Santos X Palmeiras
Futebol religião, os dois ópios do povo.
Dois times mais vencedores do Brasil em todos os tempos fazem a final do Covid 19.
Se tivéssemos um ranking, por campeonatos regionais,
torneios internacionais, nacionais, continentais e mundiais, os títulos dos
dois times somados os colocariam nos dois primeiros lugares do Brasil. Acredito.
Depois viriam os melhores dos
anos 80 com Flamengo na frente, dos anos 90 com São Paulo e dos anos 2000 com Corinthians
dominando a primeira década.
Até a segunda guerra o Palmeiras
era Palestra Itália, um time que louvava as tradições italianas e torcia por
Benito Mussolini. A tendencia ao fascismo foi reacendida por seu torcedor
declarado, o Bolsonaro, neofacista ignorante eleito por seus iguais
Mas na década de 1970 o Palmeiras
não ficou longe do ideal fascista, declarações de Luís Pereira, Leão, Edu e Dudu
sempre foram elogiosas aos ditadores. Uma década que o Palmeiras esteve bem,
mas Grêmio e Atlético Mineiro tinham a preferencia dos ditadores. Na mesma
década, o Santos viu Pelé se despedir. O Pelé que jogava bem quando fechava a
boca. Como apoiador da ditadura era um ícone
do retardamento, suas falas idiotas, são proporcionais ao número de gols que
marcou, mas em contrapartida o Santos teve Afonsinho, o jogador médico que era
comunista e não tinha medo. E o Santos acabou tendo medo e se livrando do cara.
Não adiantou, em uma década teve um título e meio.
O Palmeiras teve um de seus
grandes ídolos eleito vereador pelo PCdoB. Entrou no partido por acaso e se
elegeu, mas no alto de sua ignorância saiu do partido e foi para a direita.
Seu mais ilustre torcedor, José Serra dispensa comentários, governador e
ministro sempre lutando contra o povo, um privatista de mãos cheias, ou seriam os Bolsos.
No quesito governador o Santos
tem levado vantagem numérica, Covas, Alkmin e Dória, não sei se isso é motivo
de comemoração. Os dois últimos são os lixos da política estadual.
O Santos se gabava de ser um time
que parou uma guerra, mas recentemente, a exemplo do Palmeiras, recebeu com
festa o genocida mor do país.
É claro que num palco de ignorância,
os políticos populistas eleitos apenas por ignorantes e pessoas manipuláveis fazem a festa. E as diretorias precisam de uma ajudinha. Os dois
times são devedores de tributos nacionais. Os títulos não se decidem só em
campo, lembro do titulo nacional de 1995, do Botafogo. Foi decidido pela Globo,
como muitos do Flamengo e alguns do Corinthians, mas esse ainda tem a simpatia
dos democratas, foi o time do Sócrates e da democracia.
Mas ainda lembrando política, temos Ulisses Guimares, o Sr. Diretas Já (que não é verdade), como ex-membro da direção do Santos, há décadas, no início de carreira política. Deu certo.
Ainda quando criança assisti dois
jogos entre os dois times, um no Morumbi e outro no Pacaembu. Os dois
terminaram em empate. Mas eu gostava de ver jogando o Leivinha pelo Palmeiras e
o Edu pelo Santos, para mim eram os melhores do futebol paulista e igualmente
injustiçados.
Os dois times, igualmente, sempre
viveram envolvidos por corrupção e roubos de suas diretorias. Santos é o time
que mais produz jogadores e mais vende, ainda assim o que mais deve. Estranho?
-Não, futebol, política e corrupção andam juntos. O Palmeiras já se entregou
para a Parmalat, e está nas mãos da Crefisa, ao contrario do Santos que prefere
a canalhada local. O Palmeiras caiu para a segunda divisão duas vezes e foi
salvo pelo Santos, de uma terceira. O
Santos quase caiu, mas acabou sendo colocado de volta pela CBF, como já fez com
o São Paulo e com o Fluminense, várias vezes.
Não sendo torcedor do Palmeiras,
se eu for lembrar seus principais jogares, tenho que recorrer a Ademir da Guia,
Leivinha, Cezar, Luis Pereira, Leão e mais recentemente Edmundo, o animal.
O Santos como formador, tem sucessos
que se repetem, como Clodoaldo, Edu, Juary, Pita, Robinho, Neymar, além é claro dos caras dos anos 60, mas esses nunca vi jogando, alguns conheci recentemente numa
reunião com o ex-ministro da Dilma, o Amorin. Nesse dia conversei com Pepe,
Coutinho e outros, mas o assunto era a memória e a cultura de Santos, não o
futebol. Do velho Palmeiras, só conheci o
da Guia e o Cassianinho, esse foi companheiro de política muitos anos.
Eu gostava quando o futebol era
divertimento, hoje é um grande negócio, principalmente um grande divulgador da
mídia capitalista, a ponto de um Neymar se tornar um vendedor de produtos inúteis,
para idiotas. Com tanto dinheiro que ganham viram exemplos de competência,
beleza e se tornam influenciadores.
Na escola quando o Palmeiras
ganhava, os amigos palmeirenses nos enchiam o saco a semana inteira. Depois a
gente ia a forra, quando ganhávamos. Hoje as duas torcidas matam.
Hoje os jogadores, precisam trocar o boné a cada entrevista, só falam merda, tem assessoria de tudo e só fazem
declarações previamente pagas. Não brigam, não batem, não vibram. Uma vez vi
uma briga num boteco de Santos. Era começo dos anos 80, jogador não andava com
guarda costas. Eu estava no apartamento do meu avô e dá janela vi quando um
grupo de torcedores, contrariados pela derrota, xingou o Chulapa e o Rodolfo
Rodrigues. Eles sempre ficavam ali, na esquina da Quintino, com a Floriano. Foram necessárias 3 viaturas de policia para
pararem os dois. Depois tudo voltou ao normal e eles voltaram a beber. Não
tinha torcedor armado. Nem se faziam apologias as armas.
E quem vai ganhar?
Com toda certeza, o povo não
será.
Quem é o melhor do Brasil?
Simples, a questão é estatística.
5 pontos para torneios
internacionais oficiais.
20 pontos para campeonato nacional
5 pontos para cada
vice-campeonato nacional
50 pontos para cada campeonato
continental
10 pontos para vice-campeonato
continental
100 pontos para cada título
mundial
20 pontos para vice campeonato
mundial