Os dicionários eletrônicos nos dizem que Renda Básica Universal, é uma quantia paga em dinheiro a cada cidadão pertencente a uma nação ou região, com o objetivo de propiciar a todos a garantia de satisfação de suas necessidades básicas.
Alguns chamam isso de socialismo, mas se o estado é um negócio, hoje tratado por neoliberais como empresa, onde o político deve ser substituído pelo gestor, nada mais justo do que dividir os lucros desse negócio entre seus acionistas.
"Pode ser incondicional ou condicional. Se for incondicional, o valor é distribuído pelo poder público de forma igualitária, não importando o nível social ou disposição para o trabalho de quem recebe. Se for condicional, torna-se uma alternativa à Assistência Social, podendo ser estabelecida uma faixa etária mínima, nacionalidade, tempo de permanência na região ou em caso de incapacidade do exercício social (como no caso de internos em clínicas e criminosos)".
Alguns países já possuem Rendimento de Cidadania dividido sua população. O mais recente caso aconteceu na Suiça em 2016, quando ocorreu um plebiscito para implementar uma renda de 2,5 mil francos suíços por adulto e 625 francos por cada menor de 18 anos. A medida foi rejeitada por ampla margem, 76,9% dos eleitores se opuseram à ideia.
Mas trata-se de um país evoluído, onde os cidadãos confiam no estado e prefere que seus administradores continuem investindo no conjunto de benefícios e obras, que já é proporcionado. Como o povo já tem o suficiente, não necessita mais do que tem.
Os recursos podem ser captados de diversas formas: através da arrecadação de impostos, taxa sobre concessões de extração de recursos naturais, gestão de estatais e outros recursos, como lucro pela exportação e pela supressão de outros mecanismos de distribuição de renda.
Embora a divisão de rendas seja capitalista, pois é o que se faz aos acionistas de uma empresa, no Brasil isso é considerado "atitude comunista". Oras, somos acionistas desse país, ou apenas maquinas a serviço de uma estrutura?
É difícil explicar isso para um povo sem cultura e treinado para ser escravo. No Brasil a meritocracia tem seguidores e é religiosamente seguida, ao lado do merecimento por hereditariedade.
O indivíduo que estudou e passou décadas em um escritório, ainda que muitas vezes inútil, ou de competência discutível, se vê como trabalhador e único (ele e seus pares) merecedor das benesses do poder. Não importa se o boia-fria trabalha mais, a questão é meritocrática, ou se o rico tradicional tem mais direitos, pois a hereditariedade é "divina".
Assim pode ser o mundo em 50 anos, mas todo o lucro pode ficar apenas com as corporações, enquanto o povo segue na escravidão. Essa é a escolha entre o neosocialismo e o neoliberalismo.
Façam suas escolhas.
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