, pelo menos teoricamente, todas as leis e instrumentos para coibir a sangria dos cofres públicos.
É nesses R$ 111.400.000.000,00 que se encontram as deficiências da escola pública, da falta de remédios, da mortalidade infantil, da falta de investimentos em cultura, dos menores abandonados, dos menores infratores, da falta de horizontes, etc., enquanto os bons homens da sociedade, religiosos, exemplares chefes de família, a bordo de seus carros novos e casas bem guardadas discutem a maioridade penal e a sistemática campanha da imprensa contra esses exemplos de políticos.
Para eles o denunciante denigre a imagem das instituições, para mim, eles são como saúvas acabando com o Brasil.
Esses homens não respondem nada sobre os contratos, licitações dirigidas, terceirizações e outros tipos de desvios, mas se dizem prejudicados quando pegos no crime.
Transformam-se rapidamente de perseguidores de seus delatores em perseguidos por jornalistas "irresponsáveis" .
Querem que se discuta a maioridade e o mensalão, cujo dinheiro foi usado para comprar seus pares.
É claro, mais uma vez repito, não são todos. Existem políticos honestos, eu mesmo já conheci uns 15. Talvez porque não conheço muitos.
Mas vamos discutir agora o sexo dos anjos, as amenidades e deixar que o rombo cresça. Afinal a culpa é de alguns menores bandidos.
Outros pontos...
Quando falamos em corrupção não podemos nos ater aos orçamentos municipais. Existem outras formas de se ganhar dinheiro fácil. Eu trabalhei em todas esferas de poder, fui chefe de divisão e secretário em uma prefeitura, assessor em outra, coordenado regional de um governo estadual e assessor parlamentar na câmara dos deputados.
Pode-se ganhar na contratação de um show, pois não é necessário um processo licitatório para isso. Basta contratar um artista mediano pelo dobro do valor, que ele efetivamente cobra e receber a diferença depois. Pode-se compra 10 toneladas de massa asfáltica, receber 5 e ficar com a diferença.
Essa diferença não tem recibo, ela não vem por depósito bancário e por isso é bom sempre ter do lado um doleiro, ou agiota. O dólar se guarda onde desejar e não perde o valor. Não é declarado. Um agiota pode reinvestir o dinheiro, que depois volta em propriedade legalmente adquiridas. Simples comprar um terreno que vale 500 mil reais, por apenas 50 mil de dinheiro licito, 3, ou 4 anos depois acerta-se na declaração de imposto de renda, com a valorização do imóvel que não depende de fatores científicos.
Ganha-se muito em loteamentos não regulares, ou com pequenos problemas, que são sanados com uma simples assinatura, assim um loteamento de 200 lotes pode gerar 15 a 20 unidades, algumas compradas mais baratas por parentes, outras que virão depois da venda, em dólares, ou Euros.
Coberturas de edifícios em locais nobres tem a preferencia.
Para que tudo isso dê certo usa-se a lei, criando dificuldades e vendendo facilidades.
Hoje a terceirização é uma das formas para um bom investimento, terceiriza-se um produto, pelo dobro do preço que realmente custa e recebe-se um bom montante.
As compras são outra face da moeda, comprar produtos muito conhecidos do mercado não dão lucros, mas investir em livros, remédios e outros itens pequenos é um bom negócio. Na minha cidade um secretário denunciou que a prefeitura comprava remédios de farinha. Isso já fazem anos, foi em maio de 2007. Talvez o único processado venha ser o denunciante...
Privatização é outra fonte de rendas. Já vimos esse filme no Brasil. Os concorrentes se alinham entre si, o negócio é fechado por baixo e todos ganham, menos o país.
Nas licitações para obras, coloca-se um preço acima, com exigências além das necessárias e eliminam-se os indesejáveis, pois a vitória do menor preço será acertada nos aditamentos.
É bom que os políticos tenham amigos influentes em vários setores. Que façam pequenos favores, do tamanho de uma virgula, que pode mudar o destino de uma ação e punam os denunciantes, pois esses não são bons ao sistema. Basta transformar um "Assange" no criminoso. Ou dar maior importância a uma denuncia pequena, do que um atentado de morte.
É preciso eliminar os denunciantes e quem tem padrinho não morre pagão. Se é que me entendem...
Mensalão, trensalão, petrolão e outros "ãos" hoje na moda, não passam de cortina de fumaça para encher os olhos do povo.
Os verdadeiros criminosos não são esses que estão levando milhões, seja para uso próprio, ou para comprar autoridades.
O Brasil tem hoje 5570 municípios, cada um com centenas de contratos, licitações, favorecimentos, enriquecimentos ilícitos, caixas dois, três, cuecas, etc., etc., etc.
O orçamento dos municípios brasileiro supera o PIB da Argentina.
Se considerarmos em 100 milhões a média anual por município (temos SP, RJ, BH, Salvador, Campinas, Bragança, Santos, Valadares e outras dezenas, que ultrapassam muito esse valor), teremos um montante de R$ 557.000.000.000.000,00.
Estudiosos consideram a taxa de corrupção, erros, desatenção, improbidade em geral, em torno de 20%, o que dá R$ 111.400.000.000,00, que divididos igualitariamente por cada um, dos administradores R$ 20.000.000,00.
Isso tudo em tese, pois acreditamos, que a maior parte é honesta, não está ligada a nenhum tipo de doleiro, agiota, estelionatário, achacador, etc.
Mas só por mero exercício vamos considerar esses 20 milhões, e alguém diria, mas existe fiscalização.
Sim, pelo Tribunal de Contas, que é eleito politicamente, ou também pelo Ministério Público, que teoricamente pode analisar e tem meios para isso, toda denuncia, que chega ao seu conhecimento.
Existe também a receita federal que poderia analisar a vida de cada administrador, sua equipe, seus parentes, a compatibilidade com seus ganhos e a evolução de seus negócios a cada 10 anos. Suas compras de propriedades, cheques emitidos etc.
Existe ainda a possibilidade de investigação da polícia federal.
Logo teríamos, pelo menos teoricamente, todas as leis e instrumentos para coibir a sangria dos cofres públicos.
É nesses R$ 111.400.000.000,00 que se encontram as deficiências da escola pública, da falta de remédios, da mortalidade infantil, da falta de investimentos em cultura, dos menores abandonados, dos menores infratores, da falta de horizontes, etc., enquanto os bons homens da sociedade, religiosos, exemplares chefes de família, a bordo de seus carros novos e casas bem guardadas discutem a maioridade penal e a sistemática campanha da imprensa contra esses exemplos de políticos.
Para eles o denunciante denigre a imagem das instituições, para mim, eles são como saúvas acabando com o Brasil.
Esses homens não respondem nada sobre os contratos, licitações dirigidas, terceirizações e outros tipos de desvios, mas se dizem prejudicados quando pegos no crime.
Transformam-se rapidamente de perseguidores de seus delatores em perseguidos por jornalistas "irresponsáveis" .
Querem que se discuta a maioridade e o mensalão, cujo dinheiro foi usado para comprar seus pares.
É claro, mais uma vez repito, não são todos. Existem políticos honestos, eu mesmo já conheci uns 15. Talvez porque não conheço muitos.
Mas vamos discutir agora o sexo dos anjos, as amenidades e deixar que o rombo cresça. Afinal a culpa é de alguns menores bandidos.
Outros pontos...
Quando falamos em corrupção não podemos nos ater aos orçamentos municipais. Existem outras formas de se ganhar dinheiro fácil. Eu trabalhei em todas esferas de poder, fui chefe de divisão e secretário em uma prefeitura, assessor em outra, coordenado regional de um governo estadual e assessor parlamentar na câmara dos deputados.
Pode-se ganhar na contratação de um show, pois não é necessário um processo licitatório para isso. Basta contratar um artista mediano pelo dobro do valor, que ele efetivamente cobra e receber a diferença depois. Pode-se compra 10 toneladas de massa asfáltica, receber 5 e ficar com a diferença.
Essa diferença não tem recibo, ela não vem por depósito bancário e por isso é bom sempre ter do lado um doleiro, ou agiota. O dólar se guarda onde desejar e não perde o valor. Não é declarado. Um agiota pode reinvestir o dinheiro, que depois volta em propriedade legalmente adquiridas. Simples comprar um terreno que vale 500 mil reais, por apenas 50 mil de dinheiro licito, 3, ou 4 anos depois acerta-se na declaração de imposto de renda, com a valorização do imóvel que não depende de fatores científicos.
Ganha-se muito em loteamentos não regulares, ou com pequenos problemas, que são sanados com uma simples assinatura, assim um loteamento de 200 lotes pode gerar 15 a 20 unidades, algumas compradas mais baratas por parentes, outras que virão depois da venda, em dólares, ou Euros.
Coberturas de edifícios em locais nobres tem a preferencia.
Para que tudo isso dê certo usa-se a lei, criando dificuldades e vendendo facilidades.
Hoje a terceirização é uma das formas para um bom investimento, terceiriza-se um produto, pelo dobro do preço que realmente custa e recebe-se um bom montante.
As compras são outra face da moeda, comprar produtos muito conhecidos do mercado não dão lucros, mas investir em livros, remédios e outros itens pequenos é um bom negócio. Na minha cidade um secretário denunciou que a prefeitura comprava remédios de farinha. Isso já fazem anos, foi em maio de 2007. Talvez o único processado venha ser o denunciante...
Privatização é outra fonte de rendas. Já vimos esse filme no Brasil. Os concorrentes se alinham entre si, o negócio é fechado por baixo e todos ganham, menos o país.
Nas licitações para obras, coloca-se um preço acima, com exigências além das necessárias e eliminam-se os indesejáveis, pois a vitória do menor preço será acertada nos aditamentos.
É bom que os políticos tenham amigos influentes em vários setores. Que façam pequenos favores, do tamanho de uma virgula, que pode mudar o destino de uma ação e punam os denunciantes, pois esses não são bons ao sistema. Basta transformar um "Assange" no criminoso. Ou dar maior importância a uma denuncia pequena, do que um atentado de morte.
É preciso eliminar os denunciantes e quem tem padrinho não morre pagão. Se é que me entendem...
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