Dia 1 de janeiro de 2021, estou lendo notícias sobre Cuba e,
extrai esse trecho de uma matéria que encontrei via Google, de Betsy Anaya
Cruz.
Na década de 2000, o dólar foi eliminado da circulação e das
transações comerciais, restando apenas o CUP e o CUC. Durante vários anos,
sustentou-se a necessidade de avançar na unificação monetária e cambial,
propósito refletido no documento Diretrizes para a Política Econômica e Social
do Partido e da Revolução que visa a atualização do modelo econômico e social
cubano aprovada em 2011. A diretriz 55 afirma, por exemplo: Os avanços rumo
à unificação monetária serão feitos levando em consideração a produtividade do
trabalho e a eficácia dos mecanismos distributivos e redistributivos. Devido à
sua complexidade, este processo exigirá uma preparação e execução rigorosas,
tanto a nível objetivo como subjetivo.
No entanto, esse propósito de preparação da população foi
demorado e ao meu ver, e repito, tenho poucas condições de avaliar, não existiu
e muito menos o aumento da diversidade produtiva para se chegar a um estado
semi-liberal.
As mudanças do dia
primeiro, incluem quatro elementos muito claros: resolver a dualidade
monetária, resolver trocar dualidade, eliminar subsídios e gratificações na
medida do possível nas condições de nossa economia e fazer uma transformação de
renda.
Quanto a resolver a questão da dualidade monetária, não há
dívidas, a não ser pela escolha do CUP, repentinamente valorizado e sem
variação diante de moedas internacionais. A nova moeda única, tem uma taxa de
câmbio fixa de 24 pesos cubanos por um dólar.
Esse fim da dualidade com certeza ajudará nas importações,
porém pode dificultar exportações. A grosso modo, vislumbra-se um turismo mais
barato para os estrangeiros.
Ao meu ver, “eliminar subsídios e gratificações na medida do
possível, nas condições de sua economia e fazer uma transformação de renda”,
está na ordem invertida, primeiro deveriam ser criadas as rendas alternativas,
para depois se eliminar subsídios. Mas sempre desconfio da eliminação de subsídios.
Ao olhar rápido a situação só posso ver uma sombra de acordos
internacionais via EUA, após vitória dos democratas nas eleições de 2020, mas
nenhum país jamais teve sucesso ao fazer acordos com os norte-americanos.
A grande falácia chamada por capitalistas, de democracia, é
a doença do século XX e XXI. A democracia cubana se dá no dia a dia, na saúde,
na educação na segurança, valores que os próprios cubanos não entendem, pois
não conhecem a insegurança da vida em um mundo, onde apenas 1% detém quase toda
a riqueza do planeta, onde 10% vivem bem e o resto sofre, sem teto, sem
segurança, muitos sem nada para alimentar seus filhos.
A situação de Cuba, mostra-nos a total inutilidade da ONU
que, por 60 anos fez vistas grossas para os embargos impostos pelos americanos.
Mostra um mundo subserviente e incapaz de se unir e lutar contra os males do
capital. Furar esse bloqueio deveria ter sido obrigação e prioridade de países
que se dizem livres e independentes.
Para saber os resultados dessas mudanças teremos que esperar
alguns anos, minha torcida é para que Cuba não se contamine, o que já ocorre em
algumas áreas, devido a proliferação, por exemplo, das igrejas evangélicas. Uma
bomba relógio para o estado, apoiado pela famigerada ONU, sob o título de
liberdade religiosa.
Cuba se antecipou na intenção de seguir socialista num mundo
de capitalistas, foi a mostra clara, que o mundo pode ser melhor, talvez tenha
que mudar seus planos, porém o socialismo é inexorável e dentro de sessenta a
setenta anos, ou este será o futuro do mundo, ou viveremos numa terra de
ficção, sob a violência de um grande estado comandado por corporações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário